Prezado(a) aluno(a), com este material abordaremos a modalidade natação e as diversas provas que a compõem. Buscando um melhor entendimento sobre o assunto, dividiremos a unidade em três tópicos. Num primeiro momento, falaremos sobre o histórico, a evolução das atividades aquáticas e os processos metodológicos para a aprendizagem dos nados (tópico 1).
Posteriormente, no tópico 2, abordaremos o estilo crawl e costas e, no tópico 3 o estilo peito e o borboleta.
Assim, esperamos um grande proveito do estudo desta unidade e extraiam o máximo de informações possíveis.
A natação sempre foi tão importante como a corrida, cuja habilidade é tratada, em todos os povos, como uma nobre arte. Os egípcios, gregos, cartagineses e os fenícios foram conhecidos pela sua grande habilidade em nadar, e os romanos, um pouco mais adiante, costumavam utilizar dessa capacidade para dominar o homem, afirmando que aquele que não possuía tais características, como ler e nadar, era mal instruído, demonstrando assim a importância que davam para tal atividade (LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
O historiador Sidoine Apollinaire deu o título de exímios nadadores aos antigos Gauleses. Posteriormente, os fidalgos, caso não dominassem a arte da natação, poderiam ser armados cavaleiros (LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
Alguns estabelecimentos de banhos foram criados no reinado de Luís XV, ao longo do Rio Sena, onde a clientela era basicamente composta da alta sociedade, principalmente pelo fato de ser um lugar reservado, longe do público. Em Paris (a piscina de Chateau-London, em 1870) e na França (a piscina dos Banhos de Lille 1890) foram os primeiros lugares a possuírem piscinas aquecidas (GUZMAN, 2008; LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
O historiador grego Pausânias relata competições de natação, porém é certo que nos jogos olímpicos da Antiguidade a natação não fez parte das provas. No ano de 1603, no Japão, a natação como desporto era estimulada nas escolas, mas foram os países anglo-saxônicos (possuem o inglês como língua materna) que a difundiram como modalidade esportiva pelo mundo (GUZMAN, 2008; LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
A primeira competição organizada aconteceu na Austrália, em Sidney, onde em uma das provas, a corrida de 440 jardas (402 metros), o vencedor completou em 8:43 segundos. Entretanto o surgimento da natação, por volta do ano de 1837, aconteceu na Inglaterra. A Federação Internacional de Natação Amadora (FINA) teve seu início em 1908, em Londres, definindo as regras de cada prova, além de ser responsável por aprovar e validar todos os recordes mundiais e organizar, nos jogos olímpicos, as competições de natação (GUZMAN, 2008; LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
A partir da regulamentação da natação, a busca por melhores tempos fez parte das regras da modalidade. Com isso, a técnica passa por evoluções a fim de melhorar a velocidade e, consequentemente, o desempenho dos atletas. Essa evolução leva os primeiros nadadores de competições oficiais a modificarem sua técnica no estilo livre, passando do estilo de bruços para o crawl (1850 e 1900), um estilo que proporciona melhor rendimento e é o mais rápido da natação, usado nas provas livres (SEMERJIAN, 2000).
Seguindo a mesma evolução do nado crawl, o estilo costas se inicia com a técnica de bruços, utilizada nos Jogos Olímpicos de 1900 e 1908, passando para o costas em braçada, praticado em suas devidas proporções e adaptações, até nos dias atuais. Homologado nos Jogos Olímpicos de 1904 e sendo um estilo europeu por excelência, o estilo bruços é o mais regulamentado, devido às diversas alterações técnicas a que foi sujeitado. No início, a natação de bruços subaquática era muito valorizada, porém, em 1957, com a proibição da imersão, caiu em desuso. Quase no mesmo período, em 1926, Rademacher movimentou os braços acima da água, diminuindo a resistência, à imagem do crawl, e, ao longo dos anos, mais nadadores passam a utilizar essa técnica chamada bruços-mariposa (GUZMAN, 2008; LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
O poeta britânico Lorde Byron ficou conhecido por suas proezas no mundo todo. Nadando, fez a travessia do Golfo de La Spezia e do Pireu, além de atravessar o estreito de Dardanelos, que separa a Europa da Ásia, no de ano de 1810. Alguns anos após, Matthew Webb foi a primeira pessoa a conseguir atravessar o canal da mancha, em agosto de 1875. Porém, em 1926, Gertrude Ederlé ficou conhecida por ser a primeira mulher a fazer essa travessia. Antes dela, ninguém havia conseguido nadar utilizando apenas o estilo crawl, tornando-se um marco importante na história da natação, e em especial, nas provas de distância (GUZMAN, 2008).
