Músculos do Membro Superior
Músculo Peitoral Maior
Origem: Clavícula, manúbrio e corpo do externo; cartilagens costais da 2ª a 6ª e bainha do m. reto abdominal
Inserção: Crista do tubérculo maior do úmero
Inervação: Nervos peitorais mediais e laterais
Ação: Rotação medial, flexão e adução do braço
4126 Anatomia do músculo do peitoral maior Fonte: Kendall (1987).
4226 Teste de força do músculo peitoral maior fibras superior e inferior Fonte: Kendall (1987).
Músculo Peitoral Menor
Origem: 2ª a 5ª costelas
Inserção: Processo coracoide da escápula
Inervação: Nervos peitorais mediais e laterais
Ação: Anteversão do membro superior e auxilia na inspiração forçada
4326 Anatomia do músculo peitoral menor Fonte: Kendall (1987).
4426 Teste de força do músculo peitoral menor Fonte: Kendall (1987).
Músculo Subclávio
Origem: 1ª costela
Inserção: Extremidade acromial da clavícula
Inervação: Nervo subclávio
Ação: Estabiliza e abaixa a clavícula
Músculo Subescapular
É plano, grosso e triangular. Está situado na fossa escapular, ele passa pela face anterior da articulação do ombro para se inserir no úmero.
Origem: Face costal da escápula
Inserção: Tubérculo menor do úmero
Inervação: Nervo subescapular
Ação: Rotação medial e adução do braço
Músculo Deltoide
É um músculo triangular formado por três porções. Está situado imediatamente sob a pele, recobrindo a cabeça do úmero.
Origem: Clavícula, acrômio e espinha da escápula
Inserção: Tuberosidade deltoidea
Inervação: Nervo axilar
Ação: Adução, abdução até 90º, rotação medial e rotação lateral do braço
4526 Anatomia do deltoide anterior, médio e posterior Fonte: Kendall (1987).
4626 Teste de força do músculo deltoide médio Fonte: Kendall (1987).
4726 Teste de força do músculo deltoide anterior Fonte: Kendall (1987).
4826 Teste de força do músculo deltoide posterior Fonte: Kendall (1987).
Músculo Supraespinhal
É um músculo grosso, bipeniforme, com formato piramidal, que ocupa toda a fossa supraespinhal da escápula.
Origem: Fossa supraespinhal
Inserção: Tubérculo maior
Inervação: Nervo Supraescapular
Ação: Rotação lateral e abdução até 90º do braço
Músculo Infraespinhal
É plano, grosso e bipeniforme, que adota um formato oblongotriangular. Ocupa quase que toda a fossa infraespinhal da escápula.
Origem: Espinha da escapula
Inserção: Tubérculo maior
Inervação: Nervo Supraescapular
Ação: Rotação lateral, adução e abdução do braço
4926 Teste de força do músculo infraespinhal Fonte: Kendall (1987).
Músculo Redondo Menor
É cilíndrico e quadrangular. Fica situado na fossa infraespinhal da escápula, por baixo e por trás do m. infraespinhal. Em latim teres minor.
Origem: Fossa infraespinhal e margem lateral da escápula
Inserção: Tubérculo maior
Inervação: Nervo axilar
Ação: Rotação lateral e adução do braço
41026 Teste de força do músculo redondo menor Fonte: Kendall (1987).
Músculo Redondo Maior
É um músculo bastante robusto, levemente aplanado. Fica localizado na borda axilar da escápula, recoberto parcialmente pelo m. grande dorsal. Em latim teres major.
Origem: Borda lateral e ângulo inferior da escápula
Inserção: Crista do tubérculo menor
Inervação: Nervo subescapular
Ação: Rotação medial e adução do braço
Músculo Latíssimo do Dorso
Também considerado como músculo do dorso. Foi descrito detalhadamente na sessão: músculos do dorso.
Origem: T6 a L5, sacro, crista ilíaca e 3 últimas costelas
Inserção: Crista do tubérculo menor
Inervação: Nervo tóracodorsal
Ação: Adução, rotação medial e extensão do braço; adução da escápula.
Músculo Braquial
Tem formato plano de características fusiformes. Fica recoberto pelo m. bíceps braquial na região anterior do braço.
Origem: Terço médio do úmero
Inserção: Tuberosidade da ulna
Inervação: Nervo musculocutâneo
Ação: Flexão do antebraço
Músculo Bíceps Braquial
É um músculo cilíndrico, fusiforme e relativamente grosso. É formado por duas cabeças. Uma longa, que se origina no tubérculo supraglenoidal da escápula e possui um tendão de origem maior e mais fino; outra curta, que se origina do processo coracoide da escápula e se localiza medialmente a cabeça longa. As duas cabeças se unem em um único tendão de inserção.
Origem: Tubérculo supraglenoidal da escápula e processo coracoide da escápula
Inserção: Tuberosidade do rádio
Inervação: Nervo musculocutâneo
Ação: Abdução, rotação medial, anteversão do braço; adução, flexão e supinação do antebraço.
