Prezado aluno(a), esta terceira unidade compreende o foco das Ameaças à Diversidade Biológica debatendo os seguintes conteúdos: ameaças à biodiversidade - destruição, degradação e fragmentação de habitat; a superexploração de espécies e sua relação com o declínio da biodiversidade; poluição, mudanças climáticas e doenças enfraquecendo a variabilidade de espécies; fragmentação de habitat e suas consequências.
Sempre houve a necessidade de preservar a biodiversidade e, se justificada por meio de argumentos de caráter utilitário, científico e ético, ela pode ser utilizada na alimentação, no tratamento de doenças, no controle de pragas, na indústria, entre outros.
Os seres vivos têm fundamental papel ecológico (fotossíntese, formação e manutenção dos solos, ciclo dos nutrientes, ciclo hidrológico, por exemplo), têm valor estético, pelo que a sua conservação se reveste de considerável importância. Como sabemos, determinadas atividades humanas têm colocado em risco a sobrevivência de certas espécies de seres vivos. Infelizmente, o crescimento da população humana, o consumo intensivo dos recursos biológicos e o desenvolvimento de um sistema econômico que não valoriza o ambiente e os seus recursos está a colocar em vias de extinção diversas espécies de seres vivos e, desse modo, contribuindo para a redução da biodiversidade. Dentre essas atividades, destacam-se:
Uma espécie está ameaçada de extinção quando se encontra em declínio, ou seja, quando a taxa de mortalidade de certa população excede a taxa de natalidade da mesma. A extinção de seres vivos é um fenômeno natural que tem ocorrido ao longo da história da terra. Nos últimos anos, porém, a extinção de espécies tem sido essencialmente provocada pela ação humana.
A recuperação das espécies em perigo de extinção é fundamental para inverter, assim, o total declínio, removendo ou neutralizando os fatores por ela responsáveis. Desse modo, as medidas a tomar passam por uma correta gestão de habitat, para que a população em perigo disponha de locais de abrigo e reprodução, pela erradicação e controle de predadores, competidores e parasitas, pela proibição da caça ou pesca, sensibilização das pessoas para o problema.
Ora bem, a fim de preservarem a biodiversidade e a geodiversidade, têm sido criadas áreas protegidas, estas se destinam à preservação de um conjunto representativo dos principais ecossistemas ou regiões naturais de um território e de áreas contribuindo, assim, para a manutenção da biodiversidade no seu ambiente natural, pois permitem melhores condições de sobrevivência.
A expressão Pegada Ecológica é uma tradução do inglês Ecological Footprint, que significa, em termos de divulgação ecológica, a quantidade de terra e água que seria necessária para sustentar as gerações atuais, tendo em conta todos os recursos materiais e energéticos gastos por uma determinada população.
O termo foi primeiramente usado em 1992 por William Rees, um ecologista e professor canadiano da Universidade de Colúmbia Britânica. A pegada ecológica é usada ao redor do globo como um indicador de sustentabilidade ambiental. Pode ser usado para medir e gerenciar o uso de recursos por meio da economia. É comumente usado para explorar a sustentabilidade do estilo de vida de indivíduos, produtos e serviços, organizações, setores industriais, vizinhanças, cidades, regiões e nações.
Com isso, pode-se dizer que a pegada ecológica é fator determinante para o declínio global da biodiversidade. Existem áreas de extrema influência humana como, por exemplo, as áreas urbanas e os campos cultivados, e áreas de moderada influência humana.
Com a constante necessidade de preservar a biodiversidade, houve uma iniciativa para ajudar os seres vivos com a justificativa de argumentos em caráter utilitário, científico e ético. A biodiversidade pode ser utilizada na alimentação, tratamento de doenças, controle de pragas, na indústria e várias outras áreas. Diversas atividades humanas têm colocado em risco a sobrevivência de certas espécies de seres vivos. Sobre essa redução da biodiversidade, quais atividades destacam-se como vias de extinção de diversas espécies?
Presença de substâncias químicas ou de fatores físicos no ambiente em doses capazes de prejudicar os seres vivos e alterar o equilíbrio do ambiente natural.
Incorreta: somente essa presença de substâncias não prejudica totalmente o ambiente, necessita de mais fatores para que ocorra toda essa destruição.
Principais ameaças são sobre-exploração, introdução de espécies exóticas, poluição/alteração climática e fragmentação de habitats.
Correta: o crescimento da população humana, o consumo intensivo dos recursos biológicos e o desenvolvimento de um sistema econômico que não valoriza o ambiente e os seus recursos está a colocar em vias de extinção diversas espécies de seres vivos.
O monóxido de carbono tem a capacidade de se combinar irreversivelmente com a hemoglobina do sangue, inutilizando-a para o transporte de oxigênio.
Incorreta: está-se falando em células sanguíneas.
Agrotóxicos e fertilizantes espalhados sobre as lavouras, além de poluírem o solo, intoxicam e matam diversos seres vivos dos ecossistemas.
Incorreta: o desenvolvimento da agricultura também tem contribuído para a poluição do solo e das águas, como fertilizantes sintéticos e agrotóxicos (inseticidas, fungicidas e herbicidas.
O termo Pegada Ecológica foi primeiramente usado em 1992 por William Rees, um ecologista e professor canadiano. É utilizado ao redor do globo como um indicador de sustentabilidade ambiental. Dessa maneira, pode-se dizer que a pegada ecológica é o fator que mais contribui para o declínio global da biodiversidade. Sendo assim, o que significa esse termo que está sendo muito utilizado em dias atuais pelo mundo? Marque a alternativa correta.
Estudo dos animais no que se refere à sua biologia, genética, fisiologia, anatomia, ecologia, geografia e evolução.
Incorreta: estudo da Zoologia.
