Arte Musical: a música e suas manifestações na cultura brasileira
Unidade III
Jairo José Botelho Cavalcanti
Sumário Atividades Autores Referências
Autores
Jairo José Botelho Cavalcanti
Introdução
Conclusão
Referências
Atividades
Unidade III O currículo e o ensino musical na educação básica: em busca de uma aprendizagem significativa
A música na educação infantil
A música no ensino fundamental
A música no ensino médio

Jairo José Botelho Cavalcanti

Bacharel em música pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de JaneiroMestre e Doutor em Musicologia pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo

Possui Bacharelado em Música-violão pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1989). Mestrado em Artes pela Escola Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (2002). Doutorado junto ao programa de Música – área: Musicologia pela ECA-USP (2011). Atua como professor do Curso Técnico de Música da UEM - Universidade Estadual de Maringá. Consultor Ad-Hoc do Sigproj - Proex (2011). Orientador PIBIC-jr (2011-2012) da UEM/Fundação ARAUCÁRIA. Professor colaborador na área de etnomusicologia do Departamento de Música da UEM (2013-2014). Líder do Grupo de Pesquisa GEPHEIM - Grupo de Estudos e Pesquisa em História, Educação e Interpretação da Música, iniciado em 2009, CNPq, certificado pela UEM. Membro e pesquisador do grupo Os Problemas da Interpretação, desde 2012, CNPq, certificado pela UEM. Parecerista da ANPPOM - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música. Orientador do PIBIC -IC- Junior da Fundação ARAUCÁRIA (2013). Participou como consultor ad hoc voluntário na avaliação de projeto de pesquisa submetido no âmbito da 1a chamada do EDITAL FAPES No 04/2015 – BOLSA PESQUISADOR CAPIXABA, no primeiro semestre de 2016.

Introdução

“A música e suas manifestações na cultura brasileira” é um tema de abrangência ambiciosa para um curso de rápida duração, conforme o proposto, dividido em quatro capítulos. Portanto, procuramos alguns recortes temáticos para serem trabalhados nos capítulos seguintes. Dessa forma, descreveremos, a seguir, os conteúdos abordados por intermédio dos direcionamentos feitos em cada capítulo.

No capítulo I, as questões serão discutidas a respeito das perguntas voltadas ao esclarecimento do universo musical, tais como: O que é música? Quando é que a música se torna autônoma enquanto arte e linguagem? A música é a linguagem dos sons? A música é uma manifestação cultural? As abordagens aqui elaboradas discutirão os conceitos do universo artístico da música.

No capítulo II, o objeto de discussão abordará a música e sua historicidade na cultura brasileira. O intuito é trazer luz às discussões relacionadas ao sugimento das pesquisas folclóricas, suas correntes, os grupos de intelectuais que vislumbraram a aplicação desse contexto cultural nas obras dos compositores nacionalistas e as formas de debates a respeito da origem e dos locais da cultura na música brasileira.

No capítulo III, discorreremos a respeito da aprendizagem significativa da música, considerando cada etapa de formação do indivíduo, com abordagem da cultura local, associada às diretrizes educacionais brasileiras.

O capítulo IV visa esclarecer e sugerir algumas propostas interdisciplinares de educação musical no âmbito escolar, direcionando-as como práticas interativas aos demais campos do conhecimento de arte: visuais, teatro e dança, podendo, a partir de uma pesquisa, adaptar-se a outras áreas.

Unidade III O currículo e o ensino musical na educação básica: em busca de uma aprendizagem significativa Jairo Jose Botelho Cavalcanti

Discutir a respeito dos currículos escolares se torna uma tarefa complexa diante do atraso educacional que o Brasil passa. As dificuldades de integração programática curricular se dão devido à dimensão territorial do país, ao descompasso entre a formação precária dos profissionais de ensino e os locais de atuação e a carência de investimentos. A música, além de integrar tais problemas educacionais, tem um agravante que é a falta de profissionais formados para suprir uma grande demanda, esse fato traz o leigo para a atuação no ensino de música.

Para um direcionamento nos conteúdos educacionais desta unidade, discorreremos a seguir sobre a aprendizagem significativa da música, considerando cada etapa de formação do indivíduo, com abordagem da cultura local, associadas às diretrizes educacionais brasileiras.

A música na educação infantil

As orientações do Ministério da Educação estão postas no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, de 1998. Nele, constam em três volumes os âmbitos de discussão mensurados em: I. Formação Pessoal e Social e Conhecimento de Mundo; II. Identidade e Autonomia; III. Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade e Matemática. No terceiro volume, são explanados conceitos e o entendimento da importância da música no currículo escolar da educação infantil. Também, estão as orientações para uma educação musical participativa com amparo nos valores locais sociais e na compreensão de Mundo.

