Nesta primeira etapa, o material contempla a importância da Biologia da Conservação para o nosso ambiente e as questões que envolvem a biodiversidade. Os sistemas naturais são direcionados pelos modos com que os organismos interagem entre si e com os fatores físicos do ambiente. Os organismos que vivem em determinada área não necessariamente exercem influência sobre outra área. Entretanto, todos os organismos estão ligados às características do ambiente, eles requerem alimento, espaço e outros recursos, e ainda interagem com outras espécies e com o ambiente físico ao buscarem o que necessitam para sobreviver, e, como resultado, mesmo as espécies que não interagem diretamente podem estar ligadas ao compartilharem características do ambiente. Essas especificações das espécies e de seus habitats, a biologia da conservação, tenta buscar meios para que os recursos naturais sejam bem utilizados, promovendo assim a sustentabilidade e a manutenção da biodiversidade existente. Espero que compreenda a importância da biodiversidade para a manutenção dos ecossistemas.
Biodiversidade ou diversidade biológica (do grego bios, vida) é a diversidade da natureza viva. O termo biodiversidade – ou diversidade biológica – relata a riqueza e o quanto é variada do mundo natural.
O conceito tem adquirido largo uso entre biólogos, ambientalistas, líderes políticos e cidadãos conscientizados desde 1986 no mundo todo. Nas últimas décadas do Século XX, esse uso coincidiu com o aumento da preocupação com a extinção com relação à variedade de vida na Terra, incluindo a variedade genética das espécies; a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos e demais micro-organismos; a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos.
O surgimento do conceito de biodiversidade facultou um ponto de referência a partir do qual as pesquisas sobre a diversidade da vida e os discursos e práticas para a sua conservação têm se orientado (ACOT, 1990; EHRLICH, 1993; WORSTER, 1998; MEINE; SOULÉ; NOSS, 2006; QUAMMEN, 2008; MAYR, 2008). Pode ser entendida também como a variedade das diversas formas de vida existentes no planeta Terra e vem sendo discutida desde a década de 90 entre biólogos, ambientalistas e cidadãos envolvidos com a preservação de um ambiente. Dentre elas, as variadas espécies da fauna, flora, fungos, macro e micro-organismos, a variabilidade genética existente dentro das populações e espécies, as variadas funções ecológicas desempenhadas por cada organismo, a variedade de comunidade de habitats, comunidades e ecossistemas.
A diversidade é a variedade de formas de vida, variabilidade genética que contêm e os papéis ecológicos que cada organismo desempenha no ambiente. Aproximadamente 1,75 milhões de espécies já foram identificadas, contudo, mais da metade delas são constituídas por insetos. Muitos organismos não são conhecidos ou descritos cientificamente, especialmente aqueles pequenos, por ser difícil a visualização, como vírus, bactérias e fungos. Com relação à genética, a biodiversidade pode ser avaliada no que se refere às diferenças entre as espécies em termos de variabilidade, a qual determina a individualidade de cada espécie. As diferentes cores das penas, o tamanho maior ou menor dos indivíduos ou a resistência a doenças são exemplos da expressão da diversidade genética.
Os ecossistemas podem ser ambientes de biodiversidade, que se relacionam à variedade de comunidades e processos contidos neles. Nos ecossistemas, existem fortes relações entre as diferentes espécies e entre estas e o meio físico. Outro aspecto da biodiversidade é a variedade dessas relações, funções e processos nos ecossistemas. A diversidade cultural precisa ser considerada, pois as diversas culturas humanas interagem de forma diferente com o ambiente, pois as atividades humanas representam sempre impactos positivos ou negativos sobre o meio ambiente. O nomadismo, a agricultura de subsistência, a caça-coleta e a monocultura intensiva têm impactos diferentes sobre a biodiversidade, assim como as crenças religiosas e estruturas sociais têm influência sobre os recursos naturais.
O grau de biodiversidade de um ecossistema pode ser avaliado e devem-se considerar as diversas espécies presentes e a quantidade de cada espécie. Comparando a biodiversidade em duas áreas, será maior onde a quantidade de indivíduos de cada espécie for mais balanceada em relação ao total, quando apresentam o mesmo número de espécies, ou seja, onde não houver grande dominância de uma espécie com relação às outras.
No século XIX, Wallace (Alfred Russel Wallace, o pai da biogeografia) previu a atual crise na biodiversidade e, em 1869, nos advertiu de que a humanidade corria o risco de obscurecer o registro de seu passado evolutivo pelo advento das extinções.
Nos países tropicais, as condições amenas de temperatura e a maior disponibilidade de água favorecem o desenvolvimento de novas espécies, o que facilita a conservação e o aumento da biodiversidade. Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2016), o Brasil é um dos países que abriga a maior biodiversidade no Planeta, possuindo de 15 a 20% de toda a biodiversidade mundial, ainda, 45 mil espécies de plantas superiores (22% do total mundial), 524 mamíferos (131 espécies endêmicas), 517 anfíbios (294 endêmicas), 1.677 espécies de aves (191 endêmicas) e 468 répteis (172 endêmicas), aproximadamente 3.000 espécies de peixes de água doce e cerca de 1,5 milhão de insetos, mas esse valor pode superar a marca dos 10 milhões. São necessários investimento e pesquisa para podermos descobrir mais sobre biodiversidade.
O naturalista Alfred Russel Wallace tornou-se célebre pela formulação de uma teoria da origem das espécies pela seleção natural, em estudos realizados independentemente de Charles Darwin.
A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB, 1992) inaugura um novo regime global com respeito à proteção da biodiversidade. A Amazônia detém cerca de 1/3 do estoque genético planetário, constituindo um cenário territorial estratégico relativamente aos desafios e impasses hoje colocados nacional e internacionalmente em torno desse tema, bem como de suas possíveis soluções. Esse trabalho visa analisar os rebatimentos, na Amazônia, dos grandes temas e questões que hoje ocupam o centro do debate internacional sobre a implementação da CDB.
Biólogos, ambientalistas e cidadãos envolvidos com a preservação de um ambiente íntegro discutem desde a década de 90 sobre a biodiversidade ou diversidade biológica, que é a variedade das diversas formas de vida existentes no planeta Terra. Dentre elas, as variadas espécies da fauna, flora, fungos, macro e micro-organismos, a variabilidade genética existente dentro das populações e espécies, as variadas funções ecológicas desempenhadas por cada organismo, a variedade de comunidade de habitats, comunidades e ecossistemas. Sabemos que a diversidade biológica encontra-se presente em todos os lugares. Sobre todos esses locais onde a vida está presente, defina o que é a Diversidade.