A partir daí, as competições de longas distâncias foram difundidas, aumentando consideravelmente suas práticas, que não duraram por muito tempo, já que, após a década de 1950 a poluição nos canais só crescia e, em contrapartida, as provas foram diminuindo até cessarem. Recentemente, retornaram com força total e figurando no programa de modalidades dos mais importantes campeonatos mundiais. Em outubro de 2005, o Comitê Olímpico Internacional (COI) decide incluir a prova de maratona aquática (10 km) no programa olímpico, sendo disputado pela primeira vez em Pequim 2008 (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019).
Em 2018, o Brasil, representado pela atleta Ana Marcela Cunha, esteve mais uma vez no topo do cenário mundial da natação. A brasileira conquistou o prêmio de melhor maratonista aquática no evento da Federação Internacional de Natação (FINA) realizado em Hangzhou, na China. Essa foi a quinta vez que a nadadora, de 26 anos, conquistou esse título. Os últimos quatro foram conquistados nos anos de 2010, 2014, 2015 e 2017.
Saiba mais pelo link: <https://oglobo.globo.com/esportes/ana-marcela-eleita-melhor-nadadora-de-maratona-aquatica-do-mundo-23309557>.
Quebra de recordes, força excessiva, velocidades surpreendentes são características que apontam suspeitas. Com base nisso surge uma série de discussões e debates sobre até que ponto substâncias suplementares são válidas para o aumento do desempenho? Tais substâncias aumentam o rendimento do atleta nos treinamentos, garantindo assim uma evolução acima dos padrões considerados normais. Algumas são utilizadas de 3 a 6 meses antes da competição para que não sejam detectadas nos exames antidopings, feitos por meio da coleta da urina do atleta. Quando apontada a irregularidade, são utilizados os seguintes argumentos a fim de terem uma pena reduzida: “Não sabia”, “Meu médico indicou”, “Culpa do medicamento”, etc. E você, estudante, qual é a sua opinião sobre essas manobras, realizadas para não cair no doping? São trapaceiros, enganadores ou utilizam uma metodologia para uma evolução acelerada que o esporte de rendimento apresenta?
As piscinas possuem diversas medidas ao longo do seu entorno, porém, quando falamos do comprimento, classificamos basicamente em dois tamanhos: de 25 metros (semiolímpica) e de 50 metros (olímpica). Mais comuns nos Estados Unidos, as piscinas são marcadas com jardas, porém a FINA só reconhece, para recordes, as medidas em metros.
Pensando na padronização das maiorias das piscinas pelo mundo, a FINA (2019) aceita piscinas com 25 e 50 metros com tolerância de, no máximo, 3 centímetros para mais, nunca para menos.
Primeiramente, antes de falarmos sobre as técnicas dos quatro estilos, é importante aprender e dominar aspectos fundamentais da natação como “ficar debaixo da água”, “flutuar”, “respirar” e “deslocar” (LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
Essas preparações fazem parte do processo pedagógico de aprendizagem da natação, podendo ser iniciado com bebês, logo após o nascimento.
A adaptação e o envolvimento com o meio aquático devem acontecer desde a mais tenra idade, por meio de brincadeiras, jogos e exercícios adaptados. Dessa forma, a criança ganhará confiança e sairá da sua postura terrestre (em pé) (GUZMAN, 2008; LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
As primeiras aulas devem ser dedicadas à descoberta do meio, em que as crianças descobrem que podem se deslocar de diferentes maneiras: apoiados na parede, no professor ou em materiais de flutuação como boias e pranchas (GUZMAN, 2008; LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
O mergulho, embora não seja uma atividade agradável no começo, é um dos primeiros passos da natação, para que a criança conheça a profundidade do meio (GUZMAN, 2008; LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
A partir do domínio do meio, a aprendizagem da submersão é um aspecto indispensável para ganhar velocidade, posição de referência e redução da resistência (GUZMAN, 2008).
No início, a criança aprende a deslocar-se por meio do movimento das pernas, com impulso da parede, seja de costas ou de frente. A escolha do movimento “tesoura das pernas” acontece, muitas vezes, pela sua simplicidade, e, posteriormente, as crianças incluem naturalmente os movimentos dos membros superiores, tornando o equilíbrio horizontal cada vez melhor (GUZMAN, 2008).