Estuda a crosta terrestre, a matéria que a compõe, seu mecanismo de formação, as alterações que está experimentando desde sua origem e a textura e estrutura que sua superfície possui atualmente.
Incorreta: estudo da Geologia.
Significa, em termos de divulgação ecológica, a quantidade de terra e água que seria necessário para sustentar as gerações atuais, tendo em conta todos os recursos materiais e energéticos gastos por uma determinada população.
Correta: a pegada ecológica é atualmente usada ao redor do globo como um indicador de sustentabilidade ambiental. Pode ser usado para medir e gerenciar o uso de recursos por meio da economia. É comumente usado para explorar a sustentabilidade do estilo de vida de indivíduos, produtos e serviços, organizações, setores industriais, vizinhanças, cidades, regiões e nações.
É a montagem ou reconstituição das características morfológicas dos animais vertebrados.
Incorreta: estudo da Taxidermia.
O Brasil possui atualmente 627 espécies ameaçadas de extinção, de acordo com pesquisa do Ministério do Meio Ambiente realizada em 2008. O levantamento anterior, feito em 1989, mostrava uma lista de 218 animais, mas não incluía peixes e outras espécies aquáticas. Todas estão descritas no Livro Vermelho, publicado pelo Ministério. Mesmo se separarmos as espécies na pior categoria - "criticamente ameaçadas" -, a quantidade ainda é enorme, compreendendo mamíferos, répteis, anfíbios, aves, peixes e invertebrados.
Assim, quando uma espécie está ameaçada de extinção, é quando se encontra em declínio. Ou seja, qual seria esse declínio para que possa ser declarada dessa forma?
Quando a taxa de mortalidade de uma população excede a taxa de natalidade dela.
Correta: é quando uma espécie está ameaçada de extinção quando se encontra em declínio.
Quando a taxa de natalidade de uma população excede a taxa de mortalidade dela.
Incorreta: são dados estatísticos segundo o número de nascidos e o número de mortes e, por isso, eles determinam o crescimento demográfico da população.
Quando a taxa de natalidade de uma população é igual à taxa de mortalidade das mesmas.
Incorreta: as taxas não podem ser iguais, pois, assim, não haverá taxa de crescimento.
Quando a porcentagem de natalidade for maior que 10% da taxa de mortalidade.
Incorreta: não são consideradas porcentagens exatas.
A recuperação das espécies em perigo de extinção é fundamental para inverter assim o seu total declínio, removendo ou neutralizando os fatores por ela responsáveis. Dentre essas considerações, marque a alternativa incorreta sobre quais medidas tomar para que ocorra uma correta gestão de habitat para que a população em perigo saia dessa zona de risco.
Erradicação e controle de predadores, competidores e parasitas.
Incorreta: são necessárias essas medidas para que o local permaneça limpo onde o grupo sobrevive.
Proibição de pesca.
Incorreta: época de piracema.
Liberação constante da caça.
Incorreta: essa justificativa não deve ser liberada constantemente, pois comprometeria animais ainda jovens, em época de se reproduzir e se desenvolver.
Abrigo para sua reprodução.
Correta: todo ser vivo precisa de um local seguro para se reproduzir.
A fim de preservarem a biodiversidade e a geodiversidade, têm sido criadas quais tipos de áreas, que se destinam à preservação de um conjunto representativo dos principais ecossistemas ou regiões naturais de um território e de áreas contribuindo, assim, para a manutenção da biodiversidade no seu ambiente natural, pois permitem melhores condições de sobrevivência?
Áreas Protegidas.
Correta: as áreas protegidas são partes do território sob atenção e cuidado especial, em virtude de algum atributo específico ou até único que elas apresentam.
Áreas Conservadas.
Incorreta: são criadas para proteger espécies da fauna e flora, garantir a manutenção da biodiversidade, a regulação do clima e o abastecimento de mananciais de água, proporcionado qualidade de vida às pessoas, além da proteção de locais de grande beleza cênica.
Áreas de Risco.
Incorreta: por exemplo, margens de rios sujeitas à inundação, florestas sujeitas a incêndios, áreas de alta declividade (encostas ou topos de morros) com risco de desmoronamento ou deslizamento de terra, áreas contaminadas por resíduos tóxicos etc.).
Áreas Verdes.
Incorreta: um parque é um espaço comumente chamado de "área verde", em geral, livre de edificações e caracterizado pela abundante presença de vegetação.
Um dos principais vetores do desmatamento no Brasil é a exploração ilegal dos recursos naturais, entre eles, a madeira. No Brasil, estima-se a ilegalidade entre 64% e 80% da produção da Amazônia Legal. Globalmente, calcula-se que cerca da metade da exploração florestal realizada nas regiões da Ásia, África Central, Rússia e América do Sul seja ilegal.
O estado de São Paulo e a cidade de São Paulo são os maiores consumidores de madeira tropical do país, grande parte dela é oriunda de florestas ou predatórias. Em março de 2009, o governo do estado de São Paulo, a prefeitura do Município de São Paulo e várias entidades celebraram um protocolo de colaboração para adoção de ações destinadas ao incentivo do uso de madeira de origem legal na construção civil visando mitigação de impactos negativos e para minimizar a utilização de recursos naturais, além da eliminação da exploração ilegal de madeira. Com sérias implicações ambientais, sociais e econômicas, a extração ilegal de madeira no Brasil agrega sérios problemas, entre os quais, podemos citar: ocupação desordenada e a queimada para transformação de extensas áreas em pastos ou plantações agrícolas; o desmatamento e as queimadas contribuem para a liberação de CO2 na atmosfera, agravando o quadro das mudanças climáticas; estímulo à corrupção e às práticas ilegais; o corte ilegal de madeira financia a abertura de estradas não oficiais que se constituem em vias de acesso para a ocupação de novas áreas de floresta.
