Prezado(a) aluno(a), abordaremos, neste material, a modalidade desportiva atletismo e as diversas provas que a compõem. Em um primeiro momento, estudaremos a história dessa modalidade, contextualizando de que forma ela nasceu, além de discutirmos como aconteceu a criação das diferentes provas e suas particularidades.
Posteriormente, pontuaremos quais são as provas praticadas em pista e as principais diferenças que existem entre elas, seguindo com as provas de campo e finalizando com as especificidades das provas de rua.
Esperamos que você aproveite este material e extraia o máximo de informações possível.
O atletismo tem origem com o início da história da humanidade e de nossa civilização, no momento em que o homem das cavernas (primitivo) praticava suas atividades para sobrevivência, por exemplo, a caça e a defesa própria (FERNANDES, 1979). Nesse período, o homem desenvolveu habilidades motoras, como saltos, corrida e lançamentos. Por essa razão, o atletismo é considerado o esporte-base para a prática de diversas modalidades esportivas (IAAF, on-line; CBAt, on-line).
Conhecida como uma das competições mais antiga, sua forma de competição teve início nos jogos olímpicos no ano de 776 a. C., na Grécia, sendo o pentatlo a prova disputada, que compreende lançamento de disco, corrida de obstáculos e salto em distância (IAAF, on-line; CBAt, on-line).
Após a conquista da Grécia pelos romanos, no ano 146 a. C., estes continuaram a disputar as provas olímpicas até o ano de 394 d. C., quando o imperador da época, Teodósio, aboliu os jogos. Desde então, as competições organizadas de atletismo não foram disputadas por cerca de 800 anos, retornando apenas em meados do século XIX na Inglaterra (CBAt, on-line; MATTHIESEN, 2012).
No ano de 1896, em Atenas, os Jogos Olímpicos trouxeram uma série de mudanças em relação aos jogos que os gregos realizavam em Olímpia. A partir daí, a competição passou a ser realizada com intervalo de quatro anos, exceto em período de guerra. Em 1912, foi fundada a Associação Internacional das Federações de Atletismo, com sede em Londres, que organiza as competições, estabelece as regras e torna oficial as marcas mundiais dos atletas (IAAF, on-line). No Brasil, a organização responsável pelo esporte é a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt, on-line).
Considerado o mais clássico dos esportes, pois exige fundamentos e características básicas do homem, o atletismo é constituído por três tipos de prova, disputados individualmente: corridas, saltos e lançamentos. O atletismo é composto, ainda, por: provas de pista (corridas rasas, corridas com barreiras ou com obstáculos); provas de campo (saltos, lançamentos e arremesso) e provas combinadas, como o decatlo e heptatlo; corridas de rua (nas mais variadas distâncias, como a maratona e as corridas de montanha); provas de cross country (corridas com obstáculos naturais ou artificiais); marcha atlética (MATTHIESEN, 2012).
A corrida é uma das formas mais primitivas e de expressão atlética do homem. O desenvolvimento dos animais, sejam eles irracionais ou racionais, passa por sua fase de locomoção. A evolução desse processo acontece de forma natural, em que o ser humano começa com o arrastar, em seguida o bebê fica em quatro apoios e, posteriormente, em pé, iniciando os primeiros passos. A partir desse momento, o correr passa a ficar cada dia mais próximo, devido à necessidade de evolução do indivíduo.
A prática da corrida envolve estratégia e técnica, além de condicionamento físico, força muscular, capacidade respiratória e sanguínea (BRASIL, 2016). A corrida, apesar de ser um movimento natural do ser humano, necessita de um cuidado especial, principalmente no ensino da técnica aos alunos, devendo abordar, durante as aulas, em especial, algumas fases, as quais veremos a seguir.
Os membros superiores, apesar de possuírem uma importância menor, são fundamentais na evolução da técnica de corrida como um todo. Conforme a velocidade é aumentada, o tronco do corredor tende a se inclinar para frente, na tentativa de manter o centro de massa equilibrado. Os braços devem manter um ângulo aproximado de 90° no cotovelo e os pulsos firmes, seu movimento deverá ser sempre oposto ao dos membros inferiores, sendo estes para frente e para trás, e não lateralmente.
As corridas de velocidade são provas de curta distância, podendo ser rasas, como as de 100 m, 200 m, 400 m, ou, também, com barreiras, que são as de 100 m feminina, 110 m masculina e 400 m. Essas provas utilizam a potência muscular na largada, sendo determinante no resultado final. As provas de meio-fundo são as provas de 800 m, 1.500 m e 3.000 m com obstáculos, e as provas de fundo ou longa distância (5.000 m, 10.000 m, maratonas). Há, ainda, as corridas de cross country, a marcha atlética e a montanha (MATTHIESEN, 2012).
As provas envolvem os lançamentos de martelo, disco e dardo e o arremesso de peso. Os lançamentos tem área limite para sua execução, que são marcados no solo, e é a partir dessas marcas que são medidas as distâncias dos lançamentos (MATTHIESEN, 2012).
As provas de salto são divididas em provas verticais e em provas horizontais. Na prova de salto vertical, há o salto com vara e o salto em altura. As provas horizontais abrangem o salto em distância e o salto triplo (MATTHIESEN, 2012).
Na tentativa de premiar o atleta mais completo, algumas provas são disputadas de forma combinada, unindo uma série de modalidades na mesma competição. A combinação de corridas, saltos e lançamentos forma as provas oficiais do decatlo, para os homens, e do heptatlo, para as mulheres. Os atletas competem nas provas individuais e suas marcas são convertidas em pontos, somados ao final, para definição dos campeões (BRASIL, 2016).
Muitas são as datas e os acontecimentos que envolvem o atletismo; alguns dele são destacados no quadro a seguir.
Quadro 1.1 – Acontecimentos no atletismo
Fonte: Adaptado de Matthiesen (2012, p. 11).
Ao longo dos anos, fatos marcantes contribuíram para a expansão do esporte, tornando-o cada vez mais importante, já que é visto como base de diversas modalidades.