Nessa etapa, o aprimoramento dos movimentos, como a flutuação, o equilíbrio, controle da respiração e autonomia torna-se mais eficaz (GUZMAN, 2008; LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
É preciso ter em mente que saber nadar, não significa realizar movimentos para se manter à superfície. Existem estilos e técnicas corretas na natação. Diante disso, apresentaremos os quatros estilos: costas, crawl, peito e borboleta (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019; FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE NATAÇÃO, 2019).
Abordaremos, em seguida, os quatro estilos de nado (crawl, peito, costas e borboleta).
De acordo com as evoluções históricas da natação e suas grandes mudanças ocorridas durante os anos, leia atentamente as afirmações e escolha a única alternativa correta.
Alguns estabelecimentos de banhos foram criados no reinado de Luís XV, ao longo do Rio Nilo, onde a clientela era basicamente composta da alta sociedade, principalmente pelo fato de ser um lugar reservado e longe do público.
Justificativa: os estabelecimentos estavam localizados ao longo do Rio Sena.
A Federação Internacional de Natação Amadora (FINA) teve seu início em 1908, em Londres, definindo as regras de cada prova, sendo responsável por aprovar e validar todos os recordes mundiais e organizar, nos jogos olímpicos, as competições de natação.
Justificativa correta: maior órgão regulamentador da natação mundial, a FINA foi criada em 1908, em Londres.
Gertrude Ederlé ficou conhecida por ser a primeira mulher a fazer a travessia do canal da mancha e a primeira pessoa a utilizar apenas o estilo crawl, no ano de 1875.
Gertrude Ederlé atravessou o canal da mancha utilizando apenas o nado crawl no ano de 1926.
Em reunião no mês de outubro de 2005, o Comitê Olímpico Internacional decidiu acrescentar, no programa, as provas de 10 km de maratona aquática, tendo suas primeiras disputas nas Olímpiadas de Londres, em 2012.
As provas de 10km da maratona aquática foram inseridas no programa olímpico a partir de Pequim 2008.
Maior nome da natação brasileira, Ana Marcela Cunha foi eleita 5 vezes a melhor atleta na modalidade Medley, recebendo o título nos anos de 2010, 2014, 2015, 2017 e 2018.
Justificativa: Ana Marcela Cunha foi eleita 5 vezes a melhor atleta do mundo na modalidade maratona aquática.
Agora que ressaltamos a importância de aprender e dominar aspectos fundamentais da natação, como “ficar debaixo da água”, “flutuar”, “respirar” e “deslocar”, abordaremos dois estilos de nado: o crawl e o costas.
O nado crawl é o estilo mais eficaz e mais rápido da natação. É conhecido, ainda, como estilo livre, por ser o mais preferido entre os atletas nas provas livres (GUZMAN, 2008).
No estilo crawl, o nadador mantém o ventre para baixo o tempo todo, alternando a batida dos pés e braçadas. Os braços são responsáveis por, aproximadamente, 75% da propulsão e velocidade, e as pernas, 25% (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019; GUZMAN, 2008; LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
Na fase da entrada, a mão entra na água e inicia o movimento de deslocamento para trás. Na primeira fase da propulsiva da braçada, o movimento da mão para trás (puxada) vai até ela chegar abaixo do ombro. Na segunda fase da propulsiva da braçada, o movimento sai da linha dos ombros até o final da propulsão, o braço realiza um movimento semelhante, com um “S”, fazendo com que o nadador consiga empurrar a água e aumentar a velocidade e propulsão. Na fase fora da água ou de recuperação, começa o momento de saída da mão da água: os braços são projetados à frente com o polegar virado para baixo e cotovelos dobrados, até a entrada novamente da mão, para iniciar a próxima braçada (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019; GUZMAN, 2008; LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
Toda a perna é aplicada no movimento e os dedos dos pés devem apenas aflorar à superfície. O batimento deve ser coordenado com os movimentos dos braços (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019).
A saída do crawl se inicia no bloco de partida, para gerar menos atrito com a água, e, consequentemente, ir mais longe (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019).
No momento da saída, os braços estão estendidos à frente do corpo, na altura das orelhas, os joelhos flexionados. No momento do sinal de partida, o nadador salta e inicia sua prova (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019; GUZMAN, 2008).
A viragem no crawl é realizada por meio de uma cambalhota, pela qual o nadador deve aproximar-se da parede, rodar sobre seu corpo e tocar os dois pés na parede (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019).
A força do impulso com os pés permite que o nadador inverta o nado (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019).
