Nesta unidade, trataremos sobre algumas reflexões acerca de certos temas éticos que rondam a sociedade contemporânea e as suas implicações morais para a atualidade.
Vamos, primeiramente, compreender possíveis consequências do aumento do consumo e da produção. Por um lado, o desenvolvimento tecnológico nos possibilitou o acesso a diversos serviços e itens que nos trazem conforto e comodidade. Por outro, tal desenvolvido trouxe impactos significativos no meio ambiente e nas relações humanas.
Em um segundo momento desta unidade, abordaremos outros temas que envolvem a ciência no século em que vivemos: o uso de máquinas e robôs e a existência de guerras biológicas, as quais podem ameaçar a humanidade.
Outro tema tratado será a relação entre os corpos e a tecnologia, ou seja, quais os impactos, na ética e na saúde, de os seres humanos estarem em busca da longevidade e da eterna juventude. Além desse tema, veremos como o campo da Engenharia Genética tem se desenvolvido e as consequências éticas e morais que podem surgir, caso consigamos criar seres humanos geneticamente modificados.
Por fim, vamos ponderar se existem valores éticos e morais válidos universalmente. Mais do que trazer respostas, essa unidade pretende estimular a reflexão e trazer questionamentos sobre questões éticas e morais que envolvem diversos temas de nossa sociedade atual.
Quando conversamos com uma pessoa mais velha, é comum essa pessoa nos dizer que as formas de consumo, antigamente, eram bastante diferentes. Por exemplo, poucas pessoas possuíam uma televisão ou uma geladeira, itens considerados, hoje, básicos em uma residência. Quando se comprava algo, tal objeto deveria durar anos, diferentemente de vários itens que, atualmente, são vistos, praticamente, como descartáveis.
Os avanços tecnológicos e a expansão do capitalismo neoliberal impulsionaram o consumismo. Por um lado, o aumento do consumo nos trouxe possibilidades de conforto material, mas por outro, temos uma série de implicações, como as condições de trabalhado para a produção, a matéria-prima utilizada e o descarte de itens, fatos que influenciam significativamente no meio ambiente.
Na sociedade em que vivemos, segundo Jean Baudrillard (1995), existe um consumo exacerbado de bens, produtos e serviços, por isso o autor a denomina Sociedade do Consumo. Ainda de acordo com Baudrillard (1995), nossa sociedade cultua e admira o novo, o que também favorece o surgimento de objetos inéditos em rápida velocidade. Podemos citar, a título de exemplo, o desenvolvimento de tecnologias com relação à fabricação de televisores. Todos os anos, vemos surgir uma nova tecnologia com relação a esses aparelhos, o que nos faz sempre ter a sensação de que nosso televisor está velho e ultrapassado.
Para Baudrillard (1995), nós vivemos, hoje, o tempo dos objetos, pois existimos de acordo com o ritmo em que eles são criados e substituídos. Em outras gerações, segundo o autor, os objetos e os instrumentos sobreviviam às gerações humanas, mas atualmente observa-se o contrário, pois nós os vemos nascer, produzir-se e morrer.
O consumo faz parte do nosso cotidiano. Deste modo, Baudrillard (1995) considera importante estudar as relações entre os sujeitos e o consumo. Para o autor, não consumimos mais coisas, e sim signos, pois o signo, juntamente com a mercadoria, produz uma incorporação de diversas associações imagéticas e simbólicas, tornando as mercadorias mais atraentes.
Muitas pessoas, ao adquirirem um produto, estão mais interessadas no significado que ele pode ter do que, necessariamente, na sua funcionalidade. Quando compramos uma camiseta de uma marca bastante conceituada, por exemplo, estamos, também, interessados em adquirir o significado que possuí-la pode nos trazer, para além de considerarmos que se trata de uma peça que pode vestir e proteger nosso corpo.
Raros são os objetos que hoje se oferecem isolados, sem o contexto de objetos que os exprimam. Transformou-se a relação do consumidor ao objeto: já não se refere a tal objeto na sua utilidade específica, mas ao conjunto de objetos na sua significação total (BAUDRILLARD, 1995, p. 17).
Ainda segundo Baudrillard (1995), vivemos, também, em uma sociedade de desperdício, pois com frequência queremos algo novo, mesmo quando o antigo item está, ainda, funcionando perfeitamente. A vida útil dos objetos tem diminuído cada vez mais. Nesse sentido, o mesmo autor aborda, também, o conceito de obsolescência calculada. Assim, a mídia e a publicidade contribuem, e muito, para a redução da vida útil dos objetos, fazendo com que alguns produtos rapidamente “saiam de moda”, o que cria novas necessidades para os sujeitos.
Baudrillard não é o único autor a se dedicar a refletir sobre a sociedade atual e o consumo. Outros pensadores renomados, como Zygmunt Bauman, também fizeram diversos apontamentos. Para Bauman (2008), a sociedade de nossos antecessores era uma sociedade de produtores, e a sociedade atual é uma sociedade de consumo.