Segundo as recomendações do Referencial (1998, v3: 46):

A linguagem musical tem estrutura e características próprias, devendo ser considerada como:

  • Produção — centrada na experimentação e na imitação, tendo como produtos musicais [tudo aquilo que resulta em linguagem musical] a interpretação, a improvisação e a composição;
  • Apreciação — percepção tanto dos sons e silêncios quanto das estruturas e organizações musicais, buscando desenvolver, por meio do prazer da escuta, a capacidade de observação, análise e reconhecimento;
  • Reflexão — sobre questões referentes à organização, criação, produtos e produtores musicais.

 

As orientações estão voltadas à integração com outras áreas do saber, para que possibilite o envolvimento com atividades relacionadas às linguagens expressivas, como cênicas e visuais, mas preservando a autonomia do conhecimento específico da música. O objetivo se põe como estratégia de vínculo pelos afetos familiares e para aguçar a percepção cognitiva e cultural da música. O repertório atingido pelas cantigas, canções, parlendas e brincadeiras torna-se ações educativas significativas para o desenvolvimento infantil. Essas ações que trazem o ambiente cotidiano e traduzem-se em saber e cultura nos momentos de interação do educador com a criança podem ser recurso para o trabalho de identificação e reprodução imitativa, oportunizando uma melhor compreensão musical.

Atingindo o ponto das ações do educador, estratégias com bebês estão relacionadas ao sensorial e ao motor. Atividades imitativas proporcionam as reações por cantos e ruídos produzidos pelos bebês de forma inventiva, os ambientes sonoros amparados pelos objetos disponíveis para a produção de sons estimulam as descobertas pela observação e resposta dos bebês. O trabalho pela oralidade estimulada por canções e objetos percutidos, o repertório tocado como suporte para a motricidade constroem uma interatividade no desenvolvimento rítmico, motor e auditivo. Exemplos dessa interação seriam: bater palmas, percutir partes do corpo, movimentos corporais com música. Essas atividades são bem sucedidas em bebês de até três anos.

As informações e as orientações quanto aos processos de ensino-aprendizagens aqui expostos estão sugeridas no Referencial (1998, v3) elaborado pelo Ministério da Educação. No documento, estão claramente discriminados os objetivos pertinentes a cada faixa etária da infância. Para facilitar o entendimento da linha indutiva dos parâmetros a serem trabalhados nessa fase e para melhor nortear os direcionamentos das aulas do educador musical, serão transcritos a seguir os objetivos do Referencial:

 

Crianças de zero a três anos

  • O trabalho com Música deve se organizar de forma a que as crianças desenvolvam as seguintes capacidades:
  • Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produções musicais;
  • Brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir criações musicais.

 

Crianças de quatro a seis anos

Para esta fase, os objetivos estabelecidos para a faixa etária de zero a três anos deverão ser aprofundados e ampliados, garantindo-se, ainda, oportunidades para que as crianças sejam capazes de:

  • Explorar e identificar elementos da música para se expressar e interagir com os outros, ampliar seu conhecimento do mundo;
  • Perceber e expressar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio de improvisações, composições e interpretações musicais.

 

A exploração dos conteúdos precisa de amparo no ambiente escolar com a criação de salas, laboratórios e equipamentos apropriados que possibilitem a interatividade da criança com seus pares e nos espaços físicos e sonoros. Nesse espaço adequado, as atividades devem abordar as qualidades do som, a linguagem musical, a apreciação de obras de diversas manifestações da música, contemplando a variedade de gêneros nacionais e do mundo; refletir a música do mundo é reconhecer seu espaço e o universo humano. A criança tem a oportunidade do reconhecimento do fazer musical em exercícios criativos que envolvam a improvisação, a composição e a interpretação.

Em síntese, o educador deve planejar suas aulas considerando que:

  1. As atividades devem ser preparadas de acordo com a faixa etária e o grau de compreensão de cada criança. Como exemplo, para as crianças de zero a três anos: tocar um instrumento percussivo com ritmos repetitivos que provoque reações físico-motoras, de forma imitativa e aleatória, isso traz para o discurso sonoro a interatividade musical, em um grau de compreensão possível, e promove o agir, o pensar e o fazer musical nas diferentes fases do desenvolvimento infantil.
  2. A partir da experiência com as crianças de quatro a seis anos, nessa faixa de idade, o canto oportuniza elementos imitativos curtos que podem ser modificados e variados conforme o entendimento da criança e servir de base para novas composições musicais.

 

É importante frisarmos que o universo do desenvolvimento musical na educação infantil é amplo e ainda se encontra nos primórdios da nossa compreensão, visto que, embora se tenha avançado muito nas técnicas educacionais para o trabalho de ensino-aprendizagem em que o mediador professor se encontre cada vez mais capacitado ao bom desempenho de fazer, pensar e agir arte no ensino infantil, ainda se discute muito quais os caminhos a serem trilhados quanto à forma e ao conteúdo trabalhados. A Educação musical não está fadada a um tipo somente de regra e comportamento do educador e do aluno. Ela deve propor-se a suprir os interesses da música enquanto arte e contemplar sua identidade histórica, cultural e educacional.