Respiração
A respiração geralmente é realizada após duas ou três braçadas alternadas, no final do impulso subaquático, executando uma pequena rotação para liberar as vias respiratórias, mantendo parte da face e a outra orelha na água (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019; FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE NATAÇÃO, 2019).
A seguir veremos o estilo costas.
O estilo costas é considerado relativamente simples, uma vez que há o domínio do meio aquático, além de os problemas com a respiração serem resolvidos, já que o rosto fica fora da água. Embora a partida e a virada sejam regulamentadas, a regra, nesse estilo, é respeitar a posição alongada das costas.
A técnica mais utilizada assemelha-se ao crawl (de costas) no batimento das pernas e na passagem alternada dos braços (fase propulsora subaquática e uma fase de retorno aérea) (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019; LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
A técnica do estilo costas consiste na maneira de nadar, alternadamente, com pernas e braços (os dois membros funcionam um a seguir ao outro), mantendo o corpo na posição horizontal, alinhada e estável para simetria dos movimentos. O movimento dos braços executa uma fase propulsora submersa e uma fase de retorno aérea. Os movimentos das pernas desempenham o papel de propulsão e estabilização do corpo (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019; FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE ATLETISMO, 2019).
O braço deve estar em extensão na linha do ombro, o bíceps deve passar quase encostando na orelha, a mão deve entrar na água com a palma virada para fora e o dedo mindinho, o primeiro a tocar na água. Tudo isso ao mesmo tempo em que o braço esquerdo termina o movimento subaquático (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019).
A mão direita afunda na água com o braço estendido para começar a tracção. O braço esquerdo sai da água, com o polegar para cima para evitar as resistências; a posição da mão é modificada (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019).
O cotovelo direito deve dobrar progressivamente, continuando a sentir a água resistir sob a mão, aproximando-a do corpo (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019).
Retirada a mão direita da água pelo polegar, com a palma próxima à coxa, inicia-se a tracção à esquerda, encadeando alternadamente a passagem subaquática com o retorno fora da água (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019).
Mesmo que o rosto esteja fora da água, é preciso existir um ritmo respiratório regular. A inspiração deve acontecer na parte do movimento subaquático e a expiração, no impulso, ou seja, na segunda parte do movimento subaquático (GUZMAN, 2008).
Movimento dos membros inferiores
A perna inteira trabalha no movimento, executando a propulsão e equilíbrio. Os movimentos devem se manter de maneira contínua (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019; FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE ATLETISMO).
Após a saída e a virada, é permitido, ao atleta, ficar submerso por, no máximo, 15 metros (FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE NATAÇÃO, 2019).
Depois da marca de 15 metros, a cabeça do atleta deverá retornar à superfície (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019). É necessário, em cada competição, atenção ao desempenho dos atletas já que os recordes passam por constantes alterações.
De acordo com o conteúdo estudado no processo de aprendizagem do nado, leia atentamente as alternativas e aponte apenas aquelas que não correspondem às instruções corretas metodológicas.
Quando aprendemos as técnicas dos quatro estilos da natação, não é importante dominar aspectos como ficar debaixo da água ou flutuar.
Justificativa: primeiramente, antes de falarmos sobre as técnicas dos quatro estilos, é importante aprender e dominar aspectos fundamentais da natação como “ficar debaixo da água”, “flutuar”, “respirar” e “deslocar”.
O estilo crawl é considerado mais eficaz e rápido da natação. Conhecido, ainda, como estilo livre, por ser o mais preferido entre os atletas nas provas livres.
Justificativa correta: conhecido por sua força e velocidade, nas provas em que o atleta pode escolher o nado, provas de nado livre, o estilo crawl é o utilizado pelos atletas.
Os quatro estilos da natação são: costas, crawl, flutuação e borboleta.
Justificativa: os quatro estilos da natação são: costas, crawl, peito, flutuação e borboleta.
A técnica do estilo costas consiste na maneira de nadar alternada com pernas e braços (os dois membros funcionam um a seguir ao outro), mantendo o corpo na posição vertical, alinhada e estável para simetria dos movimentos.
Justificativa: a técnica do estilo costas consiste na maneira de nadar alternada com pernas e braços (os dois membros funcionam um a seguir ao outro), mantendo o corpo na posição horizontal, alinhada e estável para simetria dos movimentos.
No estilo costas, após a saída ou a virada é permitido, ao atleta, ficar submerso por, no máximo, 10 metros.