O estado de conservação de todos os biomas brasileiros é uma questão de grande preocupação e não somente da Floresta Amazônica. Nas últimas décadas, a Mata Atlântica está sendo impactada, resultando na fragmentação e na perda de biodiversidade. Além da exploração ilegal da madeira, outras ações como caça, comércio ilegal de animais, desenvolvimento urbano e industrial, expansão de áreas agrícolas e implantação de pastagens ameaçam a integridade dos biomas brasileiros.
O comércio de animais silvestres é o terceiro maior comércio ilícito do mundo, gerando atualmente 10 bilhões de dólares por ano, sendo que um bilhão tem origem do mercado brasileiro. Estima-se que 50 milhões de animais foram capturados entre 1996 e 2000. O comércio de animais silvestre afeta diretamente mais de 200 espécies brasileiras. Destas, muitas endêmicas e oficialmente consideradas ameaçadas de extinção. Em cada 10 animais traficados, apenas um chega ao seu destino final e nove acabam morrendo no momento da captura ou durante o transporte.
Grande parte dos animais silvestres brasileiros ilegalmente comercializados tem origem nas regiões Norte e Nordeste do país e são levados para a região Sul e Sudeste. Já o destino internacional desses animais são Europa, Ásia e América do Norte, vendidos para comporem coleções particulares, plantel de zoológico, universidades, centros de pesquisa e multinacionais da indústria química e farmacêutica.
O mais significativo impacto gerado pelo tráfico de animais é, sem dúvida, o desequilíbrio populacional, já que a captura excessiva é a segunda principal causa da redução populacional de várias espécies, perdendo apenas pela retirada do habitat natural provocada pelo desmatamento. Além disso, o animal capturado e mantido preso é excluído do processo reprodutivo e impedido de deixar descendentes, o que aumenta o risco de extinção. O comércio ilegal de animais no Brasil já contribui para o aumento do risco de extinção de muitas espécies e podemos citar como exemplo a ararinha-azul (Cyanopsita spixii).
Em 1992, quando aconteceu no Rio de Janeiro a ECO-92, cerca de 150 países assinaram a regulamentação da Convenção da Biodiversidade. A partir disso, o governo brasileiro editou a medida provisória 2.052, em julho de 2000, esse foi o primeiro passo para estabelecer uma Legislação Federal sobre biopirataria e o acesso ao patrimônio biológico e genético natural.
A medida prevê que estados, municípios, proprietários privados e comunidades indígenas tenham direito à parte do lucro resultante de produtos obtidos de vegetais e animais descobertos em suas áreas, além de um maior controle das coletas. O Acre e o Amapá são os únicos estados brasileiros que possuem leis específicas sobre a biopirataria. No Acre, para ter acesso aos recursos naturais da floresta Amazônica, as empresas estrangeiras precisam se associar a uma empresa ou entidade brasileira de pesquisa.
A maior parte da população urbana põe em suas mesas alimentos industrializados advindos de supermercados, mas, para muitas pessoas, essa alimentação vem diretamente dos recursos naturais, o problema está diretamente relacionado com o aumento da população.
Conforme esse número cresce, o ambiente natural encolhe e a colheita de muitas espécies silvestres que compunha a mesa de vários cidadãos tem se tornado insustentável. Assim, a superexploração está contribuindo para o risco de extinção de muitas espécies, incluindo aves, mamíferos, peixes e até mesmo os répteis e uma gama de plantas. Uma provável extinção de um primata, o macaco-colobo-vermelho-de-miss-waldron (Procolobus badius waldroni), endêmica de Gana e da Costa do Marfin, avistada pela última vez na década de 70, foi ocasionada pela superexploração (OATES et al., 2000).
A superexploração da pesca e a pesca de arrasto também possuem grande impacto sobre os ecossistemas marinhos. A superexploração faz com que sejam pescadas 2,5 vezes a quantidade sustentável e que 80% das espécies com interesse econômico já são pescadas além da capacidade de reposição. Para cada tonelada de peixe apanhado pelos arrastões, 1 a 4 toneladas de outras vidas marinhas são trazidas a bordo; alguns organismos conseguem sobreviver a essa experiência e serem liberados de volta ao mar, mas a maioria é alvo da captura acessória. Esse tipo de captura, proeminente de espécies-alvo da conservação, como mamíferos marinhos, aves marinhas e tartarugas marinhas, tem recebido especial atenção dos gestores em pesca e, em alguns casos, as perdas têm sido reduzidas por meio de mudanças nos equipamentos de pesca. Mas a preocupação sobre os efeitos ecológicos da mortalidade desnecessária dessas espécies nas teias alimentares marinhas tem crescido muito.
A colheita seletiva de outros recursos, tais como madeira, fibras, medicamentos e óleos, tem levado muitas espécies ao estado de ameaça. Por exemplo, as três espécies existentes de mogno (Swietenia spp) estão em perigo de extinção, tanto pela superexploração como pela degradação e perda de habitat. Muitas espécies de palmeiras utilizadas na fabricação de móveis como, por exemplo, o junco (rattan) demandam preocupação quanto à sua conservação. O interesse por plantas medicinais também tem aumentado muito e tem ameaçado a população silvestre de muitas ervas medicinais e de espécies da fauna que dependem da existência dessas ervas.
Quando alguma espécie possui valor comercial reconhecido, é provável que venha a ser superexplorada e a melhor maneira para proteger as espécies dessa ameaça é determinar os níveis de coletas que seriam biologicamente sustentáveis e estabelecer um mecanismo regulatório para permitir somente esses níveis aceitáveis de coleta. Algumas espécies podem ser mantidas pelo desenvolvimento de sistemas para propagá-las em cativeiro, embora as pessoas, que as coletam diretamente da natureza, sempre são economicamente recompensadas.