Na sociedade contemporânea, segundo Bauman (2008), as pessoas são avaliadas pela capacidade de consumir. Um bom lugar na sociedade é garantido, somente, quando o sujeito exerce sua competência de consumidor, a qual é estimulada a ser exercida continuamente. Caso um sujeito se recuse a estar nessa lógica, ele é excluído de uma sociedade que visa o consumo.
Vimos algumas considerações sobre o consumo e a relação com a sociedade, a partir de algumas perspectivas de dois autores: Bauman (2008) e Baudrillard (1995). O aumento do consumo, contudo, produz diversas consequências, que podem ser vistas como positivas e/ou negativas. Neste momento, você está sendo convidado(a) a aprender e refletir sobre as vantagens advindas do aumento da produção e do consumo e, por outro lado, sobre as implicações que podem ser geradas.
Definir, exatamente, as vantagens advindas do aumento do consumo é algo relativo, pois depende dos parâmetros utilizados, ou seja, depende do que consideramos como algo bom e vantajoso.
Aqui, serão considerados alguns itens produzidos com o desenvolvimento científico e tecnológico, os quais trouxeram certo conforto para os sujeitos, como a possibilidade de nos comunicarmos com alguém distante por meio de telefones ou da internet, ou a de cozinharmos nossos alimentos com bastante rapidez com fogões elétricos ou a gás.
Vamos usar como exemplo o desenvolvimento dos celulares nos últimos 20 anos. No início dos anos 2000, o aparelho celular, para muitos, era encarado como um artigo de luxo. Isso porque, para sua aquisição, era necessário desembolsar muito dinheiro, e as ligações realizadas também não eram nada baratas.
Em poucos anos, a indústria de celulares modificou-se rapidamente. Hoje, o celular é considerado um item indispensável para muitos e um aparelho eletrônico de amplo acesso. Com a popularização da internet e a fabricação de smartphones, podemos realizar diversas tarefas utilizando nosso aparelho celular, tarefas essas que vão muito além de uma simples ligação, uma vez que é possível tirar fotos, fazer publicações em redes sociais, realizar transações bancárias, verificar a previsão do tempo etc.
Assim como os celulares, diversos outros itens tornaram-se populares. Esse é outro ponto que pode ser considerado uma vantagem: o acesso de grande parte da população a itens de consumo.
Pessoas de diferentes classes sociais possuem, hoje, acesso ao consumo. O capitalismo é um sistema que visa o lucro, mas para que o lucro ocorra, necessita-se não apenas do processo de produção, mas também do consumo.
Os carros, por exemplo, também são itens que se tornaram popular. Hoje em dia, muitas pessoas possuem um carro, o que facilita a locomoção para diferentes lugares.
O desenvolvimento da indústria farmacêutica também merece destaque. O Brasil conseguiu praticamente erradicar diversas doenças por meio da vacinação, como a varíola e a poliomielite, esta última conhecida, também, como paralisia infantil. O aumento do consumo de medicamentos, contudo, é algo bastante preocupante, pois acaba trazendo vícios e prejuízos para os indivíduos.
Tendo como entendimento que não existem apenas vantagens ou desvantagens do aumento do consumo é que caminharemos para o próximo item, buscando evidenciar alguns possíveis prejuízos advindos do aumento do consumo.
Existem diversas consequências do consumo exacerbado que poderiam ser destacadas como prejudiciais. Focaremos, aqui, em duas categorias: o meio ambiente e as condições do processo de produção.
A lógica consumista traz diversos impactos para o meio ambiente, tanto com relação ao uso de matérias-primas e consequências da produção como em relação ao descarte de itens. Diversos recursos naturais não são renováveis, como o petróleo, amplamente utilizado na atualidade.
Os recursos hídricos se encontram amplamente comprometidos. A água é um item utilizado para produzir quase todos os itens de consumo. Além disso, com frequência, indústrias e a própria população acabam poluindo os recursos hídricos.
O Rio Tietê é um exemplo de recurso hídrico que sofreu grandes impactos com o processo de produção e urbanização. Ele localiza-se no estado de São Paulo e possui cerca de 1150 km de extensão. Um dos trechos do rio cruza a região metropolitana da cidade de São Paulo, sendo localizada nas margens a Marginal Tietê. Nessa região, o rio encontra-se extremamente prejudicado, com acúmulo de lixo e esgoto. Estima-se que cerca de 690 toneladas de esgoto são lançadas no rio todos os dias.
Um grande problema que enfrentamentos, atualmente, é o descarte de lixo eletrônico. Consumimos diversos aparelhos e os descartamos na natureza, contaminando o solo e os lençóis freáticos. A destruição do meio ambiente tem sido uma questão bastante discutida, contudo poucas ações de enfrentamento são realizadas.
Outro ponto a ser abordado é que diversos países desenvolvidos acabam explorando recursos naturais de outras nações, o que colabora para a manutenção da pobreza e da desigualdade.
A Fundação SOS Mata Atlântica é uma Organização Não Governamental (ONG) criada em 1986 no Brasil, com o objetivo de preservar o que ainda resta da Mata Atlântica e aprimorar o patrimônio material e cultural elaborado e exercitado por diversos grupos que residem na região.