 

314 A linguagem musical

A música no ensino fundamental

O ensino de música no espaço da escola se torna obrigatório com a criação da lei 11.769, de 18 de agosto de 2008. Com isso, trouxe um resgate da música para o espaço formal da educação. A primeira tentativa de inclusão do ensino de música nas escolas se deu na era Vargas, com o canto orfeônico, projeto proposto pelo compositor Heitor Villa- Lobos (1887-1959). O modelo do canto orfeônico vingou até os primeiros anos da ditadura militar.

Com o retorno da música nos conteúdos escolares, se multiplicaram as tentativas de inclusão, abrindo vertentes, sugestões, pesquisas dentro e fora do ambiente escolar. Os debates acalorados sobre os caminhos possíveis a respeito de como ensinar ainda não cessaram e muito se tem que evoluir. Com a expansão dos cursos de graduação em educação musical, as universidades brasileiras buscaram uma formação possível, diante da imensa tarefa de dar início à solução para se tentar resolver a demanda enorme de profissionais do ensino de música, por conta da instituição da referida lei.

Atualmente, são os municípios que oferecem o ensino fundamental. Com mais de cinco mil municípios espalhados no Brasil, tornou-se tarefa impossível de se alcançar a curto e médio prazo, o atendimento às exigências da lei. Tal obrigatoriedade transfere para aqueles municípios que, em sua maioria, detêm recursos ínfimos para o cumprimento das diretrizes legais do ensino musical.

Diante das dificuldades expostas, resta-nos, por experiência profissional, sugestionar ações que atualizem e ajudem o educador na tarefa do desenvolvimento dos conteúdos ligados ao cotidiano cultural do aluno e à ampliação dos horizontes perceptivos para a música do mundo. Experimentar é tarefa fundamental na relação ensino aprendizagem. Existem três lados a se considerar: o professor de música com todo seu cabedal formativo e operacional na área, o aluno com sua vivência cultural provinda dos afetos, da prática e do consumo e a escola com seu universo de absolvição de todos os saberes no nível da formação básica. A aprendizagem significativa tem que respeitar a integralização desses três lados. Como realizar algo que proponha uma tarefa do fazer musical no complexo escolar sem deixar escapar a música como arte e expressão autônoma?

Os ensinamentos do educador e filósofo Paulo Reglus Neves Freire (1921-1997) é uma tentativa da educação voltada para o paradigma do como ensinar e se portar diante do desafio do conhecimento e do significado do homem histórico. Em sua filosofia educadora, resumidamente, se propõe que: a educação deve ser entendida como uma dialética entre alunos e seus professores, levantando e resolvendo problemas juntos; na Pedagogia Crítica Freireana, os alunos ampliam a percepção da realidade, o objetivo de ensinar e de aprender é transformar ambos, professor e aluno, na compreensão de mundo; a educação motiva a conscientização do universo em que os atores (escola, professor e aluno) se encontram, a sua profundidade vai além da retenção dos conteúdos, tal conscientização subentende um ato de mudanças do compreender e do agir na aprendizagem.

A Pedagogia Crítica é subsídio para educação musical, em relação às possibilidades da sala de aula, oferecendo uma oportunidade de problematização do mundo por meio do diálogo. A estereotipação da música de consumo impede uma reflexão livre e independente sobre a formação do conceito musical. A postura do educador para provocar uma visão diferente do que já está posto necessita do envolvimento do aluno nas reflexões que vão além dos seus horizontes, estabelecendo novas fronteiras perceptivas, as quais trarão para o centro do diálogo elementos ainda desconhecidos e, portanto, não pertencentes aos gostos das suas localidades culturais. A música é parte do nosso passado cultural, atual e futuro, refletida de maneira crítica, tem o poder de liberar o aprendizado de seus conteúdos dentro do contexto social, político e cultural. De acordo com Freire (2003), a música conecta-se ao mundo e o aprendizado se dá quando há permeabilidade na aceitação do novo, não enquanto vanguarda apenas, mas enquanto algo a se desvelar no tempo presente.

Na aproximação com a prática do ensino musical, o professor, quando elaborar as suas aulas, com viés crítico, deverá, antes, questionar: quem eu sou? Quem são meus alunos? Qual tipo de aprendizagem é possível? Como o aprendizado poderá ser transformador? Um exemplo provocativo para um Plano de aula seria: a audição de uma música de Rap e, em seguida, a audição do Canto Gregoriano. A provocação é a tentativa de se promover a identificação das características particulares entre esses dois repertórios provindos de contextos históricos diferentes. Seria importante para os alunos que se estimulasse a busca da percepção das diferenças e das semelhanças entre os repertórios e, a partir daí, criar a abertura para o novo interativo em trabalhos relacionados à criação musical.