Um dos principais vetores do desmatamento no Brasil é a exploração ilegal dos recursos naturais, entre eles, a madeira. No Brasil, estima-se a ilegalidade entre 64% e 80% da produção da Amazônia Legal. O estado de São Paulo é um grande consumidor de madeira no país, grande parte é oriunda de florestas ou predatórias. Em março de 2009, o governo e a prefeitura do município de São Paulo e várias entidades celebraram um protocolo de colaboração para adoção de ações destinadas ao incentivo do uso de madeira de origem legal na construção civil, visando mitigação de impactos negativos e para minimizar a utilização de recursos naturais, além da eliminação da exploração ilegal de madeira. Com sérias implicações ambientais, sociais e econômicas, a extração ilegal de madeira no Brasil agrega sérios problemas. Dentre todas essas finalidades, qual alternativa é considerada correta sobre os problemas que podemos citar?
Ocupação desordenada e a queimada para transformação de extensas áreas em pastos ou plantações agrícolas, e o desmatamento e as queimadas contribuem para a liberação de CO² na atmosfera.
Correta: agravando o quadro das mudanças climáticas, estímulo à corrupção e às práticas ilegais.
Em áreas fechadas de mata, é liberada a extração de madeira sem autorização de órgãos competentes.
Incorreta: toda a extração de madeira deve ter autorização de órgãos competentes.
O uso de CO² na atmosfera não estimula o quadro das mudanças climáticas.
Incorreta: estimula muito na destruição da camada de ozônio.
O corte de madeira desordenado ajuda no crescimento do Brasil, abrindo novas estradas.
Incorreta: pode até ajudar no desenvolvimento financeiro, mas o meio ambiente fica completamente destruído.
Em 1992, quando aconteceu no Rio de Janeiro a ECO-92, cerca de 150 países assinaram a regulamentação da Convenção da Biodiversidade. A partir disso, o governo brasileiro editou a medida provisória 2.052, em julho de 2000. Esse foi o primeiro passo para estabelecer uma legislação federal sobre qual tipo de patrimônio que deveríamos defender?
Concede à sociedade, aos órgãos ambientais e ao Ministério Público mecanismo para punir os infratores do meio ambiente.
Incorreta: a responsabilização por danos ambientais é prevista na Constituição Federal Brasileira e atinge as esferas penal, administrativa e civil. A responsabilização civil é aplicada independentemente da demonstração de culpa. Os infratores condenados são obrigados a recompor as áreas afetadas ou pagar indenização se a recomposição for impossível. A responsabilização penal decorre da violação de normas penais sobre o assunto. Somente o Ministério Público pode iniciar ações criminais ambientais.
Sobre todos os setores do saneamento, como a drenagem urbana, abastecimento de água, esgotamento sanitário e resíduos sólidos.
Incorreta: a 1ª Conferência Nacional das Cidades, realizada em Brasília no mês de outubro de 2003, delineou as diretrizes para a formulação da Política Nacional de Saneamento aprovada, em janeiro de 2007, pela Lei 11.445, com foco na universalização dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e resíduos sólidos.
Biopirataria e o acesso ao patrimônio biológico e genético natural.
Correta: Devem-se preservar a diversidade e a integridade do patrimônio biológico e genético e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e à manipulação de material genético. E a biopirataria não é tipificada como ilícito criminal, sendo punida apenas administrativamente, e não com sanções penais mais duras, como a detenção.
Estabelece regras para loteamentos urbanos, proibidos em áreas de preservação ecológicas, naquelas onde a poluição representa perigo à saúde e em terrenos alagadiços.
Incorreta: Lei do Parcelamento do Solo Urbano – número 6.766, de 19/12/1979.
As modificações ocorridas na fauna e flora, com eventual perda da biodiversidade, tanto terrestre como aquática, são causadas pela degradação ambiental que está associada à poluição (causada pela ação humana) e também com a própria evolução do ecossistema, podendo levar à degradação ambiental por meios naturais.
Para agentes poluidores, inúmeras fontes podem ser citadas como exemplo: mineração, desmatamento, construção de ferrovias e rodovias, crescimento populacional, resíduos radiativos, ameaça nuclear, indústrias, entre muitos outros.
Os problemas de poluição X degradação nem sempre são observados, medidos ou mesmo sentidos pela população, isso porque muitos deles são cumulativos e somente sentidos em longo prazo. Além disso, o agravamento em curto período de tempo do aquecimento do planeta, das chuvas ácidas, dos dejetos lançados em rios e mares, entre outros, tem merecido atenção especial no mundo inteiro e, com certeza, causado profundas alterações em todos os seres vivos, até mesmo levando à perda da diversidade.
Toda e qualquer construção tem como consequência de maior ou menor amplitude a alteração ambiental. Como, por exemplo, a construção de um reservatório para a produção de energia elétrica produz inúmeros impactos ao sistema, com alterações qualitativas e quantitativas.
Como consequência desses impactos, os sistemas aquáticos passam por inúmeras alterações e mudanças estruturais e funcionais. A remoção de várias espécies de vegetação ripária produz muitas alterações no sistema. Por exemplo, a remoção de espécies de vegetação cujos frutos servem de alimento para peixes pode causar alterações fundamentais na estrutura das comunidades biológicas desses ecossistemas.
Além disso, essa vegetação são regiões tampão que removem nitrogênio (por desnitrificação), fósforo (por precipitação), precipitam metais pesados e complexam esses elementos removendo material em suspensão, impedindo seu transporte para os sistemas aquáticos. A perda dessas regiões tampão, seja por remoção, mortalidade, alteração do regime hidrológico, entre outras causas, acelera a deterioração do sistema aquático.