A Mata Atlântica Brasileira foi extremamente destruída desde o início da colonização, inicialmente com a extração do pau-brasil e, posteriormente, com o cultivo de café e cana-de-açúcar. A Mata possui importante papel na manutenção dos recursos hídricos disponíveis em diversos estados brasileiros, contudo estima-se que, atualmente, exista apenas 7% de sua cobertura original.
Alguns dos papéis realizados pela Fundação SOS Mata Atlântica incluem, dentre outros:
Para saber mais, acesse o link: <https://www.sosma.org.br>. Acesso em: 05 fev. 2019.
Fonte: Elaborado pelo autor.
O aquecimento global é considerado, atualmente, um problema ambiental de extrema urgência, que pode gerar graves consequências para a humanidade. A principal causa é o acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera, gerados, principalmente, pelo uso de combustíveis fósseis, pelo desmatamento, por queimadas e por atividades industriais. Para se ter uma ideia, o século XX foi o período mais quente desde a última glaciação, havendo um aumento médio de 0,7°C nos últimos 100 anos.
Como consequência, o aquecimento global pode gerar significativas modificações na fauna e na flora de todo o planeta, como o derretimento de grandes massas de gelo em regiões polares (o que pode aumentar o nível do mar, destruindo cidades litorâneas), o aumento de desastres naturais (como inundações, tempestades e furacões) e diversas mudanças climáticas (como secas e desertificações). Tais modificações influenciam diretamente, também, na produção de alimentos.
Na tentativa de propor enfrentamentos para essas questões, ações e pactos foram realizados, como o Protocolo de Kyoto, que foi um acordo internacional entre os países integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU) firmado no ano de 1997, tendo como objetivo reduzir a emissão de gases que causam o efeito estufa e o aquecimento global. Para isso, foram criadas diretrizes com o intuito de amenizar impactos ambientais causados pelos modelos de produção e consumo existentes atualmente.
Abordaremos também, neste momento, as condições de produção dos itens que consumimos. Para se produzir em grande escala, necessita-se de mão de obra. Em diversos locais do mundo, ainda vemos condições de trabalho análogas à escravidão, ou seja, sub-humanas.
No Brasil, há casos assim em diversas atividades econômicas da zona rural, como a pecuária, o cultivo de cana-de-açúcar, soja e algodão e a produção de carvão. Em grandes centros urbanos, tal fato também ocorre, como nos ramos da construção civil e da confecção têxtil.
O trabalho infantil, também, é uma realidade em muitos países, fazendo com que diversas crianças não consigam ter acesso à educação, ao lazer e à cultura, o que prejudica profundamente o desenvolvimento delas.
Vimos que o consumo e a produção trazem diversas consequências, tanto para as relações humanas como para o meio ambiente. A seguir, serão apresentadas possibilidades de diminuição de algumas dessas consequências por meio da produção e do consumo sustentável.
As possibilidades de produção e consumo sustentáveis visam minimizar impactos ambientais negativos aos sistemas de produção e de consumo, buscando, também, promover melhor qualidade de vida à sociedade.
A gestão sustentável e o uso eficiente de recursos e insumos são estimulados, contribuindo para a conservação de recursos naturais e de todo o ecossistema, bem como colaborando e incentivando a geração de trabalhos decentes e o comércio justo.
O consumo sustentável visa, também, promover a reflexão do próprio ato de consumir, fazendo com os sujeitos adquiram apenas itens que são realmente necessários e diminuindo o desperdício.
Você já parou para pensar que, muitas vezes, possuímos diversas roupas guardadas que não usamos e seguimos comprando mais? Além de gastarmos dinheiro, contribuímos com os gastos de matéria-prima necessária para a produção.
Atitudes simples no nosso cotidiano podem gerar possibilidades de consumo consciente, que geram impactos positivos tanto no meio ambiente como em seu bolso e em sua saúde. Exemplo disso é optarmos por utilizar transportes coletivos ou bicicletas, ao invés de um automóvel particular, e também dar preferência a produtos que tenham possibilidades de serem reutilizados.
Quando adquirimos um item ou serviço, é interessante pensar se, realmente, há a necessidade dessa aquisição, e pensar, também, em quais situações tal item ou serviço foi produzido.
A Economia Solidária apresenta-se como uma alternativa de consumo consciente, pois atinge dimensões econômicas, culturais e políticas. Trata-se de um conjunto de atividades econômicas de produção que apresenta possibilidades de produção e venda que visam não explorar o outro e contribuir para a manutenção e a preservação do meio ambiente, podendo ocorrer por meio de cooperativas, associações, clubes de troca, redes de cooperação etc.
Alguns pensadores consideram que vivenciamos hoje uma sociedade do consumo. O desenvolvimento da ciência e da tecnologia, assim como o advento do capitalismo, contribuíram para o aumento significativo do consumo de bens e serviços. Assinale, a seguir, a alternativa correta a respeito desse tema.