Justificativa: de acordo com as regras do regulamento da Federação Internacional de Natação (FINA) e da Confederação Brasileira de desportos aquáticos (CBDA), após a saída ou a virada é permitido, ao atleta, ficar submerso por, no máximo, 15 metros.
Neste tópico, veremos as especificidades e alguns exemplos ilustrativos do nado peito e do nado borboleta.
O nado estilo peito é um dos mais praticados desde o início da aprendizagem da natação, contudo, não é o mais simples. Permite nadar com a cabeça fora da água e elimina possíveis problemas com a respiração (GUZMAN, 2008; LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
Observa-se, nesse estilo, que as pernas são tão eficazes quanto os braços na propulsão (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019).
Diferentemente dos outros tipos de nados, o estilo peito exige muita técnica e coordenação do nadador. Antigamente, era utilizada apenas para lazer e, após se tornar competitiva, revelou-se mais eficiente.
Os movimentos dos braços devem ser simultâneos e não-alternados, realizados no plano horizontal. O início da tração dos braços faz com que as palmas das mãos voltem para fora e afaste os braços, mantendo os dois ombros paralelos à superfície da água e o movimento de tração, contínua (GUZMAN, 2008; LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
Os cotovelos devem se dobrar e as mãos ficarem para trás; depois, a cabeça é levantada para inspirar, a tração é finalizada quando as mãos voltam cerradas para o peito (GUZMAN, 2008; LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
Quando o movimento dos braços acaba, as mãos são levadas para a frente e iniciam-se os das pernas. Assim, nesse momento as pernas se dobram, os joelhos são ligeiramente afastados e os calcanhares são levados até as nádegas. O impulso é realizado após os pés realizarem o movimento para fora, empurrando as pernas para trás de maneira rápida (GUZMAN, 2008; LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
Cada ciclo completo é constituído por uma tração de braços e de um movimento de pernas e, após essa ordem, a cabeça deve subir até a superfície da água (GUZMAN, 2008; LACOSTE; SEMERJIAN, 2000).
O nado borboleta, é considerado por muitas pessoas o mais difícil. Trata-se de um estilo simples de movimentos, mas exige muito gasto de energia corporal, além de flexibilidade de ombros. É, ainda, o segundo estilo mais rápido de natação (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTOS AQUÁTICOS, 2019).
Após a saída, o nadador tem até os 15 metros para cortar a superfície com a cabeça. Deve inspirar, rapidamente, entre o fim do impulso de pernas e o início do movimento dos braços. O queixo precisa estar apontado para a frente e acima da superfície da água para liberar as vias respiratórias. As pernas são trazidas para cima durante o retorno aéreo; após, estendem-se os braços por cima da cabeça até as mãos ficarem paralelas à linha dos ombros. O corpo deve se manter na horizontal, exceto durante a viragem (FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE NATAÇÃO, 2019).
O movimento dos braços é composto por uma fase subaquática propulsora e uma fase aérea de retorno (FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE NATAÇÃO, 2019).
Já para as pernas, a ondulação (os movimentos simultâneos, de cima para baixo) é a técnica mais eficaz (FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE NATAÇÃO, 2019).
Durante a virada, as mãos precisam bater simultaneamente na parede, assim como os pés, e a respiração deve ser feita durante a rotação do corpo também na parede. Na rotação, posicione um dos braços na lateral acima da cabeça o outro, bem abaixo do nível da água. O atleta deve ficar o mais hidrodinâmico possível na hora do impulso, com a cabeça abaixo da linha dos braços. Após algumas golfinhadas, o atleta retorna ao ciclo normal da técnica do nado (GUZMAN, 2008; FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE NATAÇÃO, 2019).
A disputas de medley são aquelas caracterizadas pela utilização dos quatro estilos durante a competição. Pode ser individual, em que o atleta nada todos os estilos, ou em equipe, em que cada um dos quatro atletas nada um estilo. Nas disputas individuais, o competidor é obrigado, seguindo as regras da FINA, a seguir a seguinte ordem: borboleta, costas, peito e livre. As provas de revezamento não seguem essa ordem e iniciam pelo nado costas, pois, dos quatro, esse é o único que começa dentro da piscina; a seguir, vêm os nados peito, borboleta e livre (GUZMAN, 2008; FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE NATAÇÃO, 2019).