41126 Anatomia e Teste de força do músculo bíceps braquial Fonte: Kendall (1987).
Músculo Coracobraquial
É plano, relativamente curto. Está recoberto pelo m. peitoral maior na região axilar anterior e cruza posteriormente o m. bíceps braquial ao caminhar para o úmero.
Origem: Processo coracoide da escápula
Inserção: Úmero, distal a crista do tubérculo maior
Inervação: Nervo musculocutâneo
Ação: Rotação medial, adução e anteversão do braço
41226 Anatomia e Teste de força do músculo Coracobraquail Fonte: Kendall (1987).
Músculo Tríceps Braquial
Ocupa toda face posterior do braço. É formado por três porções de origem distintas que se unem em um tendão comum para se inserir na ulna.
Origem: Tubérculo infraglenoidal, lábio glenoidal, face posterior do úmero
Inserção: Olecrano
Inervação: Nervo radial
Ação: Adução e extensão do braço; extensão do antebraço.
Músculo Ancôneo
É um músculo plano e triangular situado na face posterior do cotovelo. Parece ser uma continuação do m. tríceps braquial.
Origem: Epicôndilo lateral do úmero
Inserção: Face posterior da ulna
Inervação: Nervo Radial
Ação: Extensão do antebraço
41326 Anatomia e Teste de força do músculo tríceps braquial Fonte: Kendall (1987).
414 Dinamômetro isocinético eletromiografia e plataforma de força
Atividades
Os avanços da biotecnologia vêm auxiliando sobremaneira a avaliação cinético-funcional realizada pelo fisioterapeuta, o que permite a elaboração de planos de intervenções específicos e individualizados. Nesse sentido, para os testes de equilíbrio estático, as plataformas de força orientam o profissional fornecendo impressões sobre deslocamentos do centro de gravidade, rearranjos posturais, entre outros. Entre os vários testes que podem ser realizados com o paciente que está sobre a plataforma de força para sensibilizar o equilíbrio, incluem:
- Apoio unipodal e manobra de Barré.
Pois manobra de barré é uma manobra deficitária que visa confirmar o déficit motor dos flexores de quadril.
- Alcance funcional e Romberg simples.
Pois o alcance funcional é um teste em que o indivíduo ficará estático e, com os membros superiores, tenta alcançar uma distância máxima à sua frente, e o teste de Romberg Simples é um teste de equilíbrio realizado em ortostatismo de forma estática.
- Pliometria e prova dos passos de Fukuda.
Pliometria não avalia equilíbrio, é um teste de salto que avalia força, potência e outras variáveis; já o de Fukuda seria correto, pois avalia equilíbrio em ortostatismo com o indivíduo marchando no mesmo local.
- Manobra de Dix=Halpike e Romberg sensibilizado.
Pois a manobra de Dix-Halpike é realizada em decúbito dorsal e avalia vertigem, no entanto o Romberg sensibilizado poderia ser, pois avalia equilíbrio em ortostatismo com um pé na frente do outro.
- Sentar e levantar cronometrado e teste de caminhada.
Teste de sentar e levantar avalia vários quesitos, entre eles, o equilíbrio, mas o teste de caminhada é um teste de esforço apenas.
Atividades
O ciclo da marcha humana pode ser dividido em uma fase de apoio, que se inicia com o apoio de calcanhar; e uma fase de oscilação, que se inicia com a retirada e elevação dos dedos do pé do solo. A fase de apoio pode ainda ser subdividida em contato inicial, reação à carga, apoio médio, apoio terminal e pré-oscilação, enquanto que a fase de oscilação é composta pelas subfases oscilação inicial, média e final.^p^
^p^A Figura anterior mostra registros eletromiográficos associados a três diferentes cadências de marchas, mas que apresentam a mesma forma de onda. A partir do texto apresentado e com base na figura, a subfase de pré-oscilação ocorre aproximadamente no meio da passada e pode ser caracterizada pelo pico de atividade do músculo.
- Reto femoral.
O Reto femoral tem atuação no contato inicial.
- Vasto lateral.
O vasto lateral tem atuação no contato inicial.
- Bíceps femoral.
Importante na fase de balanço e subfase de oscilação inicial.
- Tibial anterior.
Importante na subfase da oscilação final e contato inicial mantendo o tornozelo em dorsiflexão.
- Sóleo.
Importante na subfase de pré-oscilação ou desprendimento do pé, nesse momento, ocorre a impulsão com o hálux emitindo uma força plantiflexora.
Atividades
Dinamometria é uma técnica utilizada para:
- Avaliar a integridade mecânica do aparelho respiratório.
Para esse tipo de análise, utiliza-se a espirometria.
- Avaliar a força de determinados grupos musculares.
Finalidade de avaliar força e potência musculares.
- Avaliar a incapacidade funcional de portadores de pneumopatias funcionais.
Para esse tipo de análise, utiliza-se o manovacuômetro e a espirometria.
- Avaliação audiológica.
Equipamentos de audiômetros.
- Atividade elétrica muscular.
O equipamento utilizado para esse tipo de análise é o eletromiógrafo de superfície.