Zygmunt Bauman, conhecido filósofo contemporâneo que faleceu em 2017, considerava que vivemos em uma sociedade que tem abandonado cada vez mais o consumo industrial.
alternativa incorreta. Bauman não considerava que a sociedade abandonou o consumo industrial. Pelo contrário, afirmava que tal consumo tem aumentado significativamente.
A Economia Solidária mostra-se uma possibilidade de produção e consumo conscientes, uma vez que visa à preservação dos recursos naturais e da mão de obra voluntária.
alternativa incorreta. Não visa à mão de obra voluntária, e sim a condições de trabalho dignas e justas.
No livro “A Sociedade de Consumo” (1995), Jean Baudrillard diz que a sociedade tem consumido cada vez mais produtos e bens, assim como tem ampliado as relações de altruísmo entre os sujeitos.
alternativa incorreta. Baudrillard não considera que os sujeitos têm aumentado as relações de altruísmo.
O Protocolo de Kyoto foi um acordo internacional entre países integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU), possuindo como objetivo a redução da emissão de gases que colaboram para o efeito estufa.
alternativa correta. Os países que assinaram o Protocolo de Kyoto comprometeram-se a reduzir a emissão de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.
O aquecimento global tem se tornado tema de debate em diversos países que apresentam clima tropical, assim como o Brasil. Países de clima mais frio, contudo, têm se recusado a assinar pactos que propõem enfrentamentos a ações que colaboram para esse fenômeno.
alternativa incorreta. Diversos países participaram de discussões e se comprometeram com pactos que visam à diminuição de emissão de gases do efeito estufa, não só países de clima tropical.
Anteriormente, vimos como o aumento da produção e do consumo traz consequências para as relações entre os indivíduos e o meio ambiente. Neste momento, serão apresentadas algumas discussões e reflexões sobre outros dois temas que se relacionam com o desenvolvimento científico: o uso de robôs e máquinas e as guerras biológicas.
As indústrias estão aumentando cada vez mais o uso de robôs e máquinas no processo de produção. As máquinas trazem certas vantagens para o produtor, como a diminuição do tempo de produção e a redução de gastos com funcionários, o que, consequentemente, promove o aumento dos lucros.
Por outro lado, diversas situações ocorrem devido ao uso de máquinas e robôs no processo de produção, sendo uma das principais as consequências para os trabalhadores, que são substituídos e acabam ficando desempregados.
Alguns discursos procuram argumentar que as máquinas podem, na verdade, substituir humanos em atividades que poderiam ser alienantes ou trazer prejuízos para a saúde. Na prática, entretanto, a verdadeira intenção, na maior parte das vezes, é a de aumentar a produção ou os serviços, reduzindo tempo e custos, e não necessariamente a preocupação com a saúde do trabalhador.
Uma das reflexões geradas é a de que o capitalismo, além de produzir, precisa, também, de pessoas que consumam os produtos e serviços ofertados. Para que isso ocorra, é necessário que exista dinheiro. Esse é um impasse, pois, com a substituição da mão de obra humana por máquinas, ocorre o desemprego, que pode trazer grandes impactos no processo de consumo.
Em novembro de 2017, membros da iniciativa Campaign to Stop Killer Robots (Campanha para Parar Robôs Assassinos) apresentaram algumas preocupações com relação à utilização de robôs em guerras, durante uma reunião realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A principal aflição é a de que, caso sejam usadas máquinas de guerra inteligentes, os conflitos possam alcançar uma escala nunca antes vista. Teme-se, também, que os robôs sejam utilizados por ditadores e terroristas, o que ameaçaria significativamente as populações civis.
Outro ponto levantado é o de que os dispositivos robóticos poderiam, também, ser hackeados e, desse modo, poderiam perder parâmetros responsáveis por garantir o mínimo de segurança aos humanos.
Para saber mais, acesse o link: <https://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noticia/2017/11/utilizacao-de-robos-assassinos-e-discutido-em-reuniao-da-onu.html>. Acesso em: 05 fev. 2019.
Fonte: Elaborado pelo autor.
A palavra “terrorismo” tem sido lembrada constantemente pelos mais diversos meios de comunicação e governos mundo afora, tendo lugar em manchetes e políticas internacionais na qualidade de um grande problema a ser enfrentado no século XXI. A amplitude da repercussão dos atentados às Torres Gêmeas em Nova York, em 11 de setembro de 2001, trouxe ainda mais o tema para as pautas internacionais, e o combate ao terrorismo tornou-se substancialmente presente nos debates entre as potências mundiais e nos fóruns da Organização das Nações Unidas (ONU). Mesmo o Brasil, que não figura no centro das questões sobre o terrorismo, sancionou uma lei antiterrorismo no ano de 2016, às vésperas de sediar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, naquele ano.
Algumas considerações, porém, devem ser feitas para que não haja um olhar raso acerca do tema. A tipificação de ações terroristas segue critérios conceituais que devem ser observados com atenção. A relação direta entre a ideia de terrorismo e os ataques realizados por organizações, principalmente do Oriente Médio, com especial referência a populações islâmicas, é fruto de puro preconceito. A utilização do terrorismo como arma de guerra, apesar de ter real entrada na região, não é uma tática recente e não possui etnia, nacionalidade ou religião específicas.