A pista de atletismo tem 400 metros de extensão em sua borda interna. Consiste em duas retas paralelas e duas curvas de comprimento igual. A pista dispõe de oito raias com 1 metro e 22 centímetros cada. Dividida em setores diferentes, a pista de atletismo dispõe de espaço para a realização de provas de pista e de provas de campo (CBAt, on-line), como se pode observar na imagem a seguir.
A raia mais externa da pista de atletismo possui 449 metros, por isso, em determinadas provas, os atletas não largam na mesma posição na pista, para que, ao final, todos percorram a mesma distância (BRASIL, 2016).
De acordo com o conteúdo estudado na Unidade 1, que aborda o histórico do atletismo, assinale a alternativa correta.
Conhecida como uma das modalidades esportivas mais antiga, o atletismo começou a ser disputado de forma organizada no ano de 776 a. C., na Roma antiga, com a prova do pentatlo.
Justificativa: O Atletismo começou a ser disputado na Grécia, e não na Roma antiga.
Os saltos são subdivididos em provas horizontais e verticais, sendo elas, respectivamente, salto em distância e triplo e salto com vara e altura.
Justificativa: Os saltos se subdividem em provas horizontais, que são salto em distância e triplo, e verticais, referentes a salto com vara e altura.
Para premiar o atleta mais completo, são disputadas as provas combinadas, sendo elas: o heptatlo, para os homens, e o decatlo, para as mulheres.
Justificativa: O heptatlo é a prova feminina, e o decatlo a masculina.
A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), que possui sua sede em Londres, foi fundada no ano de 1922, organizando as principais competições mundiais de atletismo.
Justificativa: A Associação Internacional das Federações de Atletismo foi fundada em 1912, e não em 1922.
A corrida pode ser dividida em duas fases de execução, sendo elas: fase de impulso, em que ocorre a extensão das pernas, e fase de suspensão, ou fase de voo, na qual o corpo se mantém no ar por alguns instantes.
Justificativa: Pode ser dividida em três fases: fase de impulso, fase de suspensão e fase de apoio, sendo que, na última, acontece o contato do corpo com o solo após a aterrissagem.
As provas de pista envolvendo as corridas são classificadas, para homens e mulheres (adultos), em:
As provas de velocidade fizeram parte da programação olímpica a partir dos Jogos da Era Moderna, realizados em 1896, apenas para homens. Para as mulheres, a prova de 100 metros rasos foi implantada apenas nos Jogos Olímpicos de Amsterdã, realizados no ano de 1928. Atualmente, todas as provas rasas são disputadas para ambos os sexos, na maioria das competições (IAAF, on-line).
Ao longo do tempo, regras e técnicas são estabelecidas, a fim de aprimorar cada vez mais o esporte. Por exemplo, a saída baixa deve ser utilizada por todo velocista em competições, sendo realizada, pela primeira vez, na prova de 100 m rasos masculina, nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 1896, e teve como vencedor Thomas Burke (americano), com 12”00, na execução da prova. Porém a utilização oficial do bloco de partida demorou a acontecer, tendo em vista que um dos grandes nomes da modalidade, Jesse Owens, ainda utilizava buracos cavados no solo para apoio no ano de 1936 (IAAF, on-line; BARROS; DEZEM, 1978).
As corridas rasas de velocidade são compostas pelas distâncias de até 400 m. Para esse tipo de prova, os atletas precisam de uma estrutura muscular bem treinada, para suportar a exigência muscular. A velocidade é um fator natural, determinada por fatores genéticos (PETRIS, 2016).
São qualidades físicas de um velocista: velocidade de reação, força explosiva, equilíbrio estático, flexibilidade e coordenação. Os principais fatores que interferem no resultado de uma corrida de velocidade: velocidade de reação, força, velocidade de sprint e resistência de sprint (PETRIS, 2016).
A velocidade de reação (tempo de reação) é a capacidade do indivíduo de responder no menor tempo possível a um estímulo externo. O tempo de reação pode ser melhorado com treinamento (PETRIS, 2016). A velocidade de sprint é a capacidade de se desenvolver a maior velocidade possível. A força de sprint é a capacidade de conseguir maior aceleração possível em menor tempo possível. A resistência de sprint é a capacidade de se manter na maior velocidade pelo maior tempo possível. A diferença entre a resistência de sprint e a resistência de velocidade é que, na primeira, o nível de intensidade é máximo e, na segunda, é submáximo.
As corridas de velocidade têm suas características baseadas não apenas nas técnicas, utilizando uma biomecânica específica para cada tipo de prova, mas também no modo como o organismo se comporta em cada uma delas (BRASIL, 2016; PETRIS, 2016).
As corridas de velocidade, que vão até as de 400 metros, exigem dos atletas momentos de utilização de uma velocidade máxima. O organismo tem uma característica específica para esses tipos de prova, embora não seja exatamente igual para todas elas. De maneira geral, a fisiologia passa a ser, predominantemente, do sistema anaeróbio alático nas provas de 100 e 200 metros rasos, e, nas de 400 metros rasos, o sistema que é mais utilizado é o anaeróbio lático (BRASIL, 2016; PETRIS, 2016).
Foss e Keteyian (2000) afirmam que o exercício intenso até, aproximadamente, 180 segundos faz com que o consumo de oxigênio fique abaixo do necessário, para manter o fornecimento de ATP; acontece, a partir daí, o evento chamado deficit de oxigênio. Sendo assim, nesses tipos de corrida, o sistema aeróbio não contribui de forma significativa, e o anaeróbio é o protagonistas da maioria das ações fisiológicas.
A definição de revezamento acontece quando os atletas de uma mesma equipe se unem para competir. As corridas de revezamento podem ser divididas em quatro partes de 100 ou de 400 metros cada. Esse revezamento é formado por quatro competidores; o primeiro inicia segurando um bastão, um tubo cilíndrico (metal ou madeira) de 28 a 30 cm de comprimento, que é repassado a todos os companheiros de equipe, sendo o último corredor aquele que cruzará a linha de chegada, finalizando a prova (IAAF, on-line).