É a variedade de formas de vida, os papéis ecológicos que cada organismo desempenha e a diversidade genética que contêm.
Correta: a diversidade biológica encontra-se presente em todos os lugares. É constituída por insetos, em um grupo maior e com difícil visualização, como bactérias, fungos e vírus. É avaliada em nível genético que determina as diferenças entre as espécies em termos de variabilidade, determinando a individualidade de cada espécie.
Conjunto de plantas, vegetais e flores que estão agrupadas em uma determinada região ou que eram característicos de algum período geológico da Terra.
Incorreta: um conjunto de animais que convivem em um determinado espaço geográfico ou temporal, ou seja, um substantivo feminino definido com fauna. A palavra "fauna", que normalmente está associada com a "flora”. A fauna está relacionada com a biodiversidade, ou seja, uma extensa variedade de seres vivos, sejam animais ou plantas. A biodiversidade é a responsável em estabelecer o equilíbrio da vida em nosso planeta.
Conjunto de espécies vegetais, como plantas, árvores etc., de uma determinada região ou ecossistema específico.
Incorreta: flora é um termo muito utilizado em botânica. A flora em uma determinada região pode ser muito rica, ou seja, com muita variedade de espécies.
Ramo da biologia responsável pelo estudo da hereditariedade e de tudo o que esteja relacionado com ela.
Incorreta: o conceito genética também faz referência àquilo que pertence ou que é relativo à génese ou origem das coisas.
Em países desenvolvidos ou em desenvolvimento, ocorre o problema das desigualdades sociais e tecnológicas que impedem que se melhore a qualidade de vida dos cidadãos, resultando, assim, no aumento populacional e da pobreza. Os problemas ambientais e a conservação da biodiversidade exigem a união de estratégias políticas, jurídicas, econômicas, educativas e ambientais. Sobre todos esses prejuízos que a terra vem adquirindo, como esse quadro pode ser revertido para que a população tenha consciência quanto à conservação do ambiente que ela ocupa, para garantir sua qualidade de vida?
Reciclar somente plástico.
Incorreta: o plástico é um dos produtos mais utilizados na sociedade atual. Genericamente chamados de “lixo”, os resíduos sólidos são materiais sólidos ou semissólidos considerados sem utilidade, supérfluos ou perigosos. Os resíduos sólidos são gerados pela atividade humana, sendo provenientes das residências, indústrias, hospitais, comércios, serviços de limpeza urbana e agricultura.
Sobre qualidade de vida, não há a necessidade de que se tenham leis específicas.
Incorreta: a criação do Conselho de Meio Ambiente deve, necessariamente, envolver e mobilizar a população do município. Tendo acesso às informações necessárias, cidadãos e cidadãs saberão de seus direitos e deveres e se sentirão mais responsáveis pela qualidade ambiental do lugar em que vivem. No artigo 225, a Constituição Federal de 1988 estabelece como direito comum a todos o usufruto de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, considerado bem de uso comum e essencial à sadia qualidade de vida. Compete ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e de preservá-lo para as gerações atuais e futuras.
Modos de produção sustentável que permitam a utilização racional de recursos naturais.
Correta: usar os recursos naturais com respeito ao próximo e ao meio ambiente. Preservar os bens naturais e a dignidade humana. É o desenvolvimento que não esgota os recursos, conciliando crescimento econômico e preservação da natureza.
Conservar somente o ambiente que ela vive.
Incorreta: a preservação ambiental ou proteção ambiental é uma prática de proteger o ambiente natural em níveis individuais, organizacionais ou governamentais, para o benefício tanto do meio ambiente como dos seres humanos.
O manual americano sobre biologia da conservação apresenta esse campo do conhecimento dos impactos humanos sobre a biodiversidade, no qual relata uma taxa de extinção de espécies que está entre 100 a 1000 vezes maior do que o esperado. Considera-se o processo evolutivo, ou seja, uma catástrofe na biodiversidade:
[...] Ele é um campo relativamente recente, sintético, que aplica os princípios da ecologia, da biogeografia, genética das populações, economia, sociologia, antropologia, filosofia, e outras disciplinas teoricamente embasadas, para a manutenção da diversidade biológica por todo o mundo. Ele é recente na medida em que é um produto dos anos 1980, embora as suas raízes retrocedam a séculos. Ele é sintético porque une disciplinas tradicionalmente acadêmicas, como a biologia de populações e a genética, com as tradições aplicadas de manejo da vida selvagem, da pesca e da terra, e de campos afins. Ele é, sobretudo, desafiador e imperativo, porque ele é motivado pelas mudanças globais causadas pelos humanos que têm resultado no maior episódio de extinção em massa desde o desaparecimento dos dinossauros há 65 milhões de anos atrás (GROOM; MEFFE; CARROLL, 2006, p. 6, tradução livre do autor).
Diversos debates ocorreram em torno da Biologia da Conservação, desde o início do século XX, diretamente ligados aos questionamentos sobre a perda de espécies na Terra, havendo uma redução na área de natureza selvagem, a qual diminui e se fragmenta continuamente.
A Conservação Biológica agrega ideias e busca alternativas diversas na Biologia que possibilitam o monitoramento dos fatores bióticos (seres vivos) e abióticos (características do meio ambiente) por meio de previsões sobre como o meio ambiente reage, como é degradado, e traçar planos para minimizar os impactos negativos sobre o meio ambiente.
Assim iniciam-se os estudos da relação de espécies-área, onde Johann Reinhold Forster e Cook relatam, na segunda metade do século XVIII, sobre pesquisas das ilhas que tinham um número maior ou menor de espécies conforme sua circunferência. A biologia da conservação se tornou fórum de debate sobre a problemática da destruição de habitats e a extinção de espécies. Os praticantes da disciplina, além de produzirem conhecimentos, queriam atuar no mundo real, sendo que a biologia da conservação embrenhou-se no campo da ética, da filosofia, da economia e das ciências sociais. Inseriu-se em uma tradição de valorização do patrimônio natural, ou seja, de que a natureza tem um valor intrínseco. Cinquenta anos depois, um pesquisador chamado Jaccard fez referência à relação espécies-área (QUAMMEN, 2008).