O terror como recurso de ação já foi utilizado, por exemplo, durante o processo da Revolução Francesa (1789-1799) pelo governo dos Jacobinos, grupo liderado por Robespierre do qual a radicalização e a utilização ostensiva da guilhotina para a eliminação pública de adversários do Estado foi marca.
As ações terroristas, desse modo, são de difícil categorização e sugerem um grande número de definições e classificações diferentes, de acordo com suas particularidades. Apenas a violência dos atos cometidos não é suficiente para enquadrar um ato enquanto terrorista, ainda que seja uma das principais características do conceito.
Norberto Bobbio, filósofo político italiano, organizou um Dicionário de Política, no qual apresentou algumas indicações de elementos que compõem as ações terroristas.
Em resumo, a prática terrorista adapta-se a uma situação sócio-política particularmente atrasada, na qual é necessário despertar a consciência popular e fazer com que o povo passe do ressentimento passivo à luta ativa através daquele que poderia ser definido como um verdadeiro atalho no processo do crescimento revolucionário (BOBBIO et al., 1998, p. 1242-1243).
O terrorismo não pode ser entendido como fruto de atos isolados e desconexos entre si, mas sim como uma prática ideologicamente orientada e vinculada a visões políticas, partindo da luta contra um poder estabelecido ou partindo do próprio poder, no caso do Terrorismo de Estado, o qual parte do governo de uma nação contra a sua população (exemplos: regime fascista, na Itália; e regime nazista, na Alemanha).
Assim, podemos citar o terrorismo nacionalista, partindo de lutas por separação territorial e independência de regiões, e o terrorismo de organizações criminosas, com fins econômicos, ideológicos e religiosos, partindo de grupos narcotraficantes, paramilitares e fundamentalistas religiosos, utilizando o terror como arma de combate.
As armas de caráter biológico são exemplos das armas mais usadas nas ações terroristas. Existem registros da utilização desse tipo de arma que datam de épocas longínquas, não sendo, ainda, exclusividade do terrorismo moderno o efetivo emprego da biologia nos campos de batalha. A guerra com armas biológicas pode ser definida como aquela que aproveita recursos oferecidos por micro-organismos ou toxinas produzidas por eles, com a finalidade de prejudicar ou eliminar adversários sob diversas formas, por exemplo, com gases e líquidos que possuam a capacidade de atingir uma extensa quantidade de pessoas.
Consta que o homem de Neanderthal teria colocado fezes de animais nas flechas para aumentar seu poder letal, e que legionários romanos contaminavam os poços de seus inimigos com carcaças de animais. Em 1346, os tártaros lançavam cadáveres de pessoas mortas por peste para dentro dos muros da cidade sitiada de Caffa. Em 1763, o exército britânico na América, em guerra com os franceses, mandou cobertores e lenços previamente utilizados num hospital para pacientes com varíola para os índios Delaware, aliados dos franceses (CHRISTOPHER et al., 1997 apud SILVA, 2001, p. 1520).
O desenvolvimento científico tem sido revertido para fins militares há muito tempo, mas os conflitos vistos ao longo do século XX, especialmente os combates das duas Guerras Mundiais, inauguraram uma nova escala na produção da morte, agora em nível industrial (HOBSBAWM, 1995). A biologia não escapa desse contexto, uma vez que, nos dias atuais, com os novos desafios enfrentados, esse é um tema que deve vir a ser bem recorrente nos debates.
Quais as fronteiras entre o desenvolvimento científico e as formas de aplicação desse conhecimento? As práticas terroristas, cada vez mais disseminadas como formas de ataque, aliadas ao poderio das armas biológicas, representam um risco à vida no século XXI?
A discussão ética na ciência entra em questão: quando um conhecimento científico pode se tornar um risco a nós mesmos? O exercício responsável e ético da ciência constitui-se como imprescindível para que não sejam repetidos casos de violência e terror, tanto de organizações criminosas quanto de Estados estabelecidos, contra populações civis e minorias populacionais.
Nas últimas décadas, tem ocorrido um aumento significativo do uso de máquinas e robôs no processo de produção. Algumas consequências desse aumento que podem ser elencadas são:
Possibilidade de desemprego, contaminação mecânica e perda da qualidade de produtos.
alternativa incorreta. A contaminação mecânica não é um item que pode ocorrer.
Diminuição de gastos com funcionários para o produtor, perda da qualidade de produtos e aumento do valor de bens duráveis.
alternativa incorreta. O uso de máquinas não provoca, necessariamente, aumento do valor de bens duráveis, podendo, inclusive, em determinadas situações, ocorrer o inverso, ou seja, a diminuição do preço.
Possibilidade de desemprego, diminuição de gastos para donos de meios de produção e falta de mercado consumidor.
alternativa correta. Com o aumento do uso de máquinas, muitos trabalhadores podem ficar desempregados e isso também pode abalar o consumo de diversas mercadorias, uma vez que, para adquiri-las, o consumidor precisa de dinheiro. O uso de máquinas, contudo, também pode baratear o processo de produção.