A música, no ensino fundamental, terá papel de destaque na formação educacional, quando ela for relacionada aos mais variados contextos sociais. É pertinente expandir a compreensão dos valores artísticos e culturais com o conhecimento da música operacional, a qual serve de base: para o labor na terra, no trabalho braçal, para a religiosidade, no tratamento terapêutico, na comunicabilidade entre os extratos sociais, relacionados às fragilidades sociais. A promoção da interdisciplinaridade é uma oportunidade de compreensão da música como arte e como ferramenta de engajamento social na difícil tarefa da educação plena. Mas a música terá ocupado seu lugar de direito, de igual importância entre todas as áreas do saber quando for entendida como manifestação artística independente e autônoma, ela se autorrepresentando e se definindo como arte, a partir daí, tomada como instrumento de diálogo social e cultural.

 

324 A linguagem musical (continuação)
Atividades

Marque a afirmativa correta:

O Ministério da Educação criou o Referencial na educação infantil para:

  • Organização curricular nacional nas escolas públicas.
  • Orientar as escolas de formação básica na organização dos currículos escolares para a aplicação dos conteúdos musicais.
  • Para determinar o que as escolas deverão fazer com seus alunos em relação à música.
  • Ampliar a visão da música.
  • Organizar os laboratórios ligados às atividades musicais.

A música no ensino médio

A música na escola não está configurada nos currículos escolares de maneira clara. Um dos grandes problemas se concentra na ausência de recursos apropriados para uma introdução adequada e definitiva da música nos currículos escolares. As diretrizes curriculares nacionais da educação básica – ensino médio não trazem luz quanto às necessidades específicas dos alunos em relação à música. Ocorrem especificações a respeito da música em dois pontos das diretrizes (DCNEB, 2013 p.186-187):

Os componentes definidos pela LDB como obrigatórios são:

  1. O ensino da Arte, especialmente em suas expressões regionais, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos estudantes, com a Música como seu conteúdo obrigatório, mas não exclusivo.

 

Em termos operacionais, os componentes curriculares obrigatórios decorrentes da LDB que integram as áreas de conhecimento são os referentes a: Linguagens: d) Arte, em suas diferentes linguagens: cênicas, plásticas e, obrigatoriamente, a musical.

Experiências individuais de pesquisadores ligados a programas de pós-graduação no Brasil têm promovido pesquisas ligadas à educação musical na educação básica. As tentativas de se encontrar caminhos que contemplem a absolvição plena dos conhecimentos musicais na educação estão direcionadas de forma intrínseca e extrínseca. Intrínseca quando os objetivos buscam a formação voltada ao fazer musical, propondo conteúdos disciplinares que capacitem os alunos na música artística. As ações estão articuladas de maneira que os musicandos adquiram a habilidade de execução vocal e instrumental, que equivocadamente alguns educadores a conceituam como educação mecânica. Essa definição está relacionada à forma do aprendizado “mecânico” ser pautado na repetição para o aprimoramento. Esse processo da repetição gera o refinamento sonoro musical na execução vocal ou instrumental.

O equívoco da defesa de que há repetição “mecânica” no aprendizado instrumental está na ausência do discernimento que qualquer saber humano precisa de retórica interpretativa dos conteúdos programáticos. No caso da música, o resultado tem que estar ligado ao contexto do repertório tocado. Nele se estuda não a repetição, mas a busca do resultado final: o de transcender o mecânico e atingir o artístico. A música é arte e arte se explica por ela mesma. Pareyson (1918-1991), filósofo hermenêutico, discute, em “Os problemas da estética” (1997, p.26), que “a atividade artística consiste propriamente no formar, isto é, exatamente num executar, produzir e realizar que é, ao mesmo tempo, inventar, figurar, descobrir”. Para um artista educador fica muito claro o caminho, mas para um educador sem vivência pessoal do fazer artístico torna-se difícil a tarefa do entendimento que repetir não é trilhar o mesmo caminho, mas seguir adiante na busca inventiva do descobrir-se enquanto artista.