O botânico sueco Olof Arrhenius e o ecólogo americano Henry Allan Gleason, na década de 1920, realizaram experimentos em lotes delineados como áreas de amostra de uma área maior e concluíram que áreas maiores sustentam mais espécies do que áreas menores. Philip Darlington, em suas pesquisas com besouros, na década de 1940, nas ilhas de Cuba, Espanhola, Jamaica e Porto Rico, concluiu que uma ilha de tamanho dez vezes menor do que outra suporta apenas metade das espécies de besouros existentes na maior, e, em 1957, ele repetiu a pesquisa considerando espécies de répteis e anfíbios, e a publicou no livro Zoogeography (QUAMMEN, 2008).
Entre o final dos anos 1940 e o início dos anos 1960, Frank Preston estabeleceu alguns dos conceitos relevantes para o entendimento da relação espécies-área.
Nas discussões sobre a conservação da natureza, um dos autores da biologia Raymond F. Dasmann, em Environmental conservation, publicado em 1959, com várias edições revisadas, desempenhou um papel fundamental entre os ativistas da conservação. The Theory of Island Biogeography também inspirou uma série de pesquisas, debates, e mesmo a estruturação de um ramo novo da biologia: a biologia da conservação. A teoria da biogeografia de ilhas, de MacArthur e Wilson, aplicada para explicar os efeitos da fragmentação de habitats e os diversos tipos de insularidade presentes nos continentes, foi o que permitiu entender o tamanho do seu impacto sobre os estudos de ecologia e biologia (DASMANN, 1976; MACARTHUR; WILSON, 2001; WILSON 1997a; QUAMMEN, 2008; GROOM; MEFFE; CARROLL, 2006; QUAMMEN, 2008).
Entre 1968 e 1971, foram publicados artigos com conclusões que apresentavam o caminho para aplicações da teoria da biogeografia de ilhas e a problemática da fragmentação de habitats e a perda de espécies (BROWN, 1971; QUAMMEN, 2008). MacArthur e Wilson, no primeiro capítulo de The Theory of Island Biogeography, já haviam previsto essa tendência:
Insularidade é [...] uma característica universal da biogeografia. Muitos dos princípios mostrados graficamente nas Ilhas Galápagos e em outros arquipélagos remotos aplicam-se, em menor ou maior grau, a todos os habitats naturais. Considere, por exemplo, a natureza insular de rios, cavernas, florestas de galeria, poças deixadas pela maré, da taiga limitada pela tundra, e da tundra limitada pela taiga. Os mesmos princípios aplicam-se, e serão aplicados no futuro em uma extensão crescente, a habitats naturais, anteriormente contínuos, que estão sendo fragmentados pela chegada da civilização (MACARTHUR; WILSON, 2001, p. 3-4, tradução livre do autor).
A teoria da biogeografia de ilhas fez de Wilson uma figura-chave nos debates sobre a conservação da natureza, onde assumiu um papel de divulgador e defensor da causa da conservação. Muitos de seus livros, nos anos 1980, tornam mais acessível o conhecimento sobre a diversidade da vida e sobre a necessidade de protegê-la. Em 1975, o seu livro Sociobiology: The New Synthesis envolveu intensamente as questões do mundo real (MACARTHUR; WILSON, 2001).
O simpósio realizado em Princeton, em 1973, foi um evento importante para fortalecer a biologia voltada para a problemática da conservação, homenageando diversos autores que lutavam pela causa. O volume Ecology and Evolution of Communities, organizado por Martin Cody e Jared Diamond, publicado em 1975, foi um dos resultados do simpósio. O artigo final do livro, de autoria de Wilson e Willis, que havia estudado por longo tempo os efeitos da fragmentação sobre as aves de Barro Colorado, antecipava muitas das conclusões sobre biogeografia aplicada do artigo de Diamond, publicado na Biological Conservation (QUAMMEN, 2008).
O ano de 1976 iniciou o debate SLOSS – Single Large or Several Small. Daniel Simberloff e Lawrence Abele desencadearam a polêmica com o artigo Island biogeography theory and conservation practice, publicado na revista Science. A polêmica era, sobretudo, contra as generalizações, ou seja, defendia a teoria de que pequenas reservas isoladas eventualmente poderiam conter maior número de espécies do que uma única grande. Até o final da década de 1970 e estendendo pela década de 1980 o debate SLOSS, argumentos importantes foram arrolados de ambos os lados, mas não houve conclusão triunfal.
No PDBFF (Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais), houve a participação de vários pesquisadores, sendo um projeto de pesquisa com o objetivo de entender os efeitos da dinâmica de fragmentação de habitats sobre a diversidade de espécies. Desse modo, fragmentos pequenos, que constituíam habitats diferenciados, abrigariam espécies diferentes de táxons de menor complexidade em determinado local.
A biologia populacional foi outra contribuição para a biologia da conservação, incluía discutir a relação espécies-área e a capacidade dos habitats em garantir os requisitos das espécies estudadas. Os problemas levantados tratavam sobre a possibilidade de sobrevivência das espécies e os fatores que poderiam direcionar para a extinção (MEINE; SOULÉ; NOSS, 2006; QUAMMEN, 2008).
Soulé pode ser considerado o grande arquiteto da biologia da conservação, por ter reunido, ao longo dos anos 1970, uma série de eventos e publicações dos principais cientistas envolvidos com a problemática da conservação da diversidade biológica. Houve uma aproximação dos contendores do debate SLOSS e iniciou-se uma discussão sobre como implementar os conceitos desenvolvidos pela ciência aos problemas do mundo real.
Foi realizado em 1986 mais um evento, o National Forum on BioDiversity, em que o objetivo era a preocupação com a destruição de habitats e a crise mundial de extinção de espécies, no âmbito da emergente biologia da conservação. Afirmou-se como uma disciplina aplicada ao monitoramento e à resolução da problemática da conservação da biodiversidade em todos os seus níveis: ecossistemas, espécies e pools genéticos.
Entre 1987 e 2004, a biologia da conservação havia se desenvolvido, as pesquisas e as publicações se multiplicaram, sendo que diversas publicações evidenciam a aproximação da biologia da conservação com a problemática do monitoramento, o manejo e a restauração da biodiversidade. Trata-se de um panorama bastante acessível dos principais temas orientadores da disciplina, tais como conversão de habitats e necessidades humanas, alterações climáticas e biodiversidade, planejamento da conservação, pesquisas para a conservação, serviços ecossistêmicos, manejo de espécies ameaçadas, extinção, incêndios, fragmentação de habitats e espécies invasoras (EHRLICH, 1993).