Fatores como mudanças climáticas, poluição do ar, da água e doenças são fatores que contribuem fortemente para a eliminação de muitas populações de espécies. Presenciamos, quase anualmente, o surgimento de novas doenças e a passagem delas, de animais domésticos para animais silvestres. Os efeitos desses fatores exacerbam o declínio de espécies já reduzidas em números pela perda de habitat ou superexploração.
Os poluentes estão presentes no ar, na água, na terra e contribuem para a degradação dos habitats e para a perda de biodiversidade onde estão presentes em níveis que causam estresse fisiológico.
Conforme mencionam Cain, Bowman e Hacker (2011), uma emergente ameaça de poluição é o crescimento das concentrações de contaminantes persistentes que desregulam o sistema endócrino. Os poluentes orgânicos persistentes, tais como DDT, BPCs, organofosforados provenientes de agrotóxicos, acabam em teias alimentares marinhas, nas quais são bioacumulados e biomagnificados, particularmente em predadores do topo da cadeia, entre eles, o homem. Nos últimos 40 anos, o número de produtos químicos encontrados, número de animais afetados e as concentrações encontradas em mamíferos marinhos dessas substâncias têm aumentado significativamente, conforme assevera Tanabe (2002), tais como as orcas da Colúmbia Britânica e as baleias-à-prova-de-fogo, devido ao alto nível de éter difenílico encontrado em seus corpos. Esses desreguladores endócrinos interferem na reprodução, no desenvolvimento neurológico e na função imunológica dos mamíferos. De acordo com observações feitas por Roos (2006), no ameaçado esturjão-pálido (Scaphirhyncus albus), os desreguladores endócrinos interferem na reprodução transformando machos em fêmeas. Infelizmente, esses indicativos, para espécies com problemas de baixa população, não melhoram a perspectiva dessa espécie para o futuro.
De acordo com as impressões deixadas pelos seres humanos e há pouco tempo esclarecidas pelos pesquisadores, a distribuição das espécies em locais de maiores altitudes ou mais elevadas possui diferenças em seu estado de conservação devido ao clima. Por exemplo, a extinção do sapo-dourado (Bufo periglenes), ex-habitante das florestas nebulares da Costa Rica, tem sido atribuída, em partes, às mudanças no regime do nevoeiro, devido às alterações climáticas. Calcula-se que o contínuo aquecimento global resultará em mudanças ecológicas e, consequentemente, estresse fisiológico adicional, do qual implicará em extinções locais e globais.
A grande preocupação dos pesquisadores é a possibilidade do ritmo do aquecimento exceder a capacidade das espécies migrarem para novos locais ou de se adaptarem às condições extremas/alteradas. Outro risco é o de que as áreas de proteção, atualmente estabelecidas, demonstram ser menos eficientes ao longo do tempo, à medida que seus ambientes se tornam menos adequados para as espécies que vivem ali. A Terra está aquecendo em uma escala sem precedentes devido à emissão de gases e ao efeito estufa. As mudanças climáticas, particularmente mudanças nas frequências de eventos extremos, como secas prolongadas, tempestades violentas ou temperaturas extremamente baixas ou altas, terão profundos efeitos sobre os padrões e processos ecológicos.
Por serem distúrbios que resultam em mortalidades significantes dentro das populações, esses eventos são cruciais na determinação da distribuição geográfica das espécies e também de sua biodiversidade.
Quando nos referimos ao tempo, estamos mencionando o estado atual da atmosfera ao nosso redor, em um dado tempo, incluindo temperatura, umidade, nebulosidade e precipitação. Já o clima é a descrição, em longo prazo do tempo, incluindo as condições médias e uma gama de variações. A variação climática ocorre em uma multiplicidade de escala no tempo, desde mudanças diárias associadas ao aquecimento solar e ao resfriamento noturno até mudanças sazonais associadas à inclinação do eixo da Terra.
As mudanças climáticas referem-se às mudanças no clima ao longo de um período de diversas décadas. Por meio de registros, monitoramento e pesquisas climáticas, especialistas em processos atmosféricos concluíram que a Terra vem sofrendo constantes mudanças em seu clima (IPCC, 2007). Durante o século XX, a temperatura do globo aumentou 0,6°C, com a maior mudança tendo ocorrido nos últimos 50 anos. Essa rápida ascensão de temperatura global não tem precedentes nos últimos 10.000 anos, embora essas mudanças de temperatura possam ter ocorrido no início e no fim das eras glaciais.
Conforme descreve o Climate Change – IPCC (2007), a década de 90 foi a mais quente dos últimos 1.000 anos, e 2005 foi o ano mais quente em cem anos. Associados a essa tendência de aquecimento, tem havido recuo generalizado das geleiras nas montanhas, redução na espessura da capa de gelo polar e derretimento do permafrost (solo congelado), além da elevação do nível do mar, cerca de 15cm desde 1900. Com todas essas mudanças drásticas no habitat de várias espécies, o declínio e a biodiversidade de diversas populações tornam-se ameaçadas.
As mudanças climáticas têm sido heterogêneas em diferentes regiões do globo, algumas partes estão aquecendo, outras não apresentam mudanças e algumas estão resfriando. A tendência ao aquecimento global tem sido mais significativa nas médias e altas latitudes do hemisfério Norte. Mudanças no regime de chuvas também são frequentes, existe uma maior precipitação nas porções continentais de altas latitudes do hemisfério Norte e áreas secas nos trópicos e subtrópicos. Também tem havido tendência de maiores frequências de tempestades, furacões como, por exemplo, o Katrina em 2005, Tsunamis, como o ocorrido no nordeste do Japão, secas e extremos de altas temperaturas.