As passagens do bastão devem ser realizadas nas áreas predeterminadas; se ele cair no chão, a equipe estará desclassificada. As provas mais tradicionais e que fazem parte do quadro olímpico são as de 4 x 100 m e de 4 x 400 m, em ambos os naipes (masculino e feminino) (IAAF, on-line). Em seguida, serão abordadas regras básicas, padrões de movimentos e saídas para as corridas rasas (velocidade).
Para a largada nas corridas rasas, existe um posicionamento padrão para os atletas, que consiste na utilização do bloco de partida (somente no momento da largada), fixado na pista; o atleta deverá apoiar os pés no bloco, as mãos deverão estar encostadas no chão, com o peso do tronco sobre elas. Não é raro observar, contudo, falsas partidas (quando o atleta sai antes do tiro de partida) nas competições de atletismo; quando isso ocorre, o atleta é desclassificado imediatamente (MATTHIESEN, 2012).
Para um melhor desempenho e otimização na largada, existe um posicionamento ideal, como a saída baixa, que consiste no apoio dos pés sobre o bloco de partida, além do tronco sobre as mãos que estarão encostadas no chão (quatro apoios) (MATTHIESEN, 2012).
Depois de posicionar os pés no bloco de partida, os atletas, no momento do comando “aos seus lugares”, colocam suas mãos sobre o solo e alinhadas pela largura dos ombros, sendo os dedos posicionados atrás da linha de partida. O pé dominante deve estar posicionado na parte dianteira do bloco, pressionando o bloco com a ponta do pé; o joelho da perna posicionada na parte traseira estará apoiado no solo, e a cabeça e o pescoço descontraídos, com olhar um pouco para a frente (PETRIS, 2016).
No momento do comando “prontos”, os atletas elevam o quadril, terminando o contato do joelho da perna traseira com o solo, na tentativa de formar ângulos de 90° no joelho traseiro e de 110° a 130° no dianteiro (BRASIL, 2016).
Assim que ouvir o sonoro do “tiro”, para uma saída bem sucedida, o atleta deverá pressionar de forma agressiva o bloco e reagir o mais rápido possível. A perna traseira é trazida de forma rápida para a frente, no mesmo momento em que a perna dianteira se estende completamente. O tronco segue inclinado, e os braços começam seu movimento coordenado para cima e para frente até a altura da testa, junto com um balanço do membro traseiro à frente. O ângulo de partida ocorre a cerca de 42° e 45° em relação ao solo (BRASIL, 2016).
Assim ocorre a aceleração do corpo, em que este vai aumentando sua inclinação, chegando à posição final de corrida cerca de 20 a 30 metros da linha de largada. A partir desse momento, o atleta começa a voltar seu olhar para a linha de chegada, aumentando, gradativamente, sua amplitude e frequência a cada passada (BRASIL, 2016).
O bloco de partida é obrigatório em todas as provas, inclusive nos 400 m (BRASIL, 2016).
Atualmente, o bloco de saída serve para detectar quando um atleta queima a largada. Além disso, para atletas, o tempo não deve ser baixado apenas na distância que tem a percorrer mas também no tempo de reação da saída do bloco de partida (PIERCE; MURR; MOSS, 2009; BRASIL, 2016).
Todas as provas de corrida rasas deverão ser realizadas em raia marcada; caso o atleta invada a raia ao lado, será desclassificado imediatamente (BRASIL, 2016).
Todas as raias deverão ter as mesmas medidas, 1,22 m de largura, e as bordas brancas devem apresentar 5 cm de largura (CBAt, on-line).
Na chegada, a ordem de classificação é realizada quando qualquer parte do tronco atinge o plano vertical que passa pela borda anterior da linha de chegada (BRASIL, 2016).
Na imagem anterior, podemos observar o atleta da raia 7 ultrapassando a linha de chegada com parte do tronco. Ao longo dos anos, diversas regras, técnicas e táticas são estabelecidas para melhorar cada vez mais a performance dos atletas no esporte.
As corridas com barreiras são divididas em provas de 100 m (atletas femininas), 110 m (atletas masculinos) e 400 m (atletas femininas e atletas masculinos). O objetivo dessa prova é que o atleta transpasse as barreiras postas em sua raia e chegue com o menor tempo à linha de chegada. Não se considera infração quando o atleta, ao pular, derruba uma barreira, a menos que o movimento seja intencional (CBAt, on-line; BRASIL, 2016).
Para minimizar as perdas de tempo e de velocidade, a transpassagem das barreiras deve ocorrer o mais rasante possível, sem grandes alterações no centro de gravidade. A quantidade de passadas deve ser a mesma nas corridas, sendo o final, após a transposição da última barreira, igual às corridas de velocidade para alcançar a linha final. A distância da largada até a primeira barreira é de 13,72 metros, entre as barreiras é de 9,14 metros, da última barreira até a chegada é de 14,2 metros, sendo a altura das dez barreiras de 1,067 metro, para o sexo masculino (provas de 110 metros). Para as mulheres, na prova de 100 metros com barreira, as medidas são as seguintes: 13 metros a distância da saída até a primeira barreira, 8,50 metros a distância entre as barreiras, 10,50 metros a distância da última barreira até a linha de chegada, e a altura das dez barreiras mede 0,84 metros (CBAt, on-line; BRASIL, 2016).
Nas provas de 400 metros com barreiras, que são disputadas em ambos os sexos, respeitam-se as mesmas medidas para: distância da saída até a primeira barreira (45 metros), distância entre as barreiras (35 metros), distância da última barreira até a linha de chegada (40 metros). A diferença está na altura das barreiras, sendo 0,914 metros para os homens e 0,762 metros para as mulheres, lembrando que essas medidas são todas na categoria adulto, seguindo as orientações da Confederação Brasileira de Atletismo (BRASIL, 2016).
A corrida de meio-fundo em pista é a modalidade que corresponde às distâncias de 800 m, 1.500 m e 3.000 m com obstáculos. Nessas provas, o metabolismo aeróbio e o anaeróbio lático são predominantemente utilizados (MATTHIESEN, 2012; TUCKER; DUGAS; FITZGERALD, 2010).
As corridas chamadas de meio-fundo podem ser explicadas, segundo a sua parte fisiológica, em três partes (PETRIS, 2016):
A prova de 800 m une tática com velocidade; o atleta deverá dar duas voltas completas na pista para completar a prova (PETRIS, 2016).