Em relação às discussões extrínsecas, a música se volta ao universo humano como possibilidade de diálogo com outras áreas do saber. A filosofia, a pedagogia, a antropologia, a psicologia, a matemática, a física, a biologia, a médica e uma infinidade de outras áreas nas suas finitudes estruturais têm ligações interdisciplinares e transdisciplinares com a música. Pareyson (1997, p. 33) alega que “a arte [...] não teria lugar se toda a operosidade humana não tivesse já um caráter artístico, que ela prolonga, aprimora e exalta”. Na história, a música é usada em sua diversidade no subsídio da educação formal. Em resumo posto a seguir, feito por Fucci Amato (OPUS, 2010), há um entendimento histórico a respeito do uso da música na formação do indivíduo:

Em Atenas, a educação (paidéia) era sobretudo voltada à formação cultural, ao studia humanitatis, que permitiria o amadurecimento do indivíduo por meio da reflexão filosófica e estética ; no currículo dessa escola, música (mousiké) e ginástica (gymnastiké) eram as disciplinas fundamentais, meios para o exercício da alma e do corpo . Na Idade Média, a música compunha o quadrivium, isto é, o conjunto das quatro artes liberais ensinadas, ao lado da aritmética, da geometria e da astronomia e de outras três artes liberais, que compunham o trivium – gramática, dialética e retórica . Desde sua origem a música é tida como elemento essencial para uma formação integral. E hoje são maiores ainda as possibilidades de se desenvolver, no ensino musical escolar, uma grande integração de conhecimentos a partir de uma educação musical que amalgame várias disciplinas do currículo escolar.(CAMBI, 1999)

 

O ensino médio prescinde de base que o fundamente. Essa base presume-se que venha do ensino fundamental. A música sendo bem trabalhada em seus conteúdos na grande área das linguagens, desde o inicio da educação infantil até o ensino fundamental, terá cumprido um considerável percurso formativo da educação básica. Com essa etapa concluída, algumas possibilidades de ações educacionais ligadas à atividade musical na escola poderão ser propostas. A seguir, apresentamos exemplos dessas ações:

  1. Criação de grupos que desenvolvam atividades relacionadas ao fazer musical: corais; formações de bandas marciais, populares, percussivas instrumentais, corporais; estimular os indivíduos que expressem maior interesse buscando sua formação mais aprimorada por meio de convênio com instituições especializadas no ensino musical ou em projetos especiais no próprio ambiente escolar.
  2. Integrar as atividades musicais com outras áreas da arte e com áreas das ciências, humanas, biológicas, exatas.
  3. Promover atividades culturais relacionadas ou interativas com a música: festivais de música; elaboração de trilhas sonoras de imagens inventadas, filmes do cinema mudo, do cinema contemporâneo; leitura de romances com envolvimento de sonoplastia; criação de roteiros teatrais com fatos do cotidiano, nos quais a música entre como ambientação sonora.
  4. Estudo da música na história das sociedades: sempre relacionar os fatores cotidianos com o passado para mostrar as conexões históricas no debate do presente.
  5. Mostrar a música como manifestação e representação humana: a arte existe e se faz presente por ser essência no ato de expressar-se do homem. A música integrante da arte é prova da liberdade na invenção do pensamento humano que só responde a si mesmo. E por ser parte do todo formativo do ser ela não tem outro caminho: o de existir plena e autônoma.
  6. Organizar excursões: aos teatros que promovam apresentações musicais; a escolas especializadas no ensino instrumental; aos ensaios abertos de corais, orquestras, grupos instrumentais; aos estúdios de gravação, dentre outros.

 

Por fim, o educador musical tem em suas mãos um trabalho que, embora árduo, é gratificante e gigantesco: o de formar indivíduos conscientes de todo seu potencial criativo, de todas suas fontes de prazer, pois a arte musical, tal como o universo artístico, revela-se como necessidade do prazer humano que transcende o lógico quando reflete a própria essência.

 

334 Música para crianças de zero a três anos
Fique por dentro

Entre 1850 a 1889, o Decreto nº 1.331, de 1854, no Regime Imperial, foi a primeira investida no Brasil enquanto nação, no âmbito da legislação educacional brasileira, para a aplicação do ensino de Música nas escolas no Distrito Federal (Rio de Janeiro). O alcance nacional do ensino de música foi por meio do projeto canto orfeônico coordenado por Villa-Lobos a partir dos Decretos: nº 19.890, de 18 de abril de 1931; nº 24.794, de 14 de julho de 1934; nº 4.993, de 26 de novembro de 1942.

Fonte: Portal.mec.gov.br

 

Indicação de leitura

Nome do livro: Música na Educação Básica. Vol. 4. Número 4 (2012).

Editora: ABEM

Autor: Diversos

ISBN: 2175-3172

Link: Música na educação básica

Esse endereço eletrônico é o do Livro da indicação de leitura, gratuito, oferecido pela Associação Brasileira de Educação Musical. Existem vários relatos de profissionais da educação musical, suas experiências e pesquisa de campo na área.