Aumento do valor de bens não duráveis, possibilidade de desemprego e contaminação mecânica.
alternativa incorreta. A contaminação mecânica não é uma consequência, e não necessariamente ocorrerá o aumento do valor de bens não duráveis.
Falta de mercado consumidor, aumento do tempo de produção e diminuição de gastos com funcionários.
alternativa incorreta. O uso de máquinas e robôs pode, na verdade, diminuir o tempo do processo de produção.
Entraremos em contato, neste momento, com as discussões sobre a tecnologia e os corpos. Serão abordados dois temas: o primeiro diz respeito à busca dos sujeitos pela longevidade e pela eterna juventude; e, em um segundo momento, serão apresentadas discussões acerca da Engenharia Genética, suas limitações éticas e implicações.
Esse tema tem ganhado notórias discussões nos últimos anos. Diversos itens como cremes e medicamentos, além dos procedimentos estéticos, surgiram com a promessa de promover a longevidade e garantir a juventude humana. Quais são os limites éticos e saudáveis que envolvem esse tema? Que implicações podem ocorrer? Vale tudo para ter uma aparência jovem e uma vida prolongada?
Não devemos perder de vista que as demandas de uma sociedade refletem, também, naquilo que tem sido valorizado e visto como necessário por ela, ou seja, se hoje existe a oferta de itens e serviços que prometem a longevidade e a juventude, é porque tais assuntos têm sido considerados importantes em nossa sociedade.
A expectativa de vida humana aumentou bastante nos últimos anos. No Brasil, por exemplo, o homem vive, em média, de 72 anos e cinco meses, e a mulher vive, em média, 79 anos e quatro meses, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (OLIVEIRA, 2017, on-line).
Ainda segundo o IBGE, desde 1940 até 2016, o aumento da expectativa de vida dos brasileiros foi de 30,3 anos (OLIVEIRA, 2017, on-line). As razões para esse aumento são várias, como a melhora da qualidade de vida, a redução da mortalidade infantil, o uso de medicamentos e vacinas capazes de conter diversas doenças, dentre outras.
Os brasileiros estão vivendo mais, mas a velhice ainda é vista com bastante preconceito. A busca pela eterna juventude, hoje, tem impacto na vida de toda a sociedade. Também existem, contudo, algumas diferenças na forma como o envelhecimento é visto em relação a homens e mulheres.
Cobra-se muito que as mulheres tenham uma aparência sempre jovem. A indústria de cosméticos, por exemplo, tem crescido significativamente, lançando cremes, maquiagens e outros produtos que prometem deixar a mulher mais bela.
Algumas reflexões cabíveis sobre o tema são:
Essas questões trazem à tona a necessidade de utilizarmos o desenvolvimento científico em conciliação com nossa saúde. Os procedimentos, os medicamentos e os outros itens utilizados devem apresentar resultados satisfatórios, mas também seguros. A busca por uma vida longa deve contemplar, também, a felicidade, a satisfação e o bem-estar do indivíduo.
A Engenharia Genética trata da manipulação direta do genoma de um organismo utilizando biotecnologia. A área contempla um conjunto de tecnologias que se baseiam na tecnologia do DNA recombinante, visando à alteração da composição genética dos seres vivos para a produção de organismos novos ou melhorados.
No início da década de 1970, a tecnologia do DNA recombinante passou a ser definida. Em uma amostra contendo moléculas do DNA de interesse, ou DNA doador, são usadas enzimas de restrição, capazes de cortar o DNA e isolar fragmentos de ácidos nucleicos. Tais fragmentos são introduzidos ao cromossomo vetor e, dessa forma, é possível formar moléculas de DNA recombinante.
Posteriormente, ocorreu a clonagem de DNA. Esse processo foi realizado em laboratório, buscando reproduzir espécies geneticamente iguais. A ovelha Dolly, em 1996, foi o primeiro mamífero clonado, vivendo cerca de seis anos. No Brasil, o primeiro mamífero clonado foi a bezerra Vitória, em 2001.
A chamada clonagem reprodutiva visa reproduzir um ser idêntico a outro já existente. Para isso, células de um organismo são retiradas e extrai-se o núcleo, que é o local onde se encontra o material genético. Depois, esse núcleo é inserido em um óvulo sem núcleo. Quando o óvulo começa a se dividir, ocorre a formação de um embrião, o qual é implantado no útero de uma fêmea da mesma espécie do organismo que foi clonado.
Já a chamada clonagem terapêutica engloba a formação de células de determinado órgão, o qual pode ser, por exemplo, o coração, o fígado ou o rim. As células-tronco podem substituir células doentes dos órgãos, fazendo com que estas voltem a funcionar regularmente.
Cientistas chineses relataram, no fim de 2018, que criaram bebês geneticamente modificados. Segundo o geneticista He Jiankui, foi realizada uma modificação nas gêmeas Nana e Lulu, por meio de uma técnica de edição genética, que agora, supostamente, as protege contra o vírus da AIDS.