Em uma final, os oito atletas com melhor tempo sairão cada um em sua raia, mas, no final da primeira volta, podem correr em qualquer parte da pista de atletismo (BRASIL, 2016).
A prova de 1500 m une, também, tática com velocidade; são quase quatro voltas completas na pista. Na final, 12 atletas poderão competir, todos juntos, sem pistas marcadas, e o objetivo final é chegar o mais rápido possível à linha de chegada (BRASIL, 2016).
A prova de 1500 metros exige muito esforço físico e psicológico de um atleta, pois se trata de uma prova que imprime mais velocidade e agilidade que uma prova de fundo (BRASIL, 2016).
A prova de 3000 m com obstáculos é considerada uma das mais técnicas de atletismo; além da corrida, os atletas têm barreiras e uma vala cheia de água para ultrapassar, o vencedor deverá realizar o percurso no menor tempo (BRASIL, 2016).
As provas de meio-fundo exigem mais velocidade e agilidade comparadas às de fundo, como veremos no tópico a seguir.
Considerada uma corrida de eliminação, pois, à medida que as distâncias vão aumentando, torna-se cada vez mais prováveis os ganhadores; vence a prova quem a percorrer de forma mais rápida (MATTHIESEN, 2012).
A figura a seguir demonstra o momento da final da prova de pista de 10.000 metros do XX Campeonato Europeu de Atletismo em Barcelona (2010).
Com a evolução dos treinamentos, envolvendo não apenas a parte física mas também psicológica, alimentação, dentre outros fatores, novas quebras de recordes surgem, impressionando cada vez mais o público.
As provas de fundo em pista são as acima de 5.000 m e utilizam, predominantemente, o metabolismo aeróbio. São provas em que a resistência, o esforço e o ritmo são essenciais e aliados para um melhor desempenho e sucesso (MATTHIESEN, 2012; TUCKER; DUGAS; FITZGERALD, 2010).
São bem parecidas com as fases da corrida de meio-fundo, divididas em: largada, estado estável e chegada; a principal diferença está na duração da fase de estado estável, pois, aqui, o atleta permanece por muito mais tempo.
Assim, nesses tipos de provas, o sistema aeróbio será o predominante, utilizando carboidratos como principal fonte energética nos primeiros 20 minutos; depois disso, ele divide a responsabilidade com as gorduras e, após 1 hora de exercício, as reservas de glicogênio apresentam redução significativa, e as gorduras passam a atuar com ainda mais intensidade. Essa dinâmica do metabolismo comprova o porquê atletas de longas distância possuem um percentual de gordura tão baixo (FOSS, KETEYIAN, 2000).
De acordo com o conteúdo estudado na Unidade 2, que aborda provas de pista, assinale a alternativa correta.
Fica a critério de cada atleta a utilização do bloco de partida em corridas rasas, como as de 100, 200 e 400 metros.
Justificativa: É obrigatório o uso do bloco de partida em provas rasas, como as de 100 m, 200 m e 400 m.
A prova de 800 m é considerada uma prova de meio-fundo. No final da primeira volta, os atletas podem correr em qualquer parte da pista, não sendo necessário seguir uma única raia.
Justificativa CORRETA. A prova de 800 m une tática com velocidade, os atletas deverão dar duas voltas completas na pista para completar a prova. Eles largam cada um em sua raia, mas, no final da primeira volta, podem correr em qualquer raia da pista de atletismo.
As corridas com barreiras são divididas em provas de 100 m (atletas femininas e masculinos), 200 m (atletas femininas e masculinos) e 400m (atletas femininas e masculinos).
Justificativa: As corridas com barreiras são divididas em provas de 100 m apenas para atletas mulheres, 110 m apenas para atletas homens e 400m para ambos. Não existe prova de 200 m com barreiras.
A prova de 1.500 metros é considerada uma prova de meio-fundo, utilizando, predominantemente, o metabolismo aeróbio.
Justificativa: A prova de 1.500 m é considerada uma prova de fundo.
Em uma prova de corrida, poderá haver uma saída falsa. O atleta que a tenha cometido será advertido e, na próxima vez que acontecer, estará desclassificado da prova.
Justificativa: Quando o atleta sai antes do tiro de partida, ocasionando uma falsa partida, é desclassificado imediatamente.
As provas de campo se dividem em provas de salto e provas de lançamento e arremesso. As provas de salto podem ser dividas em salto em altura, salto em distância e salto com vara. As provas de lançamento são compostas pelos lançamentos de disco, martelo e dardo e pelo arremesso de peso, peso esse que deve ser lançado à maior distância possível.
Ex. 1: Estender uma corda no chão e pedir para que os alunos saltem sobre ela, impulsionando com uma perna e aterrissando sobre os dois pés. A corrida deve ser realizada de frente.
Ex. 2: Realizar o mesmo salto do Ex. 1, mas a corrida é realizada com um ângulo de 45º em relação à corda.
Ex. 3: Seguir a mesma lógica dos saltos anteriores, mas agora a corda é elevada a 50 cm do solo.
Ex. 4: Colocar diversas cordas com altura de 50 cm cada a uma distância de 10 m entre elas. O aluno deverá saltar sobre todas as cordas, trocando o pé de impulsão a cada salto.
Em sequência, serão apresentadas as especificidades de cada salto.
O salto em altura é a modalidade que tem como objetivo saltar sobre uma barra horizontal (fasquia ou sarrafo) colocada em uma certa altura. Os atletas deverão ultrapassar a barra sem que ela seja derrubada. Conforme os atletas superam a altura, esta vai sendo aumentada. Quando o competidor derrubar a fasquia três vezes, será desclassificado da competição, ficando como marca a maior altura alcançada durante os saltos (BRASIL, 2016).
A prova de salto em altura sofreu diversas mudanças ao longo dos anos, principalmente relacionadas com as técnicas para se passar pelo sarrafo. No início, era utilizada a técnica chamada “tesoura”, apresentada na imagem a seguir (MATTHIESEN, 2012).