O primeiro instrumento legal que segura e conserva o uso sustentável dos recursos naturais é a convenção da Diversidade Biológica. Mais de 160 países assinaram o acordo, que entrou em vigor em dezembro de 1993.
O pontapé inicial para a criação da Convenção ocorreu em junho de 1992, quando o Brasil organizou e sediou uma Conferência das Nações Unidas, a Rio-92, para conciliar os esforços mundiais de proteção do meio ambiente com o desenvolvimento socioeconômico.
Porém, ainda não está certo como a Convenção sobre a Diversidade deverá ser implantada. O desmatamento de florestas, por exemplo, cresce em níveis alarmantes. Os países que assinaram o acordo não mostram disposição política para adotar o programa de trabalho estabelecido pela Convenção, cuja meta é assegurar o uso adequado e proteção dos recursos naturais existentes nas florestas, na zona costeira e nos rios e lagos.
A biologia da conservação se tornou um fórum de debate sobre a destruição de habitats e a extinção de espécies, produzindo conhecimentos, acabando por se embrenhar no campo da ética, da filosofia, da economia e das ciências sociais. Ela se insere em uma tradição de valorização do caráter transcendente do patrimônio natural, ou seja, ela comunga da percepção de que a natureza tem um valor intrínseco (QUAMMEN, 2008).
O termo Biologia da Conservação foi introduzido pela primeira vez em 1978, como título de uma conferência realizada na Universidade da Califórnia, em San Diego, Estados Unidos, organizado por biólogos Bruce Wilcox e Michael E. Soulé.
Diante da intensa degradação ambiental, contínua fragmentação de habitats, poluição da água, do ar e dos solos, introdução de espécies exóticas e consequente perda de diversidade biológica em todas as escalas, é nítida a crescente preocupação com a conservação de recursos naturais. Segundo definição adotada recentemente, a conservação da natureza é considerada como todo tipo de manejo da natureza, incluindo desde a proteção integral até a utilização sustentável e a restauração, visando à perpetuação das espécies e a manutenção da biodiversidade e dos recursos naturais de forma sustentável (Sistema Nacional de Unidades de Conservação, lei n. 9.985, 18 de julho de 2000).
Os seres humanos cada vez mais têm descuidado da questão ambiental, com isso, o desmatamento, as lavouras e as represas têm contribuído com o declínio das espécies, que, por sua vez, perderam os seus habitats por destruição definitiva ou por mudanças em suas propriedades físicas, devido ao avanço tecnológico e crescimento populacional. Na década de 1980, no momento em que o mundo despertou para o problema da perda da biodiversidade, surgiu uma nova disciplina com a finalidade de estudos científicos em relação aos fenômenos que afetam a manutenção, a perda e a restauração da biodiversidade. Qual é essa ciência que tem por objetivo buscar meios de se utilizarem adequadamente os recursos do meio ambiente, promovendo a sustentabilidade e a manutenção da biodiversidade?
Biologia da Preservação.
Incorreta: é a proteção da natureza, sem considerar a questão econômica ou de uso. A ideia da preservação é proteger o meio ambiente das ações do homem.
Biologia da Conservação.
Correta: refere-se a sustentabilidade e manutenção da biodiversidade. Essa ciência tem o objetivo buscar meios de utilização adequada dos recursos do meio ambiente, espécies, comunidades e ecossistemas, promovendo a sustentabilidade e a manutenção da biodiversidade.
Biologia Marinha.
Incorreta: a Biologia Marinha é o ramo da Ciência responsável pelo estudo dos seres vivos que têm o meio marinho como habitat, bem como dos fatores bióticos e abióticos que formam o campo de estudo.
Genética.
Incorreta: é a ciência dos genes, da hereditariedade e da variação dos organismos. Ramo da biologia que estuda a forma como se transmitem as características biológicas de geração para geração.
O objeto principal da Biologia da Conservação é o estudo das causas da perda da biodiversidade em todos os níveis, individual, do ecossistema e da genética, e de qual maneira é possível minimizar essa perda. A Biologia da Conservação se apoia em alguns pressupostos básicos acerca de princípios típicos e ideológicos que deveriam levar a debates sociais em favor da conservação da diversidade biológica.
Considere essas atribuições e marque V para Verdadeira e F para Falsa.
Todas as espécies têm o direito de existir, pois são frutos de uma história evolutiva e são adaptadas, assim, todas as espécies são interdependentes, pois essas interagem de modo complexo no mundo natural, e a perda de uma espécie leva à consequente influência sobre as demais.
Verdadeira: o princípio da evolução postula que as espécies que habitaram e habitam o nosso planeta não foram criadas independentemente, mas descendem umas das outras, ou seja, estão ligadas por laços evolutivos.
Os humanos não vivem dentro das mesmas limitações que as demais espécies, e não há restrição para o desenvolvimento em razão da capacidade do meio ambiente. A espécie humana pode seguir sua regra, pois não tem como prejudicar as outras espécies.
Falsa: a questão está incorreta, pois todos os seres devem seguir regras para que não haja prejuízos para ambos.
A sociedade tem a responsabilidade de proteger a Terra, devendo usar os recursos de modo a não esgotá-los para as próximas gerações.
Verdadeira: Entender o valor da preservação ambiental, construindo um planeta que proporcione qualidade de vida para presentes e futuras gerações é ser uma pessoa consciente do seu futuro, saber preservar o meio ambiente com pequenos gestos, fazer e acontecer, não apenas falar, ser capaz de transformar pequenos exemplos em grandes projetos e realizar um impacto positivo na sociedade. É semear a educação ambiental com o próximo, é germinar atitudes em favor do meio ambiente, é colher o fruto de um resultado sem jamais se esquecer da próxima semente.
O respeito pela diversidade humana é compatível com o respeito pela diversidade biológica, pois, como apreciamos a diversidade cultural humana, deveríamos apreciar a diversidade biológica.
Verdadeira: diversidade é a reunião de tudo aquilo que apresenta múltiplos aspectos e que se diferenciam entre si. A diversidade biológica ou biodiversidade é a grande variedade de organismos vivos que compreende a fauna, a flora e os micro-organismos da face da Terra.