Notícias como essas nos fazem refletir acerca do campo da Engenharia Genética: seremos capazes de criar humanos geneticamente modificados? Quais podem ser as implicações éticas envolvidas nesses processos?
A busca pela eterna juventude é algo bastante presente nas sociedades atuais. Por um lado, buscar hábitos saudáveis, na tentativa de manter-se jovem, pode trazer consequências positivas; por outro, o uso de diversas substâncias e cirurgias, por exemplo, pode trazer várias complicações. Sobre o tema em questão, é correto afirmar que:
Na Grécia Antiga, havia uma valorização oposta da que vemos atualmente, isto é, a ideia de beleza era associada, especificamente, à velhice.
alternativa incorreta. Não havia valorização específica com relação à velhice.
A cobrança e o desejo de juventude interferem da mesma forma na vida de homens e mulheres, fazendo com que muitos optem por procedimentos clínicos.
alternativa incorreta. Interferem na vida de homens e mulheres, contudo de diferentes formas, uma vez que as mulheres ainda fazem mais procedimentos estéticos, como pintar o cabelo, fazer lipoaspiração etc.
A busca constante pela juventude possui relação, também, com a desvalorização da velhice na contemporaneidade.
alternativa correta. A velhice, atualmente, é desvalorizada em diversos aspectos, os quais colaboram para a busca constante da juventude.
A expectativa de vida dos brasileiros tem diminuído nas últimas décadas, o que faz com que exista cada vez mais busca por cirurgias plásticas.
alternativa incorreta. A expectativa de vida dos brasileiros, na verdade, tem aumentado nas últimas décadas.
Todas as ações voltadas para a conservação da juventude, apesar de trazerem benefícios estéticos, são prejudiciais à saúde.
alternativa incorreta. As ações não são todas prejudiciais, pois a prática de exercício físico ou uma alimentação saudável, por exemplo, podem ser benéficas para a saúde do indivíduo.
Existem valores éticos universais, presentes atemporalmente em qualquer cultura ou sociedade? O que podemos inferir a partir da leitura dos conteúdos propostos neste material é que diversas visões acerca da ética e do seu exercício são possíveis. Foram exemplificadas, aqui, algumas perspectivas baseadas nas visões de diferentes filósofos.
Como parte integrante da filosofia, a ética se volta para a reflexão de juízos e valores humanos, sob a perspectiva de apreciar suas virtudes ou desqualificações, para a organização de determinada sociedade, ou ainda em um âmbito universal. O desenvolvimento da reflexão ética filosófica no Ocidente, que remonta à Grécia Clássica, pavimentou um longo caminho, que foi percorrido por pensadores de diferentes épocas e lugares no intento de delinear valores que possam ser compartilhados pela humanidade.
De modo geral, a dificuldade em estabelecer valores universais reside na própria natureza da atribuição de valores. Como sugere Friedrich Nietzsche (1844-1900), a tarefa da filosofia não estaria em revelar os significados verdadeiros ocultos por trás da aparência superficial da realidade, isto é, alcançar a essência do mundo. Valores éticos são juízos construídos socialmente no tempo e no espaço, mutáveis e ajustados à condição humana.
Como parte integrante da filosofia, a ética se volta para a reflexão de juízos e valores humanos, sob a perspectiva de apreciar suas virtudes ou desqualificações, para a organização de determinada sociedade, ou ainda em um âmbito universal. O desenvolvimento da reflexão ética filosófica no Ocidente, que remonta à Grécia Clássica, pavimentou um longo caminho, que foi percorrido por pensadores de diferentes épocas e lugares no intento de delinear valores que possam ser compartilhados pela humanidade.
De modo geral, a dificuldade em estabelecer valores universais reside na própria natureza da atribuição de valores. Como sugere Friedrich Nietzsche (1844-1900), a tarefa da filosofia não estaria em revelar os significados verdadeiros ocultos por trás da aparência superficial da realidade, isto é, alcançar a essência do mundo. Valores éticos são juízos construídos socialmente no tempo e no espaço, mutáveis e ajustados à condição humana.
Você conhece a Declaração Universal dos Direitos Humanos? Esse texto, elaborado após os conflitos e as barbáries ocorridas na Segunda Guerra Mundial, tem por objetivo nortear preceitos básicos para a consolidação de uma perspectiva ética mais igualitária para as sociedades humanas. Foi proposta em 1948 pela recém-criada, na época, Organização das Nações Unidas, com a colaboração de várias pessoas de diferentes culturas ao redor do planeta, sendo composta por 30 artigos.
Atualmente, os debates acerca da ampliação ou da violação em relação aos direitos humanos fazem parte da ordem do dia de políticas nacionais e internacionais, dividindo opiniões, mas, inegavelmente, impactando nas direções que a humanidade tem tomado desde a sua declaração, em 1948. Você considera que os direitos humanos são efetivados de forma satisfatória em nosso país?
Fonte: Elaborado pelo autor.