Mas qual o real significado das mudanças climáticas para as comunidades biológicas? Para termos noção de como as mudanças climáticas possuem real significado, compararemos a variação climática e sua relação com a elevação de montanhas. Tomamos como valor médio de mudança de temperatura 2,9°C, que corresponde a 500 metros de mudanças na altitude. Em montanhas rochosas, essa alteração no clima corresponderia a uma mudança total na zona de vegetação, de floresta subalpina (dominada por abertos) para florestas Montana (domina pelo pinheiro-ponderosa). Assim, se assumirmos um acompanhamento preciso da mudança climática pela vegetação atual, essa alteração no clima durante o século XXI resultará numa elevação das zonas de vegetação de 200 a 860 metros (CAIN; BOWMAN; HACKER, 2011). Sabemos que as comunidades biológicas são estruturadas por uma multiplicidade de fatores, incluindo clima, bem como a interação entre várias espécies e a dinâmica de sucessão. Infelizmente, o que os pesquisadores preveem é que as mudanças climáticas vindouras serão rápidas em relação às mudanças climáticas que moldaram as atuais comunidades biológicas, é improvável que as mesmas associações de organismos formem comunidades no futuro.
Como as mudanças climáticas continuarão relativamente rápidas, é provável que as respostas evolutivas não sejam possíveis para a maioria das plantas e animais, e, portanto, a dispersão possa ser o único modo para eles evitarem a extinção. Suas taxas de dispersão e as barreiras associadas à fragmentação de habitats provocada pelo ser humano são importantes restrições em sua resposta à mudança climática. Para a maioria dos animais, a mobilidade não é um problema, mas suas exigências de habitat e alimentos estão intimamente associadas a um tipo de vegetação específica.
Cain, Bowman e Hacker (2011) discutem que as doenças também têm contribuído para o declínio de muitas espécies em perigo. O declínio final para a extinção do lobo-da-tasmânia (Thylacinus cynocephalus), nos anos 30, foi precipitado por uma doença indeterminada, e agora o diabo-da-tasmânia (Sarcophilus harrissi) também corre risco de extinção devido à propagação de um tipo de tumor facial.
Nas pradarias da América do Norte, continente ameaçado pelo furão-pata-negra (Mustela nigripes), este tem sido exacerbado pela cinomose (WOODDROFFE, 1999). Zoólogos têm constatado novas doenças infectando espécies selvagens. Parvovirose canina, por exemplo, surgiu como uma mutação do vírus da panleucopenis encontrado em felinos e posteriormente espalhou-se entre as espécies caninas de todo o mundo. O aumento de contato de animais silvestres com animais domésticos tem contribuído muito para o cruzamento de doenças, tais como a raiva e a peste bovina. O aumento da mortalidade a partir dessas doenças pode afetar negativamente as populações, tanto selvagens quanto domésticas, de organismos ameaçados.
A revista Nature, edição de abril de 2012, publicou que a perda das espécies em um ambiente pode aumentar a propagação e a incidência de infecções na região, incluindo as doenças que afetam os seres humanos. Tais pesquisadores analisaram vários estudos publicados nos últimos cinco anos, estudaram 12 doenças distintas em ecossistemas de todo o planeta. Em todos os casos, foi percebida uma maior prevalência de doenças conforme a perda da biodiversidade.
Em três episódios semelhantes, por exemplo, foi visto que a redução da diversidade de pequenos mamíferos em determinada área aumentava a prevalência da hantavirose (doença que pode ser fatal para os humanos) em até 14%. Em outro caso, três investigações distintas encontraram fortes ligações entre a baixa diversidade de aves e o aumento da incidência de encefalite no Nilo Ocidental, nos Estados Unidos.
Fatores como mudanças climáticas, poluição do ar, da água e doenças são fatores que contribuem fortemente para a eliminação de muitas populações de espécies. Uma emergente ameaça de poluição é o crescimento das concentrações de contaminantes persistentes que desregulam o sistema endócrino. Os poluentes orgânicos persistentes, tais como DDT, BPCs, organofosforados provenientes de agrotóxicos, acabam em teias alimentares marinhas, nas quais são bioacumulados e biomagnificados, particularmente em predadores do topo da cadeia, entre eles o homem. De acordo com essas disfunções causadas devido a toda poluição com que vivemos, como podem interferir no sistema endócrino de humanos e animais? Marque a alternativa correta.
Controla somente a atividade da glândula adrenal.
Incorreta: glândulas suprarrenais ou glândulas adrenais.
São responsáveis de produzir substâncias ou secreções e as enviam para um sistema de canais ou ductos excretores, os quais podem ser internos ou externos, isto é, secretam substâncias para o interior de uma cavidade ou para a superfície do corpo.
Incorreta: as glândulas exócrinas que fazem essa regulação.
Interferem na reprodução, no desenvolvimento neurológico e na função imunológica dos mamíferos.
Correta: esses indicativos, para as espécies com problemas de baixa população, não melhoram a perspectiva dessa espécie para o futuro.
São substâncias que influenciam na atividade de diversos órgãos do corpo, controlando o crescimento, a pressão arterial, a concentração de substâncias no sangue etc.
Incorreta: são os hormônios.
A paisagem é uma área em que ao menos um elemento é especialmente heterogêneo. A ecologia de paisagem investiga padrões espaciais e suas relações com as mudanças ecológicas. As paisagens podem ser heterogêneas, tanto por sua composição quanto pelo modo com que seus elementos estão arranjados. Os ecólogos e pesquisadores da área chamam essa combinação de elementos heterogêneos de Mosaico.
Conforme discorrem Cain, Bowman e Hacker (2011), os ecossistemas que formam as paisagens são dinâmicos, os organismos interagem uns com os outros e essas interações podem ocorrer pelo fluxo de água, da energia, dos nutrientes e dos poluentes. Também há o fluxo biótico entre as manchas adjacentes do mosaico, à medida que os animais, sementes, pólen e outros agentes biológicos se movem entre os fragmentos. Para que ocorra essa interação, as manchas devem estar diretamente conectadas umas com as outras ou o habitat do entorno, chamado de matriz, deve possibilitar a dispersão.