A natureza não tem valor estático e espiritual que transcende o seu valor econômico, e isso deve ser mantido independente de qualquer coisa.
Falsa: Encontrar a medida de valor de mercado para o meio ambiente, suas coisas e seres é o objeto próprio da economia, por isso, a natureza tem seu valor sempre.
A diversidade biológica é necessária para determinar a origem da vida, espécies que vão se extinguindo poderiam ser importantes nas pesquisas sobre a origem da vida.
Verdadeira: a palavra biodiversidade deriva de diversidade biológica e consiste na variedade de formas de vida existentes no mundo.
Até o ano de 1968, o Brasil possuía uma lista oficial de espécies da flora ameaçadas de extinção produzida pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (NASCIMENTO; MAGALHÃES, 1998). A degradação ao meio ambiente só começou a ser motivo de preocupação para academias, ONGs, instituições públicas e privadas entre as décadas de 70 e 80, que perceberam que os órgãos públicos não estavam realizando o trabalho de acordo com a necessidade do ambiente, iniciando-se buscas que foram importantes para a definição de critérios e categorias de conservação das espécies.
O Brasil passou a utilizar as Diretrizes da Comissão de Sobrevivência de Espécies, criadas em 1994, nas quais classificam-se as espécies em via de extinção em 11 (onze) diferentes categorias de conservação, entretanto, tal diretriz não é devidamente seguida, uma vez que autores utilizam categorias com iguais definições, porém com nomenclaturas diferentes, como em Carauata et al. (1981), Mello Filho et al. (1992), IUCN (1994) e Lucas e Synge (1997).
Atualmente, cerca de 1,4 milhão de espécies são conhecidas e catalogadas. Alguns cientistas estimam que deve existir mais de 30 milhões de espécies ainda desconhecidas.
O Brasil, juntamente com os países onde há florestas tropicais, é um dos mais ricos em biodiversidade. Abriga cerca de 30% das florestas tropicais do mundo, detém aproximadamente 20% do número total de espécies conhecidas e a maior parte das espécies de mamíferos, peixes de água doce e angiospermas.
A degradação da água, do ar e do solo tem provocado o desequilíbrio de diversos ecossistemas, pondo em risco a sobrevivência de muitas espécies. Outras ameaças, como a caça esportiva e predatória e o comércio ilegal de animais, também têm contribuído para o desaparecimento de algumas espécies. A destruição de habitats e a introdução de espécies são fatores que alteram de maneira significativa os ecossistemas, ameaçando a biodiversidade.
A destruição de um habitat, como uma floresta ou um recife de coral, afeta diretamente todas as espécies que vivem nele. A destruição é especialmente grave quando envolve espécies endêmicas, isto é, aquelas que vivem apenas em uma dada região.
O desmatamento e a poluição são fatores que levam à destruição de habitats. Estima-se que sejam destruídos a cada ano cerca de 17 milhões de hectares de floresta tropical. Se essa tendência continuar, a previsão é de que, daqui trinta anos, mais ou menos 7% das espécies que habitam as florestas tropicais terão desaparecido. O desmatamento é provocado, principalmente, para aumentar a disponibilidade de solo para as atividades agrícolas e para a pecuária. Assim, a agropecuária exerce grande pressão ambiental sobre os ecossistemas naturais. A expansão da fronteira agropecuária causa a destruição das florestas, a redução da biodiversidade, a degradação do solo, as mudanças climáticas e os problemas sociais.
Em condições naturais, a extinção de espécies é um fenômeno de frequência relativamente baixa, em geral, decorrente de alterações nos ecossistemas. Extinções de grande número de espécies decorrem em diversos episódios da história da Terra. As causas dessas grandes extinções estão relacionadas a processos naturais, como mudanças climáticas, atividades geológicas ou impacto de meteoros. Os dois últimos são considerados hipóteses mais prováveis para explicar a extinção dos dinossauros e de outros grupos de organismos há cerca de 65 milhões de anos.
Atualmente, grupos de cientistas acreditam que o planeta esteja passando por uma nova grande extinção. Desta vez, a causa está relacionada ao desenvolvimento das sociedades humanas. Há evidências de que, a partir do século XVII, a taxa de extinção de espécies começou a aumentar drasticamente. Hoje, a poluição e o desmatamento estão provocando cada vez mais a destruição dos ecossistemas naturais e, consequentemente, ameaçando a extinção de milhares de espécies. De acordo com a última lista publicada pela UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza), existem 16.928 espécies ameaçadas de extinção. Das 5.488 espécies de mamíferos, cerca de 1.141 encontram-se ameaçadas. De acordo com um estudo apresentado no Congresso Mundial da Natureza, desde 1500 foram extintas pelo menos 76 espécies.
A extinção de uma espécie é um evento irreversível. Além de causar a perda do patrimônio genético evolutivo, a extinção também pode comprometer a estabilidade dos ecossistemas naturais, uma vez que interfere nas relações que as espécies estabelecem umas com as outras. Por exemplo, certas plantas são polinizadas por apenas uma espécie de ave. Nesse caso, a extinção dessa ave pode significar também a extinção da planta polinizada.
As relações ecológicas entre as espécies de um ecossistema muitas vezes são tão interdependentes que em certas comunidades a biodiversidade pode ficar comprometida quando uma espécie é retirada. Essas espécies são denominadas espécies-chave. Para ilustrar esse fenômeno, o biólogo E. O. Wilson relata, em seu livro Diversidade da vida, o caso da lontra marinha (Enhydra lutris), considerada uma das espécies-chaves mais relevantes. Quando essa espécie foi dizimada, em algumas regiões costeiras entre Alasca e sul da Califórnia, a população de ouriços-do-mar aumentou incrivelmente e devorou algas castanhas que se ancoravam no fundo do mar daquela região. Dessa maneira, toda biodiversidade da região também diminuiu de maneira abrupta. Posteriormente, com forte apoio popular, as lontras marinhas foram reintegradas àqueles locais e proliferaram, recuperando o habitat e a biodiversidade originais.
O Brasil possui atualmente 627 espécies ameaçadas de extinção, de acordo com pesquisa do Ministério do Meio Ambiente realizada em 2008. O levantamento anterior, feito em 1989, mostrava uma lista de 218 animais, mas não incluía peixes e outras espécies aquáticas. Todas estão descritas no Livro Vermelho, publicado pelo ministério. Mesmo se separarmos as espécies na pior categoria – “criticamente ameaçadas” –, a quantidade ainda é enorme compreendendo mamíferos, répteis, anfíbios, aves, peixes e invertebrados.