Para saber mais sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos, acesse: <http://www.depen.pr.gov.br/arquivos/File/direitoshumanosnobrasilperspectivasnofinaldoseculo.pdf>. Acesso em: 05 fev. 2019.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Conhecer o mundo e a sua realidade seria possível, mas não de forma absoluta. Assim, a interpretação de valores transitórios, e não a revelação de significados imutáveis, constituir-se-ia no caminho para colocarmos em perspectiva valores éticos e conhecê-los em sua humanidade.
Esse perspectivismo proposto por Nietzsche não se confunde com um relativismo total, no qual não há quaisquer referenciais, ou seja, uma realidade em que nenhum valor ético possa ser ancorado em algum pressuposto para o bem-estar da vida humana. O que de fato deve chamar atenção é a ausência da possibilidade de manifestação de verdades eternas para o comportamento ético das pessoas.
Intentos de reunir os anseios éticos de toda a humanidade, como a Declaração dos Direitos dos Homens e do Cidadão de 1789, no contexto da Revolução Francesa, ou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela ONU em 1948, têm de ser compreendidos à luz de suas historicidades. A universalidade proposta nesses projetos diz respeito a valores que são compartilhados nos dias atuais por um grande número de sujeitos, não por serem valores supremos, mas por se conectarem com a identidade cultural dessas pessoas.
Tomando como exemplo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a noção de liberdade, igualdade e dignidade de toda a humanidade, contida no documento, refere-se a processos históricos particulares de conquista e luta por esses direitos. Tal noção refere-se, também, a humanos que compartilham dos mesmos valores por estarem em relação direta e serem herdeiros desse passado de lutas que produziu essa noção de liberdade e igualdade enquanto direito de todos, não de uma revelação da essência de um valor absoluto.
A universalidade de valores, portanto, deve ser pensada como possível na qualidade de um compartilhamento ético básico de preceitos aceitos e validados por uma diversidade de povos e culturas, que não manifesta valores absolutos descobertos pela humanidade. Logo, o universal difere-se de supremo, de eterno, sendo que a existência de valores universais está diretamente condicionada às contingências histórico-sociais da vida coletiva.
Acerca da problemática da existência de valores éticos universais e de acordo com os conteúdos da unidade, assinale, a seguir, a alternativa correta.
Valores éticos supremos foram descobertos já na Antiguidade Grega.
alternativa incorreta. O texto da unidade sugere que não há valores éticos absolutos.
Valores universais são aqueles referentes ao mundo cristão.
alternativa incorreta. O texto da unidade sugere que não há valores éticos absolutos, nem mesmo relacionados a moralidades religiosas.
A Declaração Universal dos Direitos dos Homens e do Cidadão é a única fonte verdadeira de uma ética possível.
alternativa incorreta. O texto da unidade sugere que não há valores éticos absolutos e verdadeiros sem se considerar a historicidade desses juízos.
A universalidade de valores éticos está relacionada às contingências sócio-históricas da vida humana.
alternativa correta. O texto sugere que os valores humanos estão diretamente relacionados à historicidade da vida humana, e não com significados supremos e absolutos.
Nenhum valor transitório deve ser levado em consideração para uma ética absoluta.
alternativa incorreta. O texto sugere que qualquer juízo de valor humano é transitório.
Nome do livro: Admirável mundo novo
Editora: Globo de Bolso
Autor: Aldous Huxley
ISBN: 978-85-250-4661-1
A narrativa escrita por Huxley se passa no ano 634 d.F (depois de Ford), em que o Estado científico totalitário zela por todas as pessoas. Os seres humanos nascem de proveta e são precondicionados para terem comportamentos preestabelecidos. Já não existem mais algumas convenções, como a ideia de família ou os papéis de pai e mãe. Relacionamentos intensos, que promovam fortes emoções entre os sujeitos, são proibidos e considerados fora da normalidade. Nesse contexto, Bernard Marx é um sujeito bastante infeliz, com um desejo por não solidão, que não consegue mais ver prazer na promiscuidade compulsória. No livro, Huxley aborda as consequências de uma sociedade capitalista, industrial e tecnológica, em que a ciência é o grande ídolo e as vontades, os sentimentos e as experiências dos sujeitos não fazem mais sentido.
Nome do filme: Eu, Robô
Gênero: Ficção Científica
Ano: 2004
Elenco principal: Will Smith, Alan Tudyk e Bridget Moynahan
O filme se passa no ano de 2035, tempo em que a utilização de robôs é frequente para a realização de diversos serviços. Todos os robôs possuem um código de programação chamado de Lei dos Robóticos, com o objetivo de impedir que eles representem uma ameaça para os humanos. Contudo, Dr. Miles aparece morto e o principal suspeito do crime é o robô Sonny. Esse acontecimento lança a possibilidade de os robôs terem conseguido encontrar formas de quebrar a Lei dos Robóticos, o que faria com que os humanas já não conseguissem mais dominá-los. Para investigar e solucionar o caso, o detetive Del Spooner e a Dra. Susan Calvin são acionados. Poderiam os robôs dominar o mundo e oferecer riscos para a existência humana?