 

344 Música para crianças de quatro a seis anos
Atividades

Poderíamos afirmar que o Referencial orienta para uma educação musical:

  • Participativa com amparo nos valores locais sociais e na compreensão de Mundo.
  • Cooperada com inciativas da comunidade empresarial da região na qual a escola esteja inserida.
  • Incorporada nos valores da família, contemplando as heranças culturais europeias.
  • Participativa amparada nos valores sociais da América Latina e na compreensão de Mundo.
  • Participativa ampara nos valores locais do cotidiano e na compreensão de Mundo.
Atividades

Com base nos conteúdos postos, a educação musical deve ter como uma de suas premissas:

  • A produção musical abrigando a improvisação, interpretação e composição.
  • A execução tanto dos sons e dos silêncios quanto das estruturas e organizações musicais.
  • Questões referentes à organização, à criação de produtos e produtores musicais.
  • O comportamento das musicas de todos os gêneros musicais do mundo.
  • O conhecimento instrumental.
Atividades

Crianças de quatro a seis anos, quando orientadas no aprendizado da música, precisam atingir a capacidade de:

  • Tocar um instrumento musical.
  • Cantar com conhecimento de técnica vocal.
  • Conhecer boa parte do repertório e de compositores brasileiros.
  • Saber escrever partitura.
  • Explorar e identificar elementos da música.
Atividades

Marque a afirmativa incorreta:

Quanto às sentenças seguintes, a respeito da educação infantil, poderíamos afirmar que:

  • O repertório atingido pelas cantigas, canções, parlendas e brincadeiras torna-se ações educativas significativas para o desenvolvimento infantil.
  • Atingindo o ponto das ações do educador, estratégias com bebês estão relacionadas ao sensorial e ao motor.
  • O trabalho pela oralidade estimulada por canções e objetos percutidos, o repertório tocado como suporte para a motricidade, constrói uma interatividade no desenvolvimento rítmico, motor e auditivo.
  • A exploração dos conteúdos precisa de amparo no ambiente escolar com a criação de salas, laboratórios e equipamentos apropriados que possibilitem a interatividade da criança com seus pares e nos espaços físicos e sonoros.
  • A música tem autonomia para cumprir seu papel educacional, ela só precisa de espaço na vida das pessoas para formar o apreciador musical, isso inclui a formação musical das crianças.
Atividades

As afirmativas que explanam a respeito da história do ensino musical são:

  • O ensino de música no espaço da escola se torna obrigatório com a criação da lei 11.769, de 18 de agosto de 2008.
  • A primeira tentativa de inclusão do ensino de música nas escolas se deu na era Vargas, com o canto orfeônico.
  • O modelo do canto orfeônico vingou até os primeiros anos da ditadura militar.
  • O canto orfeônico foi um projeto proposto pelo compositor Heitor Villa- Lobos (1887-1959).
  • Experimentar é tarefa fundamental na relação ensino-aprendizagem na música.
Atividades

O educador na tarefa do desenvolvimento dos conteúdos musicais ligados ao cotidiano cultural do aluno do ensino fundamental tem em suas metas:

  • Promover a identificação das características particulares entre dois repertórios provindos de contextos históricos diferentes.
  • Provocar uma visão diferente do que já está posto envolvendo o aluno nas reflexões que vão além dos seus horizontes.
  • Estabelecer novas fronteiras perceptivas, as quais trarão para o centro do diálogo elementos ainda desconhecidos.
  • A música é mais bem absorvida quando parte dos processos de imitação repetitiva do gesto musical.
  • A educação musical deve ser entendida como uma dialética entre alunos e seus professores levantando e resolvendo problemas juntos.
Atividades

Os ensinamentos do educador e filósofo Paulo Reglus Neves Freire (1921-1997) é uma tentativa de:

  • Como ensinar e se portar diante do desafio do conhecimento e do significado do homem histórico.
  • Alunos ampliarem a percepção da realidade, o objetivo de ensinar e de aprender é transformar ambos, professor e aluno, na compreensão de mundo.
  • Estimular o fazer musical para a performance, em que o artista sairá transformado.
  • Provocar uma visão diferente do que já está posto necessita do envolvimento do aluno nas reflexões que vão além dos seus horizontes, estabelecendo novas fronteiras e perceptivas.
  • Promoção da interdisciplinaridade é uma oportunidade de compreensão da música como arte e como ferramenta de engajamento social na difícil tarefa da educação plena.
Atividades

Marque a afirmativa correta:

Conceituar como mecânico o ensino da música instrumental é um equivoco devido a:

  • Visão de que a repetição do repertório no instrumento se torna um fazer mecânico imitativo.
  • Não trilhar o mesmo caminho pela repetição, mas seguir adiante na busca inventiva do descobrir-se enquanto artista.
  • Falta de visão da música no ensino público.
  • Dificuldade do entendimento de que música é parte da cultura.
  • Poucas iniciativas para o ensino de música nas escolas.
Atividades

Quais ações culturais com a música seriam possíveis no ensino médio, considerando o grau de conhecimento na área?