Em função do desmatamento, principalmente a partir do século XX, a Mata Atlântica encontra-se hoje extremamente reduzida, sendo uma das florestas tropicais mais ameaçadas do globo. Apesar de reduzida a poucos fragmentos, na sua maioria descontínuos, a biodiversidade de seu ecossistema é uma das maiores do planeta. Cobria importantes trechos de serras e escarpas do Planalto Brasileiro, e era contínua com a floresta Amazônica.
Em qual ano o Brasil passou a utilizar as Diretrizes da Comissão de Sobrevivência de Espécies, nas quais classifica as espécies em via de extinção em 11 (onze) diferentes categorias de conservação?
As Diretrizes foram criadas em 1988.
Incorreta: Constituição Federal de 1988.
As Diretrizes foram criadas em 1992.
Incorreta: aprova o Regulamento do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
As Diretrizes foram criadas em 1996.
Incorreta: estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
As Diretrizes foram criadas em 1994.
Correta: a primeira versão das categorias e critérios foi desenvolvida em 1994, e atualmente utiliza-se a versão 3.1, de 2001.
De acordo com o autor IUCN (1994), a classificação de espécies existentes e sua evolução são classificadas de formas diferentes. Nessa classe de Menor Risco, é atribuída à categoria de menor risco a espécie quando esta, depois de ter sido estudada, não se adéqua a nenhuma das categorias de Em Perigo Crítico, em Perigo ou Vulnerável, e não possui dados suficientes a seu respeito. A categoria de menos risco pode ser dividida em 3 subcategorias. Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira e, depois, assinale a alternativa com a sequência correta sobre subcategorias de menor risco:
Primeira coluna:
A) Dependente de Conservação (dc).
B) Quase Ameaçado (ca).
C) Preocupação Menor (pm).
Segunda coluna:
( ) Categoria que não qualifica a espécie como dependente de conservação ou quase ameaçada.
( ) Categoria em que as espécies são o centro de um programa contínuo de conservação, de especificidade taxonômica ou de especificidade de habitat, ao término do qual, resultante de um período de cinco anos, a espécie se qualifica para alguma categoria de ameaça antes citada.
( ) Agrupa espécies que não podem ser classificadas como dependentes de conservação, contudo, que se aproximam de serem classificadas como vulneráveis.
Escolha a alternativa que apresenta a sequência correta.
C – A – B.
Correta:
C: categoria de risco mais baixo. Não qualificável para uma categoria de maior risco. Taxones abundantes e amplamente distribuídos são incluídos nessa categoria.
A: realce para um continuado programa de conservação, específico para um determinado taxon ou habitat. A cessação desse programa poderá levar a que o taxon qualifique para uma das categorias de ameaça listadas abaixo, num período de cinco anos.
B: perto de ser classificada ou provavelmente qualificável para ser incluída numa das categorias de ameaça num futuro próximo.
A – B – C.
Incorreta: a sequência correta é C – A – B.
B – C – A.
Incorreta: a sequência correta é C – A – B.
C – B – A.
Incorreta: a sequência correta é C – A – B.
Floresta é uma área de, no mínimo, 0,05-1,0 ha com cobertura de copa (ou nível de estoque equivalente) de mais de 10-30%, com árvores com o potencial de atingir a altura mínima de 2-5m na maturidade in situ, podendo consistir de formações florestais fechadas (densas), onde árvores de vários estratos e suprimidas cobrem uma alta proporção do solo ou florestas abertas.
O termo uso múltiplo de recursos florestais foi criado na década de 50, pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos, quando se adotou o manejo integrado dos diferentes recursos naturais renováveis, substituindo manejo baseado na prática isolada. O manejo de recursos naturais renováveis define o uso múltiplo em regime de rendimento sustentável, de modo que eles sejam utilizados numa combinação que melhor atinja as necessidades da unidade. O uso múltiplo expressa o manejo dos recursos naturais, para que produzam água, madeira, vida silvestre, forragem e recreação ao ar livre, de modo que as necessidades econômicas, sociais e culturais da população sejam satisfeitas, com desgaste mínimo aceitável dos recursos básicos do solo e dos demais fatores ambientais, como reforça a Fundação Brasileira para Conservação da Natureza.
O Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais começou, em 1979, com um foco único e de fácil compreensão. Seu propósito primário era avaliar o efeito da redução de área da floresta úmida sobre a diversidade biológica, e particularmente sobre o número de espécies de plantas e animais nos fragmentos remanescentes. Trabalhando o básico da teoria da biogeografia de ilhas, perguntava-se: Qual é a taxa de extinção de espécies em fragmentos de floresta de tamanho variado? Iria a taxa de extinção local eventualmente diminuir e parar, de modo que o número de espécies atingisse um equilíbrio? E, finalmente, quais processos ocorrem na demografia e na interação das espécies em seguida a uma redução na área de habitat? (BIERREGARD et al., 2001, tradução livre do autor).
Antes de tudo, deve haver uma administração consciente e coordenada dos diferentes recursos, sem menosprezar a produtividade da terra. Ao contrário de uma prática passiva, a integração deliberada é cuidadosamente planejada dos distintos usos, sem conflitos, complementando-se ao máximo. A paisagem em nível mundial é afetada pela fragmentação e são um dos principais processos as alterações no uso do solo. Culturas agrícolas modificaram a paisagem, anteriormente contínua, por fragmentos de habitat, alterando, também, a composição de espécies e seus processos ecológicos básicos com a substituição das florestas (SEPÚLVEDA et al., 1997). O abandono dos fragmentos florestais nas propriedades rurais pode ser por falta de manejo da natureza e contribui para a degradação do ambiente.
Áreas agricultáveis ou de pousio abandonadas e em que o processo de sucessão secundária inicia-se, mesmo atingindo a cobertura arbórea, sofrem processo de estagnação. Pode ser por diversos fatores, como a distância de árvores, a competição intra e interespecífica e predadores de sementes e mudas, que se sofre o processo de estagnação mediante a intensidade e a frequência de luz incidente. Nessas situações, somente uma intervenção humana pode desencadear a retomada do processo sucessório.