Os estilos respeitam as regras específicas, e as provas podem ser divididas em 200 metros medley, em que cada atleta percorre 50 metros, e as provas de 400 metros, 100 metros para cada competidor (LACOSTE; SEMERJIAN, 2000) Na modalidade medley, observando os recordistas em cada modalidade, constatamos a supremacia de dois países: a Hungria, no feminino, com a campeã olímpica Katinka Hosszu, dona de 3 medalhas de ouro e uma de prata na edição do Rio de Janeiro, em 2016, e os Estados Unidos, no masculino, em que destacamos o maior nadador da história da natação, Michael Phelps, que conquistou 28 medalhas olímpicas (23 ouros, 3 pratas e 2 bronzes) e bateu 37 recordes mundiais em sua carreira (FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE NATAÇÃO, 2019).
As provas de revezamento são classificadas em livre e medley, sendo 4 nadadores por equipe em ambas as provas. Na modalidade livre, o atleta pode escolher o nado que deseja utilizar – em quase 100% das competições é o crawl (nado mais rápido na natação) (FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE NATAÇÃO, 2019).
No estilo medley, cada competidor é responsável por um estilo, geralmente aquele em que é especialista. Assim, a prova decorre na seguinte ordem: costas, peito, borboleta e livre (FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE NATAÇÃO, 2019). Possuem suas respectivas regras, que devem ser respeitadas, e estarão sujeitos à desclassificação, caso ocorram as seguintes situações:
De acordo com o conteúdo estudado no processo de aprendizagem do nado peito e borboleta, leia atentamente as alternativas e aponte apenas aquela que corresponde às instruções corretas metodológicas.
No nado borboleta, as pernas trabalham juntas, com o mesmo movimento, para cima e para baixo, sendo a técnica utilizada por todos os atletas.
Justificativa: no nado borboleta, as pernas realizam o movimento de ondulação (os movimentos simultâneos, de cima para baixo), mas de forma alternada. Essa é a técnica mais eficaz.
Cada ciclo completo, no nado peito, é constituído por uma tração de braços e de um movimento de pernas; após essa ordem, a cabeça deve subir até a superfície da água.
Justificativa correta: cada ciclo completo, no nado peito, é constituído por uma tração de braços e de um movimento de pernas; após essa ordem, a cabeça deve subir até a superfície da água. O início da tração dos braços faz com que as palmas das mãos voltem para fora e afaste os braços, mantendo os dois ombros paralelos à superfície da água e o movimento de tração, contínua. Os cotovelos devem se dobrar e as mãos ficarem para trás; depois, a cabeça é levantada para inspirar e a tração é finalizada quando as mãos voltam cerradas para o peito. Quando o movimento dos braços acaba, as mãos são levadas para a frente e iniciam os das pernas. Assim, nesse momento, as pernas se dobram, os joelhos são ligeiramente afastados e os calcanhares são levados até as nádegas. O impulso é realizado após os pés realizarem o movimento para fora, empurrando as pernas para trás de maneira rápida.
Após a saída do nado borboleta, o atleta tem até os 20 metros para cortar a superfície com a cabeça. Deve inspirar rapidamente entre o fim do impulso de pernas e o início do movimento dos braços.
Justificativa: após a saída do nado borboleta, o atleta tem até os 15 metros para cortar a superfície com a cabeça. Deve inspirar rapidamente entre o fim do impulso de pernas e o início do movimento dos braços.
No nado peito, os movimentos dos braços devem ser alternados e 50% realizados no plano vertical
Justificativa: os movimentos dos braços devem ser simultâneos e não-alternados, realizados no plano horizontal. O início da tração dos braços faz com que as palmas das mãos voltem para fora e afaste os braços, mantendo os dois ombros paralelos à superfície da água e o movimento de tração, contínua.
No nado peito, o movimento das pernas é mais eficaz (75%) do que nos braços, na propulsão.
Justificativa: observa-se, nesse estilo, que as pernas são tão eficazes quanto os braços, na propulsão.
Nome do livro: Nadando o mais rápido possível
Editora: Manole
Autor: Ernest W. Maglischo
ISBN: 9788520444153
Considerado, por muitos treinadores, como a bíblia da natação, o livro aborda técnica, planejamento, fisiologia, entre outros. Um material muito completo para professores e treinadores.
Nome do filme: Campeão
Gênero: Biografia e drama
Ano: 2003
Elenco principal: Jesse Spencer, Geoffrey Rush, Judy Davis
O filme conta a história de dois, de quatro irmãos, que têm um talento especial para a natação. Um deles passa a ser mais incentivado pelo pai, gerando ciúmes por parte dos demais irmãos. Torna-se campeão graças a sua própria força de vontade e incentivo do pai, enquanto vê o outro irmão não alcançar os mesmos objetivos.