Em seguida, o irlandês Michael Sweeney, no ano de 1893, criou a técnica “rolo interior”. Esse estilo foi utilizado por muitos anos, sendo que no ano de 1912 o americano George Horine alcançou a marca de 2 metros. Apenas no ano de 1936, seu compatriota David Albritton utilizou a técnica “rolo ventral” e atingiu a marca de 2,07 metros (BRASIL, 2016).
A década de 60 ficou marcada pela grande evolução na modalidade. Mais um americano, chamado Richard Fosbury, nas olimpíadas do México em 1968, impressionou a todos saltando de costas. A técnica foi chamada de “flop” ou método Fosbury, em homenagem ao seu inventor (IAAF, on-line; BRASIL, 2016).
A técnica Fosbury não só impressionou por sua execução mas também por se mostrar mais eficiente que as outras. Richard Fosbury ganhou a medalha de ouro naquela edição das Olimpíadas. A partir de então, a técnica nunca deixou de ser utilizada e até hoje a grande maioria dos atletas a utiliza (BRASIL, 2016).
Na imagem anterior, vemos o atleta brasileiro Talles Silva vencendo a prova do salto em altura (2,29 m) da segunda etapa do Campeonato Paulista, em Campinas, conquistando índice para disputar as Olimpíadas (CBAt, on-line).
Para a realização de um salto, é necessária uma ordem lógica do que será ensinado. Inicialmente, deve-se iniciar um trabalho de fortalecimento e melhora da condição física e, em seguida, as técnicas específicas da prova.
Os saltos devem ser aprendidos naturalmente durante a infância e uma sequência pedagógica de aprendizagem é essencial.
Ex. 1: Três passadas, realizar a impulsão e o giro de 90 graus, estendendo a coluna no ar (arco) com aterrissagem no pé de impulso.
Ex. 2: Com as pernas ligeiramente afastadas, de costas para o colchão de saltos, a um distância de aproximadamente 80 cm. A impulsão é para cima, com queda sobre os ombros e nuca no colchão.
Ex. 3: Corrida de três passadas, fazer a impulsão elevando o joelho da perna contrária em flexão, giro de 90 graus, dando as costas para a barra, corpo em arco.
Ex. 4: Ainda com três passadas, em linha oblíqua à barra, executar o exercício anterior fazendo a impulsão sobre uma gaveta do plinto, com o objetivo de ganhar maior altura no salto.
Com origem britânica, o salto com vara possui algumas informações de que começou a ser praticado pela nobreza da Inglaterra, incluindo o rei Henrique VIII. Na Alemanha, fez parte da grade curricular da ginástica no final do século XVII, onde encontramos registros de competições do ano de 1843 (MATTHIESEN, 2012).
O instrumento do salto (vara), no início, era confeccionado com materiais pesados e com pregos na ponta, dificultando assim a prática da modalidade, já que esses materiais não eram leves e flexíveis. Com o passar dos anos, a evolução da vara ajudou na melhora das marcas. Desde então, os materiais sintéticos dominaram a modalidade e são utilizados até hoje (BRASIL, 2016; MATTHIESEN, 2012).
O salto com vara pode ser desenvolvido em duas etapas: com a vara rígida na primeira e vara flexível na segunda. Inicialmente, é necessário desenvolver a coordenação, a agilidade e o fortalecimento do aluno, principalmente na região escapular.
Alguns exercícios educativos para a aprendizagem da técnica com salto com vara serão apresentados:
Ex. 1: Apoiar a vara no chão e tentar subir nela, utilizando apenas as mãos como auxílio.
Ex. 2: De pé sobre um plinto ou mesa, empunhando a vara com as mãos unidas em sua extremidade superior, à frente do corpo e acima da cabeça. Impulsionar o corpo para que, com a ajuda da vara, ele seja projetado para cima.
Ex. 3: Empunhar a vara para realizar uma corrida de aproximadamente 10 passadas, de maneira que nas últimas três passadas a parte anterior da vara comece a ser direcionada para o solo até tocá-lo. Ao projetar o corpo acima da vara, as pernas passam para o outro lado primeiro, e depois passa o resto do corpo. No momento em que estiver passando por cima da barra, esta deve ser solta, ao ser empurrada para trás.
Ex. 4: A todo momento, os braços devem estar estendidos. Na empunhadura, as mãos devem estar afastadas aproximadamente 40 cm uma da outra. A altura da barra deve ser aumentada gradativamente.
Em alguns países europeus como a Escócia e a Irlanda, o salto triplo já era incorporado como prova no final do século XIX, porém sem regras específicas.
Apesar de, em seu início, não ser considerado e regulamentado como esporte, o salto triplo teve seu primeiro recorde mundial no ano de 1911 (recorde reconhecido pela IAAF em 1912), advindo de um Irlandês chamado Daniel Ahearn (naturalizado americano), comprovando nas primeiras competições a hegemonia dos países criadores da modalidade (BRASIL, 2016).
No salto em distância, os atletas devem tomar impulso para atingirem uma maior distância no salto, realizando sua aterrissagem numa caixa de areia (MATTHIESEN, 2012). Existe uma tábua que indica o limite máximo que o atleta pode alcançar antes de executar o salto. Caso o competidor ultrapasse essa marca, seu salto será considerado nulo.
Quando o salto é válido, ou seja, executado antes da tábua de chamada, a distância será considerada do limite da tábua até o local da aterrissagem, valendo a parte do corpo do atleta que tocar a menor distância. A pista que antecede o salto possui 40 metros de comprimento (BRASIL, 2016).
Alguns exercícios de sequência pedagógica para a aprendizagem do salto em distância serão apresentados:
Ex. 1: Dois alunos seguram as cordas nas extremidades. Os alunos saltam de dois em dois por cima da corda. Esse exercício pode ajudar na determinação do pé de impulsão.
Ex. 2: Colocar no chão vários obstáculos, como um plinto ou uma caixa, para que, após uma corrida, os alunos possam saltá-los.
Ex. 3: Corrida, impulsão sobre o plinto, elevação da perna contrária, estendida. Passar a perna de impulsão à frente para realizar a aterrissagem com as pernas em afastamento anteroposterior, tendo a de impulsão à frente, devido ao movimento de “tesoura” realizado no ar.