  • Festivais de música; elaboração de trilhas sonoras de imagens inventadas, filmes do cinema mudo, do cinema contemporâneo; leitura de romances com envolvimento de sonoplastia.
  • Nenhuma, pois não haveria espaço fora da grade para qualquer ação cultural em música.
  • Nenhuma, pois os alunos nunca teriam conhecimento suficiente em música para elaborar ou participar de eventos na área musical.
  • Muito poucas, devido à dificuldade de se organizar uma agenda paralela nos currículos escolares.
  • Formar grupos especializados em execução musical.

Conclusão

O guia ARTE MUSICAL: A MÚSICA E SUAS MANIFESTAÇÕES NA CULTURA BRASILEIRA teve por objetivo introduzir o saber, o ouvir, o aprender e o ensinar da músi-ca. A nossa proposta foi ambientar o aluno nos horizontes da música em suas perspectivas com as diversas áreas do conhecimento, com uma proposição metódica e extrametódica, abordando as interseções com a história, a cultura, o fazer artístico e a compreensão bási-ca dos elementos constitutivos da música.

Propomos, aos mais interessados no aprofundamento da área musical, a busca por cursos de formação básica em Música para aprimorarem seus conhecimentos nas disci-plinas da teoria básica musical, na percepção musical voltada ao aperfeiçoamento auditivo dos elementos musicais, à harmonia, ao estudo do contraponto e fuga, à história da músi-ca ocidental, entre muitas outras disciplinas da formação do músico. Essas disciplinas po-derão ser cursadas em cursos de formação técnica profissionalizante em Música ou em cursos de graduação, de nível superior.

Esperamos ter contribuído para um esclarecimento a respeito sobre: a música e suas manifestações na cultura brasileira, o currículo e o ensino de Arte Musical na Educa-ção Infantil, Ensino Fundamental I e II, e Ensino Médio, a importância de uma aprendiza-gem significativa e interdisciplinar das linguagens artísticas e o diálogo da música com ou-tras linguagens.

Caro(a) aluno(a), caso queira outras informações a respeito da área, poderá aces-sar sites relacionados às publicações científicas da música nos órgãos de apoio à pesquisa científica como o CNPq e CAPES, junto aos seus bancos de dados de teses e disserta-ções dos cursos autorizados, nas associações de pesquisas como a ANPPOM – Associa-ção Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música, a ABEM – Associação Brasileira de Educação Musical e ABET – Associação Brasileira de Etnomusicologia e nas revistas científicas credenciadas no Qualis Capes.

Até a próxima oportunidade!

Referências

Bibliografia que recomendamos para um aprofundamento sobre as questões relativas à compreensão do universo musical e sobre as informações contidas nos textos.

ABREU, Martha. Histórias da ‘música popular brasileira’: uma análise da produção sobre o período colonial. Festa: cultura e sociabilidade na América Portuguesa. São Paulo: Hucitec, 2001.

BUDASZ, Rogério. Música e Sociedade no Brasil Colônia. Revista Textos do Brasil, 2006.

COPLAND, Aaron (1934). Como ouvir (e entender) música. Tradução de Luiz Paulo Horta. Editora Artenova, 1974.

DUPRAT, Régis; VOLPE, Maria Alice. Vanguardas e posturas de esquerda na música brasileira (1920-1970). In: ILLIANO, Roberto; SALA, Massimiliano. Music and Dictatorship in Europe and Latin America. Speculum Musicae, 14, p. 573-611, 2009.

LIMA, Edilson Vicente de. A modinha e o lundu: dois clássicos nos trópicos. 2010. Tese (Doutorado) – Programa de pós-graduação em Música, Universidade de São Paulo, 2010.

NACHMANOWICZ, Ricardo Miranda. Fundamentos para uma análise musical fenomenológica. 2007. 144 fls. Dissertação (Mestrado) – Programa de pós-graduação em música, Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, 2007.

PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

TINHORÃO, José Ramos. História social da música popular brasileira. São Paulo: Ed. 34, 1998.

Atividades

Atividades - Unidade III

Marque a afirmativa correta:

O Ministério da Educação criou o Referencial na educação infantil para:

  • Organização curricular nacional nas escolas públicas.
  • Orientar as escolas de formação básica na organização dos currículos escolares para a aplicação dos conteúdos musicais.
  • Para determinar o que as escolas deverão fazer com seus alunos em relação à música.
  • Ampliar a visão da música.
  • Organizar os laboratórios ligados às atividades musicais.

Poderíamos afirmar que o Referencial orienta para uma educação musical:

  • Participativa com amparo nos valores locais sociais e na compreensão de Mundo.
  • Cooperada com inciativas da comunidade empresarial da região na qual a escola esteja inserida.
  • Incorporada nos valores da família, contemplando as heranças culturais europeias.
  • Participativa amparada nos valores sociais da América Latina e na compreensão de Mundo.
  • Participativa ampara nos valores locais do cotidiano e na compreensão de Mundo.