Para estudarmos ecologia de paisagem, devemos ter claro que a heterogeneidade é observada na natureza em termos de composição e estrutura. A composição da paisagem refere-se aos tipos de elementos ou de manchas em uma área natural, assim como o quanto de cada tipo se faz presente. Por exemplo, em um estudo realizado por Tinker et al. (2003) no Parque Nacional de Yellowstone, os pesquisadores envolvidos designaram cinco diferentes classes etárias de floresta de pinheiros. A composição foi quantificada pela contagem dos tipos de elementos presentes na área. Já quando percebemos que uma área é mais fragmentada que a outra, estamos nos referindo à estrutura da paisagem ou à configuração física dos diferentes elementos constituintes.
A fragmentação de habitat diminui a área de habitat de todas as espécies, isola populações e altera as condições nas bordas dos habitats. Ecólogos entendem a fragmentação de habitat como uma das principais e mais relevantes mudanças na paisagem da Terra. Quando grandes áreas de habitat são inundadas pela construção de barragens, divididas por estradas, desmatadas ou convertidas em áreas de uso antrópico, diversas alterações são percebidas na paisagem e nas espécies que lá se desenvolvem.
Conforme discorrem Cain, Bowman e Hacker (2011), a primeira modificação é a simples perda de área de habitat viável. Reduções na área de habitats apropriados disponíveis têm contribuído para o declínio de milhares de espécies, como, por exemplo, a do pica-pau-de-topete-vermelho, como já citado anteriormente. A segunda alteração vem com a divisão dos habitats remanescentes em manchas cada vez menores, cada vez mais suscetíveis aos efeitos da borda. A terceira é a fragmentação que isola populações, tornando-as vulneráveis aos problemas de pequenas populações.
Nessa mesma linha, Haddad (2000, p. 131) discute que são reconhecidos como componentes da paisagem fragmentada: a matriz, componente mais extenso da paisagem, altamente conectado, que controla a dinâmica regional, ou seja, uma plantação de soja, pinheiro ou pasto, dentre outras, ou mesmo a mancha urbana, no caso de cidades; fragmentos, remanescentes do habitat original, agora reorganizado espacialmente em manchas menores e de menor área total, que apresentam certo grau de isolamento entre si; os corredores, que vêm a ser unidades que diferem da matriz e conectam os fragmentos.
O processo de fragmentação de habitat pode ocorrer ao longo de muitas décadas. Um padrão típico começa com o desmatamento de uma floresta, ampliando aos poucos até que apenas fragmentos de habitats isolados permaneçam. Estradas são típicas catalisadoras de conversão de habitat, ainda que o acesso dos humanos pelos rios também possa acelerar o processo de desmatamento. Os principais agentes de fragmentação de habitats são: a conversão de terras para a agricultura e a expansão urbana. Felizmente, a fragmentação de habitat é um processo reversível, por exemplo, no nordeste dos Estados Unidos, as florestas estão muito mais extensas que há um século, contudo, a tendência mundial é a perda das malhas florestais e aumento da fragmentação em florestas, campos e ecossistemas.
Quando um habitat é fragmentado, algumas espécies tornam-se localmente extintas dentro de muitos dos fragmentos. Há um grande número de razões para isso ocorrer, tais como: a inadequação de recursos alimentares, locais de nidificação e abrigos nos fragmentos podem forçar os animais a forragear em áreas maiores do que em seus locais específicos, em habitats inalterados. Mutualismos podem ser rompidos se, por exemplo, o polinizador vier a desaparecer, ou se os fungos micorrízicos não conseguirem permanecer em um fragmento.
A biologia da reprodução pode ser alterada, por exemplo, alguns fragmentos podem não ter os microambientes necessários para a germinação de plantas. Para exemplificar, no lago Guri, a eliminação de predadores de topo pode resultar em herbivoria excessiva, impossibilitando a regeneração da comunidade de plantas. No entanto a extinção local pode ser evitada; algumas espécies prosperam nas condições alteradas pela fragmentação.
A fragmentação frequentemente leva à perda de predadores de topo, dando origem a efeitos em cascata, algumas vezes com consequências drásticas para a comunidade renascente, como a que ocorre no lago Guri. Um exemplo claro, com implicações à saúde humana, é o crescente risco da doença de Lyme como resultado da fragmentação no nordeste dos Estados Unidos. Allan et al. (2003) descobriram que, no vale de Hudson em Nova York, fragmentos florestais de menos de dois hectares contêm populações altas de ratos-de-patas-brancas (Peromyscus leucopus), uma vez que esses fragmentos não sustentam populações significativas de predadores e que os ratos possuem poucos competidores nesses locais.
Por sua vez, ratos-de-patas-brancas são os principais hospedeiros de Borrelia burgdorferi, a bactéria que causa a doença de Lyme. Carrapatos são os vetores dessa doença. As ninfas desses carrapatos são significativamente mais propensas a transmitir a doença e também a ocorrer em densidades mais altas do que em fragmentos florestais maiores. Esse aumento no risco da infecção de humanos pela doença de Lyme é o resultado do empobrecimento de fragmentos de habitat.
A paisagem é uma área em que ao menos um elemento é especialmente heterogêneo. A ecologia de paisagem investiga padrões espaciais e suas relações com as mudanças ecológicas. As paisagens podem ser heterogêneas, tanto por sua composição quanto pelo modo com que seus elementos estão arranjados. Os ecólogos e pesquisadores da área chamam essa combinação de elementos heterogêneos de Mosaico. Para estudarmos ecologia de paisagem, devemos ter claro que a heterogeneidade é observada na natureza em termos de composição e estrutura. A composição da paisagem refere-se aos tipos de elementos ou de manchas em uma área natural, assim como o quanto de cada tipo se faz presente. Sobre esse tema, que ainda é pouco discutido, marque a alternativa que marca como são os ecossistemas que formam essas paisagens.