Cada exercício deve ser realizado diversas vezes, até que o movimento seja automatizado, e o estilo adotado deve ser de acordo com o maior rendimento de cada aluno.
As provas combinadas têm como objetivo principal consagrar os atletas mais completos, aqueles que mostram bom rendimento em várias modalidades. As provas oficiais são o heptatlo para as mulheres (sete modalidades) e o decatlo para os homens (dez modalidades), sendo que os atletas pontuam de acordo com sua classificação em cada prova individual (convertida à classificação por pontos). Ao final, a soma dos pontos define o campeão (MATTHIESEN, 2012).
A busca de novas marcas e recordes impulsiona cada vez mais atletas profissionais, aumentando a competitividade e deixando o esporte mais emocionante.
O lançamento de dardo é a prova na qual o atleta lança um dardo, tentando alcançar maior distância (MATTHIESEN, 2012).
Existe uma zona de máxima para o lançamento na qual, havendo infração por parte do atleta, o lançamento será anulado. O dardo tem a forma de lança com comprimento de 2,7 metros (homens) e 2,3 metros(mulheres), peso de 800 gramas (homens) e 600 gramas e de ser tocado o solo com sua parte dianteira, podendo ser feito de fibra de carbono, metal ou fibra de vidro (BRASIL, 2016). Apesar da relação da modalidade com os momentos de caça com a utilização de lanças pelos povos antigos, a regulamentação como esporte só pôde ser feita a partir da unificação das regras pela IAAF. A primeira marca foi registrada no ano de 1912 pelo atleta sueco Adolf Wigert (MATTHIESEN, 2012).
Lançamento de pelota
Esta prova consiste em um lançamento de uma bola similar uma de beisebol, com peso de aproximadamente 250g, podendo ser adaptada por uma bola de tênis.
O lançamento será medido a partir do primeiro contato da bola com o solo (ex. com um trena). É possível medir a distância estendendo a trena até um ponto de referência dentro do setor de lançamento (no limite permitido para o lançamento).
Após o lançamento é permitido projetar o corpo a frente desde que esteja dentro do limite, ou seja não ultrapasse a linha demarcatória. O deslocamento dentro do setor é livre e opcional.
O lançamento deve ser o mais natural possível e por cima da cabeça. É importante que ambas as pernas estejam apoiadas ao solo no ato do lançamento, sendo a perna da frente contrária ao braço do lançamento. Esse lançamento é considerado uma iniciação ao lançamento de dardo.
Verifique também como funciona o lançamento de pelota.
Fazendo alusão ao herói celta Cuchulainn, famoso por atirar objetos utilizando essa técnica, a modalidade lançamento de martelo exige execução apurada para sua realização. O lançamento ocorre por meio de movimentos circulares nos quais os atletas giram o martelo em torno do próprio eixo e acima da cabeça para, então, lançá-lo (IAAF, on-line; MATTHIESEN, 2012).
Seguro por um cabo, o martelo possui o formato circular com o peso de 4 kg para o naipe feminino e 7,26 kg para o masculino. Para direcionar e proteger, existe um alambrado ao redor do atleta com apenas uma abertura à frente, local de onde deve ser lançado o martelo. No chão, existe uma circunferência (conforme imagem anterior) que limita o lançamento do atleta. Caso este ultrapasse essa marcação, será desclassificada sua marca. O norte-americano Patrick Ryan possui o primeiro registro de marca nessa modalidade, alcançando 57,77 metros no ano de 1913 (IAAF, on-line).
O lançamento do martelo é uma das últimas provas a serem aprendidas, devido à sua complexidade mecânica. Primeiramente, as provas mais básicas são ensinadas, o que dá aos atletas base motora, força, velocidade, agilidade e também resistência.
Exercícios preparatórios são necessários como, nas outras provas.
Exemplos:
A modalidade lançamento de disco apresentou sua primeira marca no ano de 1912, alcançada pelo atleta James Duncan, da cidade de Nova Iorque, marca essa de 47,50 metros (IAAF, on-line). Inúmeras relações, porém, são feitas. Por exemplo, com atividades da Grécia Antiga, onde diversas esculturas retratavam um atleta grego em posição de arremesso, com um disco na mão, como na estátua Diskobolos, de Myron, reconhecida no mundo todo (IAAF, on-line).
O disco é um prato de metal circular, pesando 2 kg no masculino e 1 kg no feminino. Sua espessura também possui diferença entre os sexos, sendo 45 mm para os homens e 38 mm para as mulheres. Para execução do lançamento, o atleta segura o disco com as falanges distais de sua mão dominante e, em seguida, realiza um giro, lançando o disco com a extensão total do braço (MATTHIESEN, 2012).
O local de lançamento é o mesmo do martelo, marcado por uma circunferência de 2,5 metros de diâmetro, podendo o atleta ultrapassar essa marca depois que o disco tocar o solo (IAAF, on-line).
A metodologia deve buscar primeiramente o sentido de equilíbrio, assim como vivenciar giros em torno do eixo do corpo e em especial o eixo longitudinal.
As atividades podem ser realizadas por meio de jogos. A partir dos 10 anos, pode-se executar o lançamento com impulso. As bolas são determinadas de acordo com a idade (maior peso para maiores idades).
Exemplo: jogos de lançamento - esses jogos podem educar a pontaria. Deve-se lançar o peso em um determinado objeto ou alvo.
No arremesso de peso, os atletas iniciam a prova de costas para o local do arremesso e realizam um giro para conseguir mais força no arremesso (técnica criada por William Parry O’Brien). Os lançamentos são realizados dentro de áreas limites marcadas no chão, no espaço interior à pista das corridas. A partir das marcas no chão, é contada a distância dos lançamentos (CBAt, on-line; MATTHIESEN, 2012).