Com base nos conteúdos postos, a educação musical deve ter como uma de suas premissas:

  • A produção musical abrigando a improvisação, interpretação e composição.
  • A execução tanto dos sons e dos silêncios quanto das estruturas e organizações musicais.
  • Questões referentes à organização, à criação de produtos e produtores musicais.
  • O comportamento das musicas de todos os gêneros musicais do mundo.
  • O conhecimento instrumental.

Crianças de quatro a seis anos, quando orientadas no aprendizado da música, precisam atingir a capacidade de:

  • Tocar um instrumento musical.
  • Cantar com conhecimento de técnica vocal.
  • Conhecer boa parte do repertório e de compositores brasileiros.
  • Saber escrever partitura.
  • Explorar e identificar elementos da música.

Marque a afirmativa incorreta:

Quanto às sentenças seguintes, a respeito da educação infantil, poderíamos afirmar que:

  • O repertório atingido pelas cantigas, canções, parlendas e brincadeiras torna-se ações educativas significativas para o desenvolvimento infantil.
  • Atingindo o ponto das ações do educador, estratégias com bebês estão relacionadas ao sensorial e ao motor.
  • O trabalho pela oralidade estimulada por canções e objetos percutidos, o repertório tocado como suporte para a motricidade, constrói uma interatividade no desenvolvimento rítmico, motor e auditivo.
  • A exploração dos conteúdos precisa de amparo no ambiente escolar com a criação de salas, laboratórios e equipamentos apropriados que possibilitem a interatividade da criança com seus pares e nos espaços físicos e sonoros.
  • A música tem autonomia para cumprir seu papel educacional, ela só precisa de espaço na vida das pessoas para formar o apreciador musical, isso inclui a formação musical das crianças.

As afirmativas que explanam a respeito da história do ensino musical são:

  • O ensino de música no espaço da escola se torna obrigatório com a criação da lei 11.769, de 18 de agosto de 2008.
  • A primeira tentativa de inclusão do ensino de música nas escolas se deu na era Vargas, com o canto orfeônico.
  • O modelo do canto orfeônico vingou até os primeiros anos da ditadura militar.
  • O canto orfeônico foi um projeto proposto pelo compositor Heitor Villa- Lobos (1887-1959).
  • Experimentar é tarefa fundamental na relação ensino-aprendizagem na música.

O educador na tarefa do desenvolvimento dos conteúdos musicais ligados ao cotidiano cultural do aluno do ensino fundamental tem em suas metas:

  • Promover a identificação das características particulares entre dois repertórios provindos de contextos históricos diferentes.
  • Provocar uma visão diferente do que já está posto envolvendo o aluno nas reflexões que vão além dos seus horizontes.
  • Estabelecer novas fronteiras perceptivas, as quais trarão para o centro do diálogo elementos ainda desconhecidos.
  • A música é mais bem absorvida quando parte dos processos de imitação repetitiva do gesto musical.
  • A educação musical deve ser entendida como uma dialética entre alunos e seus professores levantando e resolvendo problemas juntos.

Os ensinamentos do educador e filósofo Paulo Reglus Neves Freire (1921-1997) é uma tentativa de:

  • Como ensinar e se portar diante do desafio do conhecimento e do significado do homem histórico.
  • Alunos ampliarem a percepção da realidade, o objetivo de ensinar e de aprender é transformar ambos, professor e aluno, na compreensão de mundo.
  • Estimular o fazer musical para a performance, em que o artista sairá transformado.
  • Provocar uma visão diferente do que já está posto necessita do envolvimento do aluno nas reflexões que vão além dos seus horizontes, estabelecendo novas fronteiras e perceptivas.
  • Promoção da interdisciplinaridade é uma oportunidade de compreensão da música como arte e como ferramenta de engajamento social na difícil tarefa da educação plena.

Marque a afirmativa correta:

Conceituar como mecânico o ensino da música instrumental é um equivoco devido a:

  • Visão de que a repetição do repertório no instrumento se torna um fazer mecânico imitativo.
  • Não trilhar o mesmo caminho pela repetição, mas seguir adiante na busca inventiva do descobrir-se enquanto artista.
  • Falta de visão da música no ensino público.
  • Dificuldade do entendimento de que música é parte da cultura.
  • Poucas iniciativas para o ensino de música nas escolas.

Quais ações culturais com a música seriam possíveis no ensino médio, considerando o grau de conhecimento na área?

  • Festivais de música; elaboração de trilhas sonoras de imagens inventadas, filmes do cinema mudo, do cinema contemporâneo; leitura de romances com envolvimento de sonoplastia.
  • Nenhuma, pois não haveria espaço fora da grade para qualquer ação cultural em música.
  • Nenhuma, pois os alunos nunca teriam conhecimento suficiente em música para elaborar ou participar de eventos na área musical.
  • Muito poucas, devido à dificuldade de se organizar uma agenda paralela nos currículos escolares.
  • Formar grupos especializados em execução musical.