Atrás apenas da Rússia, o Brasil é a segunda maior área de florestas do mundo. É um país florestal com aproximadamente 516 milhões de hectares (60,7% do seu território) de florestas naturais e plantadas. Foram feitas estimativas das áreas das florestas naturais para o ano de 2010 pelo Ministério do Meio Ambiente, com base em taxas de desmatamento observadas para cada bioma a partir dos estudos de mapeamento da vegetação brasileira fundamentados em imagens de satélite LANDSAT do ano de 2002. Cerca de 6,8 milhões de hectares de florestas plantadas estão no Brasil, as espécies dos gêneros Eucalyptus e Pinus representam 93% do total. Isso corresponde a apenas 0,8% da área do país e 1,3% do total das florestas.
Na área florestal, as plantações de coníferas e folhosas no Brasil vêm apresentando aumento considerável. Contribui para isso, além dos fatores ambientais favoráveis para a silvicultura, as novas tecnologias utilizadas para aumentar a produtividade, como, por exemplo, o melhoramento genético de sementes e clonagem de espécies florestais.
A biomassa florestal é um parâmetro essencial para compreender a produção primária de um ecossistema e avaliar o potencial de uma floresta, sendo que em torno de 50% da madeira seca é carbono, então processos relacionados com as mudanças climáticas do nosso Planeta, a biomassa florestal é um elemento relevante. Depois da implementação do Inventário Florestal Nacional (IFN), os dados sobre a biomassa das florestas são mais confiáveis, sendo que o volume de madeira, obtido a partir do diâmetro e da altura das árvores, é uma variável importante para a estimativa da biomassa e do estoque comercial das florestas, e é um pré-requisito para o manejo florestal.
Um dos conceitos mais clássicos para o manejo florestal, que foi discutido em 1958 pela Sociedade Norte-Americana de Engenheiros Florestais, é a aplicação de métodos comerciais e princípios técnicos florestais na atividade de uma propriedade florestal. O termo sustentável foi agregado à palavra manejo, incorporando-se o conceito a instrumentos legais publicados após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92). No Brasil, a partir de então, passou-se a respeitar os mecanismos de sustentação do ecossistema com o Decreto 1.282, de 1 de outubro de 1995, que regulamentava a exploração das florestas da Bacia Amazônica e o manejo florestal sustentável.
Em um sentido mais amplo, manejo florestal pode ser definido como o conjunto de atitudes tomadas em relação à floresta, principalmente de caráter silvicultural, com o objetivo de otimizar a produção de forma sustentável ao longo do tempo. Durante todo o século XX, o manejo de recursos naturais esteve focado em manter os recursos econômicos, como a madeira, gado, soja, milho. Esse foco permaneceu até meados dos anos 80. Por fim, as agências dos recursos naturais incluíram áreas de uso múltiplo, reconhecendo que as pessoas necessitam desses ambientes e possuem diferentes interesses. Assim, houve a compartimentalização de espaços pelo tipo de uso e extração da madeira, zona de recreação e refúgio silvestre. Dessa forma, o manejo de ecossistemas surgiu para gerenciar essas áreas e proteger espécies da fauna e, principalmente, da flora, e focalizar não apenas a sustentabilidade de um recurso de interesse, mas a sustentabilidade de todo o sistema. O manejo de ecossistema é motivado por metas, é executado por políticas, protocolos e práticas, tornando-se adaptável ao monitoramento e pesquisa.
Os humanos são partes integrais dos ecossistemas e suas ações alteram os ecossistemas naturais e, com isso, a economia é afetada pela falta dos recursos naturais. Desse modo, as pessoas responsáveis a gerirem o ecossistema não devem apenas administrar os recursos naturais, a biodiversidade do local, mas também fazer planos que protejam de forma conjunta o ecossistema envolvido e a economia. Assim, o manejo de ecossistema incorpora fatores sociais e econômicos como partes fundamentais para a tomada de decisões, juntamente com questões de legislação e integridade ecológica. As pessoas necessitam dos ambientes naturais em vários aspectos e o manejo de ecossistemas incorpora a educação do público sobre suas dependências, o meio ambiente como todo, como parte de sua missão.
As árvores são recursos florestais: a sua exploração permite produzir papel, conseguir madeira e obter alimentos, só para citar algumas possibilidades. É importante ter em conta que esses recursos florestais não só são relevantes para a economia e a indústria como também são vitais para o meio ambiente, uma vez que absorvem dióxido de carbono e regulam o clima.
O Brasil tem 516 milhões de hectares de florestas, o equivalente a 60,7% do território nacional, ficando atrás apenas da Rússia. A informação consta da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (Pevs), divulgada na quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A fragmentação é um dos principais processos que afetam a paisagem em nível mundial, manifestando-se nas regiões em que houve alterações no uso do solo. A substituição das florestas por culturas agrícolas, por exemplo, modificou a paisagem, anteriormente contínua, por fragmentos de habitat, alterando, também, a composição de espécies e seus processos ecológicos básicos. O abandono dos fragmentos florestais nas propriedades rurais é entendido como a falta de manejo de qualquer natureza e contribui para seu empobrecimento e degradação. Entre essas ações, analise as ações a seguir e marque a alternativa com a resposta correta.
I- A utilização da floresta como local de pastoreio para os rebanhos ajuda na regeneração natural.
II- A vigilância inexistente ou ineficaz contra a caça e o roubo de madeira, sementes e outros produtos da floresta por terceiros.
III- Não há necessidade de medidas adequadas de proteção contra incêndios provocados por atividades humanas.
IV- A diminuição da cobertura florestal pela ampliação lenta e progressiva de áreas utilizadas para a agricultura e/ou pecuária.
Marque a alternativa correta:
I e II.
Incorreta:
I- a utilização da floresta como local de pastoreio para os rebanhos é o que destrói a regeneração natural, portanto, incorreta.
II- a falta de fiscalização nessas localidades, portanto, correta.
III- ocorre a falta de medidas adequadas, mas há necessidade, portanto, incorreta.
IV- ocorre a degradação do local, portanto, correta.
II e IV.
Correta:
I- a utilização da floresta como local de pastoreio para os rebanhos é o que destrói a regeneração natural, portanto, incorreta.
II- a falta de fiscalização nessas localidades, portanto, correta.
III- ocorre a falta de medidas adequadas, mas há necessidade, portanto, incorreta.
IV- ocorre a degradação do local, portanto, correta.
I, II e III.