As competições acontecem envolvendo uma série de tentativas, aproveitando as melhores marcas conseguidas para a classificação final (MATTHIESEN, 2012). A esfera metálica (bronze ou ferro fundido) consiste em 7,26 kg (12 cm de diâmetro) para os homens e 4 kg (9 cm de diâmetro) para mulheres (CBAt, on-line). Os primeiros registros de marcas apontam o inglês Herbert Williams lançando a 10,91 metros, em Londres, no dia 28 de maio de 1860. Da era IAAF, o americano Ralph Rose, em 21 de agosto de 1909, arremessou 15,54 metros em São Francisco. No Brasil, o primeiro recorde foi alcançado pelo atleta E. Engelke, no primeiro campeonato brasileiro, com 11,81 metros, no ano de 1925 (BRASIL, 2016).
Em todas as Competições Internacionais, os materiais utilizados devem cumprir as regras definidas pela IAAF, como mostra o quadro a seguir, sobre os materiais dos lançamentos.
Quadro 1.2 - Materiais para os lançamentos de acordo com a categoria (idade)
Fonte: Adaptado de IAAF (on-line) e CBAt (on-line).
Em cada prova, os materiais utilizados por atletas são analisados e só poderão ser utilizados se apresentarem certificado de homologação da IAAF (on-line).
Atletas dedicam-se diariamente em busca de melhores performances e quebras de recordes individuais.
A aprendizagem deve ser realizada por meio de jogos pré-desportivos, nos quais as movimentações deverão estar voltadas para o arremesso.
As atividades devem acontecer por etapas e permitir que o aluno domine diferentes níveis do aprendizado, aperfeiçoando as formas globais de execução que materializam esses níveis, ou seja, do mais simples para o mais complexo.
Os exercícios não são classificados em uma ordem cronológica, cabendo ao professor organizá-los e realizá-los, de acordo com a oportunidade de aprendizagem. Ao considerarmos a aprendizagem da técnica do arremesso, podemos fazê-la por meio de ciclos. Seguem exemplos:
Essas atividades podem ser realizadas diversas vezes, até se chegar ao gesto completo, ou seja, em que o aluno já está em condições de realizar a técnica do arremesso completo.
Leia atentamente as afirmações e marque apenas aquela que está totalmente correta:
A técnica “Fosbury Flop”, utilizada nos dias atuais nas competições de salto em altura, foi uma homenagem ao seu inventor, o alemão Richard Fosbury, que nas Olimpíadas do México em 1964 impressionou a todos, saltando de costa.
Justificativa: Richard Fosbury era americano e as Olimpíadas do México foram realizadas no ano de 1968.
O salto com vara é a modalidade da renomada atleta russa, detentora dos recordes mundial e olímpico, Yelena Isinbayeva. Já na modalidade masculina, o detentor do recorde olímpico é o brasileiro Thiago Braz, e do recorde mundial é o francês Renaud Lavillenie.
Justificativa correta: Temos como referências no salto com vara a atleta Russa Yelena Isinbayeva e o brasileiro Thiago Braz, além do recordista mundial, o francês Renaud Lavillenie.
Na Modalidade salto em distância, a validade do salto acontece quando o atleta toca pela última vez no solo, antes do limite da tábua, e a distância considerada é a parte do corpo que alcançar a maior distância.
Justificativa: A parte do corpo considerada é aquele que marca a menor distância, ou seja, a parte do corpo que toca o solo, marcando a menor distância entre o corpo e o limite da tábua.
As provas combinadas têm como característica principal consagrar os atletas mais completos. As provas oficiais são o decatlo para as mulheres, composto de 10 provas, e o heptatlo para os homens, formado por 7 provas, envolvendo as modalidades de corrida, salto e lançamentos.
Justificativa: Decatlon é a prova masculina e heptatlo é prova feminina
Conhecidas pelas técnica e força exigidas, as provas de lançamento e arremesso fazem parte do programa olímpico, além das principais competições mundiais. São elas: arremesso de peso, lançamento de martelo, de disco e de dardo, sendo que a última atribui uma maior pontuação ao atleta que acertar mais próximo do centro do alvo.
Justificativa: No lançamento de dardo, a melhor pontuação acontece para o atleta que lançar à maior distância.
As características principais das provas de rua são as grandes distâncias e a duração prolongada, quando comparadas às demais provas. Assim, em sua grande maioria, os percursos são elaborados em lugares abertos, como ruas, fazendas etc. (ROJO, 2014).
As provas de rua podem ser divididas em maratona e marcha atlética. Essas são provas que exigem resistência física, uma vez que o atleta deve percorrer longas distâncias (ROJO, 2014).
Mesmo possuindo características específicas, as corridas de rua (maratona e marcha atlética) podem ser classificadas como corridas de fundo, segundo a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, on-line).
A seguir veremos a técnica de movimento da corrida de rua e suas especificidades.
Técnica básica de movimento
A técnica de corrida é similar à técnica das corridas rasas de velocidade, pelas seguintes características:
Uma diferença marcante entre a biomecânica das corridas de ruas ou de fundo para as de velocidade está, principalmente, na fase conhecida como “descanso da passada”, caracterizada pelo instante no qual acontece um apoio completo do pé no chão (MATTHIESEN, 2012).
Isso nos mostra que, em provas de grandes distâncias, o apoio dos pés na base plantar acontece em maior escala (BRASIL, 2016; MATTHIESEN, 2012).
Conhecida principalmente por atrair muitos participantes, a maratona tem como características principais a longa distância e ser realizada totalmente ou parcialmente fora do estádio. A distância refere-se ao fato de que o soldado grego Fidípides teria percorrido, aproximadamente, 40 km para anunciar a vitória dos helenos sobre os persas (MATTHIESEN, 2012). Segundo a lenda, Fidípides percorreu a distância entre a planície de Maratona, local da guerra, até a cidade de Atenas. Logo após o anúncio, Fidípides morreu, exausto.
A prova olímpica passou a ser disputada na distância exata de 42,195 km na edição de Londres (1908), para que a realeza britânica pudesse assistir à largada sem sair do Palácio de Windsor. Assim, o percurso da maratona foi estabelecido em 42 quilômetros e 195 metros, sendo uma prova que exige grande resistência física de seus participantes (BRASIL, 2016).