Pouco dinâmicos e pouca interação entre eles.
Incorreta: são muito dinâmicos e ocorre muita interação entre eles.
Há investigações sobre como não ocorrem relações com mudanças ecológicas.
Incorreta: sempre que ocorrem mudanças ecológicas, vão ocorrer modificações.
São dinâmicos, organismos interagem uns com os outros, podendo ser pelo fluxo de água, da energia, nutrientes e dos poluentes.
Correta: quando os ecossistemas formam essas atividades são dinâmicos.
O modo como estão arranjados seus elementos não influencia em como podem ser arranjados.
Incorreta: são todos influenciáveis.
A Fragmentação de habitats é o fenômeno onde uma área grande e contínua de um habitat, podendo ser específico, é diminuída e/ou dividida em duas ou mais áreas. Pode-se diminuir a área de habitat de todas as espécies isolando populações e alterando as condições nas bordas dos habitats. Quando grandes áreas de habitat são inundadas pela construção de barragens, divididas por estradas, desmatadas ou convertidas em áreas de uso antrópico, diversas alterações são percebidas na paisagem e nas espécies que lá se desenvolvem. Considerando essas atribuições, marque V para Verdadeira e F para Falsa.
( ) A primeira modificação é a simples perda de área de habitat viável.
( ) A segunda alteração vem com a divisão dos habitats remanescentes em manchas cada vez menores, cada vez mais suscetíveis aos efeitos da borda.
( ) A terceira é que a fragmentação não precisa isolar populações sem que haja problemas maiores com pequenas populações.
Marque a alternativa correta:
V – V – F.
Correto:
( V ) Redução na área de habitats apropriados disponíveis tem contribuído para o declínio de milhares de espécies, como, por exemplo, a do pica-pau-do-topete-vermelho.
( V ) Conforme as árvores da borda morrem, o efeito pode continuar ocorrendo nas remanescentes, com a possibilidade de toda a área ser extinta. Essas plantas têm morte lenta e gradual.
( F ) Esta é falsa, porque há a necessidade de isolamento.
F – V – F.
Incorreto: a ordem correta é V – V – F.
F – F – V.
Incorreto: a ordem correta é V – V – F.
V – F – V.
Incorreto: a ordem correta é V – V – F.
Um dos mais lucrativos comércios ilegais do mundo é o tráfico de animais, que movimenta aproximadamente 20 bilhões de dólares por ano, sendo a terceira atividade clandestina que mais gera dinheiro, ficando atrás do tráfico de drogas e armas. O tráfico de animais é configurado pela retirada de animais de seus habitats naturais e destinados à comercialização. Os destinos desses animais são zoológicos, colecionadores, laboratórios para fabricação de medicamentos, ou mortos, como a onça-pintada e jacarés, para terem suas peles ou outras partes do corpo retiradas e vendidas.
Quantas espécies existem no mundo? Não se sabe quantas espécies vegetais e animais existem no mundo. As estimativas variam entre 10 e 50 milhões, mas, até agora, os cientistas classificaram e deram nome a somente 1,5 milhão de espécies.
Entre os especialistas, o Brasil é considerado o país da "megadiversidade": aproximadamente 20% das espécies conhecidas no mundo estão aqui. É bastante divulgado, por exemplo, o potencial terapêutico das plantas da Amazônia. Fique por dentro do assunto acessando o link disponível em <http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biodiversidade/>. Acesso em: 27 jun. 2016.
O homem moderno produz e consome para sobreviver e, como consequência, gera uma quantidade imensa de resíduos. A decomposição dos rejeitos orgânicos em lixões e aterros, ao fim do ciclo de vida de cada produto, gera biogás, uma mistura gasosa com quase 50% de metano, que é um potente gás causador de efeito estufa, mais uma quantidade semelhante de dióxido de carbono e uma pequena parte de outras impurezas, como vapores de água e de ácidos.
Sobre este tema de gases liberados por meio de resíduos depositados em locais inadequados, descreva quais são os principais gases emitidos para que aumente significativamente o efeito estufa, piorando, assim, o aquecimento global. E, dentro desse impasse, relacione 5 atitudes que ajudariam para a diminuição do aquecimento global.
Orientação de Resposta
O biogás é emitido desde os primeiros meses do aterramento do lixo até mais de cinco décadas depois. Essas emissões se tornam mais intensas quanto maior a quantidade de restos orgânicos, umidade e temperatura ambiente. Já o dióxido de carbono (CO2) emitido por um aterro se origina do carbono retirado da atmosfera pela fotossíntese. Essa emissão não contribui para o aumento das concentrações de gases de efeito estufa (também conhecidos como GEE). No entanto o metano – com 21 vezes o poder de aquecimento global do CO2 – representa uma emissão significativa.
Soluções para diminuir o Aquecimento Global
A pegada ecológica é fator determinante para o declínio global da biodiversidade, com áreas de extrema influência humana. As espécies que possuem valor comercial estão suscetíveis à superexploração e a melhor maneira de proteger é determinar níveis de coleta para manter em cativeiro. A perda da biodiversidade em um ambiente pode aumentar a propagação e a incidência de infecções na região. Os principais agentes de fragmentação de habitats são: a conversão de terras para a agricultura e a expansão urbana. O processo pode ocorrer ao longo de muitas décadas. Felizmente, a fragmentação de habitats é um processo reversível e, consequentemente, pode contribuir para a manutenção das espécies.