Incorreta:
I- a utilização da floresta como local de pastoreio para os rebanhos é o que destrói a regeneração natural, portanto, incorreta.
II- a falta de fiscalização nessas localidades, portanto, correta.
III- ocorre a falta de medidas adequadas, mas há necessidade, portanto, incorreta.
IV- ocorre a degradação do local, portanto, correta.
I, III e IV.
Incorreta:
I- a utilização da floresta como local de pastoreio para os rebanhos é o que destrói a regeneração natural, portanto, incorreta.
II- a falta de fiscalização nessas localidades, portanto, correta.
III- ocorre a falta de medidas adequadas, mas há necessidade, portanto, incorreta.
IV- ocorre a degradação do local, portanto, correta.
O manejo florestal é um conceito que foi discutido em 1958 pela Sociedade Norte-Americana de Engenheiros Florestais. Logo após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92), agregou-se o termo sustentável à palavra manejo, incorporando-se o conceito a muitos instrumentos legais publicados a partir de então no Brasil. A partir desse seguimento, qual a definição de Manejo Florestal?
Utilização da floresta como local de pastoreio para os rebanhos, pois ajuda na regeneração natural.
Incorreta: na verdade, essa prática de utilização da floresta como local de pastoreio para os rebanhos destrói a regeneração natural, por isso, está incorreta.
Categoria que não qualifica a espécie como dependente de conservação ou quase ameaçada.
Incorreta: categorias estabelecidas pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN 2001) para classificar as espécies de acordo com seu grau de ameaça. Categorias com Menor preocupação (PM).
Conjunto de espécies vegetais, como plantas, árvores etc. de uma determinada região ou ecossistema específico.
Incorreta: definição de flora.
É a aplicação de métodos comerciais e princípios técnicos florestais na operação de uma propriedade florestal.
Correta: essa é a definição de manejo florestal aplicada ao longo da história da ciência florestal. Um dos conceitos clássicos é o apresentado em 1958 pela Sociedade Norte Americana de Engenheiros Florestais.
A biodiversidade está cada vez mais declinando globalmente e a biota terrestre está se tornando cada vez mais homogeneizada, e, com isso, a Terra está perdendo espécies em uma taxa acelerada, em grande parte devido à pegada ecológica da humanidade sobre o planeta. Devido a todo esse problema em que toda a humanidade vive, descreva quais são as principais ameaças à biodiversidade.
É o ramo da biologia responsável pelo estudo da hereditariedade e de tudo o que esteja relacionado com ela.
Incorreta: a genética é o ramo da biologia responsável pelo estudo da hereditariedade e de tudo o que estiver relacionado com ela.
São a perda e a degradação de habitats, a introdução de espécies invasoras e a sobre-exploração das espécies existentes.
Correta: todos eles estão, de alguma forma, interligados, portanto, a extinção de algum ser vivo afeta diretamente todo o ecossistema.
Todas as fontes de água, superficiais ou subterrâneas, que podem ser usadas para o abastecimento público.
Incorreta: isso inclui, por exemplo, rios, lagos, represas e lençóis freáticos. Para cumprir sua função, um manancial precisa de cuidados especiais, garantidos nas chamadas leis estaduais de proteção a mananciais. Nessas regras, o ponto principal é evitar a poluição das águas, coisa muito difícil de se conseguir em um país como o Brasil.
É uma região em que ocorre pouca quantidade de chuva.
Incorreta: o sertão nordestino realmente recebe pouca chuva, concentrada principalmente nos meses de abril e maio.)
A biologia da Conservação é a parte de um estudo científico impregnada com o valor da biodiversidade e com a crescente consciência da aceleração das perdas da biodiversidade. Pesquisadores viram a necessidade da aplicação dos princípios de qual ramo da biologia?
Citologia.
Incorreta: é o ramo da biologia que estuda as células no que diz respeito à sua estrutura, suas funções e sua importância na complexidade dos seres vivos.
Fisiologia.
Incorreta: é uma área de estudo da biologia responsável por analisar o funcionamento físico, orgânico, mecânico e bioquímico dos seres vivos.
Ecologia.
Correta: é necessário para a preservação das espécies e do ecossistema.
Biologia do Desenvolvimento.
Incorreta: foco no estudo do desenvolvimento embrionário.
Nos deparamos, atualmente, com o constante aumento na demanda mundial por matéria-prima, alimentos e energia, assim, é inevitável a perda de florestas. Toda essa modificação no Meio Ambiente está causando o desaparecimento de várias espécies, sendo muito preocupantes para o ecossistema brasileiro. Assim, é essencial e urgente conhecer, conservar e promover o uso sustentável. Sobre todos os problemas com os quais nos deparamos para que ocorra essa desordem ambiental, descreva sobre o tráfico de animais, que constitui o terceiro maior comércio ilícito do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas. Por que isso ocorre tanto, há alguma possível causa, como legislação falha, falta de pessoal para fiscalização ou uma alternativa que você ache mais condizente? Quais órgãos criaram o Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas, qual sua principal função? E relacione 5 animais que fazem parte dessa estatística preocupante.
Orientação de Resposta
Nós podemos ter atitudes que ajudam no combate à extinção de animais, mesmo estando longe deles. Uma forma é denunciar aos órgãos competentes qualquer tipo de agressão ao meio ambiente como desmatamento, queimadas e tráfico de animais.
A revista cientifica Nature, no ano 2000, divulgou a existência de 25 áreas da biodiversidade mundial que devem receber atenção urgente, pois são regiões que concentram maior número de animais que caminham para a extinção. No Brasil, a revista destacou os Biomas Mata Atlântica e Cerrado.
Atualmente, existem mais de 627 animais em extinção no Brasil. Em 2012, o Instituto Chico Mendes, do Ministério do Meio Ambiente, e a Organização Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) lançaram o Livro Vermelho das Espécies Ameaçadas, no qual listam detalhadamente cada espécie em extinção, com sua localização e nível de perigo. Veja alguns exemplos: Ararinha, Arara-azul, Cachorro-vinagre, Cervo do Pantanal, Jaguatirica, Lobo-guará, Muriqui, Mico-leão-dourado, Onça-pintada, Tamanduá-bandeira, Tatú-canastra, Veado-campeiro, entre outros.
Disponível: <http://www.infoescola.com/ecologia/animais-em-extincao-no-brasil/>. Acesso em: 16 jun. 2016.