Uma das provas mais longas do atletismo, a maratona foi disputada desde a primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, em Atenas (1896), e tem como objetivo fazer o percurso estipulado no menor tempo possível. Além do fato de o percurso não ser totalmente plano, o controle de ingestão de líquidos e alimentos é um fator que deve ser levados em consideração (CBAt, on-line; BRASIL, 2016).
O sistema energético predominante para essa prova é o aeróbico (PETRIS, 2016).
A marcha atlética é caracterizada por não conter fase de voo, ou seja, um dos pés do atleta deverá sempre estar em contato com o solo, mostrando, nessa modalidade, o limite entre caminhar e correr. Durante uma prova, caso o atleta cometa a infração de não estar com um dos pés em contato com o solo, será advertido. Quando o número de advertência chegar a três, o atleta estará, automaticamente, desclassificado da competição (MATTHIESEN, 2012).
As distância nas provas oficiais são de 20 km, homens e mulheres, e 50 km apenas para os homens (BRASIL, 2016; MATTHIESEN, 2012).
O sistema energético predominante é o aeróbico (PETRIS, 2016).
O cross-country é uma modalidade conhecida, também, como corrida de fundo, embora tenha classificação à parte. Seu percurso é bem particular. As provas são disputadas em percursos naturais, com retas curvas e curvas plenas, ocorrendo em diversas categorias (juvenil e adulto / feminino e masculino), diferenciadas apenas por suas distâncias (BRASIL, 2016; MATTHIESEN, 2012).
Conhecido por ser disputado em longos percursos, o cross-country apresenta seus primeiros registros no começo do século XIX por estudantes ingleses.
Masculino: 8 km (juvenil); 4 km (adulto - prova curta) e 12 km (adulto - prova longa).
Feminino: 6 km (juvenil); 4 km (adulto - prova curta) e 8 km (adulto - prova longa).
O sistema energético predominante é o aeróbico (PETRIS, 2016).
Como uma variação das corridas de cross-country, as provas de montanha são realizadas em campo, trilhas e estradas não pavimentadas, possuindo uma grande parte de subidas e descidas, sendo que, no máximo, 30% do percurso pode ocorrer em ruas pavimentadas (MATTHIESEN, 2012).
Com percursos previamente demarcados, as distâncias oficiais das corridas em montanhas são de 12 km (masculino-adulto), 8 km (feminino adulto e masculino juvenil) e 4 km (feminino juvenil) (BRASIL, 2016; MATTHIESEN, 2012).
Vídeo explicativo contando, de forma resumida, a história do atletismo e os grandes momentos que o tornaram tão conhecido no universo esportivo. Acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=FnhaJ0TZdwU>. Acesso em: 07 mar. 2019.
Após o estudo do material, podemos notar o quão dinâmico é o esporte do atletismo. Atletas apresentam uma evolução impressionante, pulverizando recordes a todo ano. As perguntas que muitos cientistas e estudiosos de várias partes do mundo se fazem a toda hora é: quais são os limites do ser humano? Até quando os recordes serão superados? Existe um limite ao qual o homem possa chegar?
Após a leitura das alternativas, identifique as que não são verdadeiras e marque apenas a correta:
Uma das principais diferenças na biomecânica das corridas de rua em relação às rápidas está no momento conhecido como “fase de descanso da passada”, em que o atleta apoia a parte plantar dos pés no solo.
Justificativa: A fase chamada de “descanso da passada” ocorre quando o atleta apoia todo o pé no solo, e não apenas a parte plantar.
As provas de cross-country são conhecidas por suas longas distâncias e pelos percursos irregulares com subidas, descidas, terra, pedras etc. Seus primeiros registros são do século, XIX, feitos por estudantes Ingleses.
Justificativa correta: Seu percurso é bem particular. As provas são disputadas em percursos naturais com retas curvas e curvas plenas, ocorrendo em diversas categorias (juvenil e adulto / feminino e masculino), diferenciado apenas por suas distâncias. Seus primeiros registros datam do século XIX, realizados por estudantes ingleses.
As corridas conhecidas como maratona tiveram sua origem devido ao fato de o soldado grego Fidípides percorrer a distância da planície de maratona (local da guerra) até a cidade de Atenas (42.195 metros), para anunciar a vitória dos Helenos sobre os Persas, no palácio de Windsor.
Justificativa: A distância que o soldado Fidípides percorreu era de aproximadamente 40 km. A distância de 42.195 metros foi implantada na Olimpíada de Londres, em 1908, para que a realeza britânica pudesse assistir à largada sem sair do palácio de Windsor.
Durante uma competição de marcha atlética, o atleta que tocar o solo com os dois pés no mesmo instante receberá uma advertência. Após receber cinco advertências, o atleta estará automaticamente desclassificado da competição.
Justificativa: O atleta estará desclassificado quando receber três advertências por tocar o solo com os dois pés ao mesmo tempo.
A maratona é uma das corridas mais tradicionais do atletismo e mostra sua evolução por meio de seus recordes em constantes alterações. Uma das principais buscas dos atletas era romper com a barreira das duas horas e cumprir a prova abaixo desse tempo. O atleta do Kenia, Eliud Kipchoge, conseguiu essa façanha no dia 16 de setembro de 2018, em Berlin, terminando a prova no tempo de 1 hora, 59 minutos e 39 segundos.
Justificativa: Nenhum atleta conseguiu baixar de duas horas o tempo da maratona. Eliud é o recordista, com o tempo de 2 duas, 01 minutos e 39 segundos, conquistado em Berlin no dia 16 de setembro de 2018.
Nome do Livro: O corpo do corredor
Editora: Gente
Autores: Ross Tucker; Jonathan Dugas; Matt Fitzgerald
ISBN: 978-85-7312-679-2
O livro apresenta o sistema musculoesquelético, cardiorrespiratório, metabólico, nervoso central e o imunológico de um corredor. Tema importante para complementar o conteúdo abordado sobre corrida. Recomendamos a leitura.
Nome do filme: I am Bolt (Eu sou Bolt)
Gênero: Documentário
Ano: 2016
Elenco principal: Usain Bolt
Documentário que retrata a trajetória do tricampeão olímpico, o atleta velocista jamaicano Usain Bolt.