Atividades
Atualmente, existem diferentes tipos de instrumentos que nos auxiliam no dia a dia nas avaliações do atleta de alto rendimento, propiciando análises muito eficazes no intuito da realização de um trabalho preventivo ou de recuperação de lesões. Assim, assinale a assertiva que contenha a informação correta sobre esses sistemas.
- A Eletromiografia de superfície é um instrumento muito utilizado na análise de força de reação aplicado ao solo.
O instrumento correto para essa análise é a plataforma de força que capta a descarga de peso provocada pelo segmento.
- A plataforma de força se utiliza da terceira lei de Newton para análise do impacto provocado pela descarga de peso do membro inferior.
Sim, a força aplicada à plataforma é retornada ao segmento, “Lei da Ação e reação”, e, além disso, gera sinais no software dessa descarga de peso.
- O dinamômetro isocinético avalia a força por meio da captação da atividade elétrica neuromuscular por eletrodos.
O dinamômetro avalia força por meio de um dispositivo mecânico que quantifica o torque, e não pela captação da atividade elétrica.
- A eletromiografia avalia força, potência e velocidade.
Avalia a atividade elétrica muscular e a partir dela conseguimos fazer algumas inferências de força, mas não das outras variáveis.
- Plataforma de força não é utilizada na análise de centro de massa.
Plataforma de força capta os pontos de descarga de peso sendo utilizada para avaliar o centro de massa do corpo.
Atividades
Sobre o teste de força muscular dos membros superiores, assinale a assertiva que contenha a função completa do bíceps braquial.
- Flexão de ombro, flexão de cotovelo e supinação de antebraço.
Pois realiza flexão de ombro, flexão de cotovelo e supinação de antebraço.
- Extensão de ombro, flexão de cotovelo e supinação de antebraço.
Pois realiza flexão de ombro, flexão de cotovelo e supinação de antebraço.
- Flexão de cotovelo e pronação de antebraço.
Pois realiza flexão de ombro, flexão de cotovelo e supinação de antebraço
- Extensão de ombro, extensão de cotovelo e supinação de antebraço.
Pois realiza flexão de ombro, flexão de cotovelo e supinação de antebraço.
- Abdução de ombro e flexão de cotovelo.
Pois realiza flexão de ombro, flexão de cotovelo e supinação de antebraço.
Provas e Funções Musculares do Membro Inferior
Músculos do Quadril
Músculo Ilíaco
É um músculo plano e triangular que está situado na fossa ilíaca e é recoberto parcialmente pelo m. psoas.
Origem: Fossa ilíaca e espinha ilíaca ântero-inferior
Inserção: Trocanter menor e linha áspera
Inervação: Ramos musculares do plexo lombar
Ação: Flexão do quadril
Músculo Psoas
É um músculo volumoso e fusiforme. Está situado ao lado da coluna lombar, na face posterior da cavidade abdominal. É composto por duas porções que também podem ser consideradas como músculos individuais. À maior porção, dá-se o nome de Psoas Maior (em latim psoas magnus) e à menor, de psoas menor (em latim psoas parvus), essa porção menor geralmente está ausente.
Origem: Corpos vertebrais de T12 a L4 e processos costais de L1 a L4
Inserção: Trocanter menor
Inervação: Ramos musculares do plexo lombar
Ação: Flexão e extensão da coluna lombar; flexão e rotação do quadril.
41426 Teste de força do músculo iliopsoas Fonte: Kendall (1987).
Músculos da Coxa
Músculo Quadríceps Femoral
Esse músculo envolve quase que por completo o fêmur. É composto por quatro músculos que recebem nomes distintos, pois têm origens diferentes, mas possuem uma única inserção comum. São eles:
M. reto femoral: É o maior em comprimento. Está situado no meio da coxa e é um músculo bipeniforme.
M. vasto medial: É uma lâmina muscular plana e grossa que está situada na face medial da coxa, se confunde com o m. vasto intermédio na sua porção anterior.
M. vasto lateral: É o maior músculo do quadríceps. Recobre quase que toda a face anterolateral da coxa. Está recoberto pelo m. tensor da fáscia lata em sal região proximal.
M. vasto intermédio: Está recoberto pelo m. reto femoral. É um músculo plano que forma a parte mais profunda do m. quadríceps.
Origem: M. reto femoral: Espinha ilíaca anteroinferior; M. vasto medial: lábio medial da linha áspera; M. vasto lateral: lábio lateral da linha áspera e trocanter maior; M. vasto intermédio: face anterior do fêmur
Inserção: Tuberosidade da tíbia
Inervação: Nervo femoral
Ação: Flexão do quadril, extensão do joelho e tensão da cápsula articular do joelho.
41526 Teste de força do músculo quadríceps Fonte: Kendall (1987).
Músculo Sartório
É o músculo mais longo do corpo humano. É delgado e plano e está situado anteriormente ao m. quadríceps, cruzando a face anterior da coxa. Também é conhecido como músculo do costureiro, pelo movimento típico dos alfaiates que ele proporciona.
Origem: Espinha ilíaca ântero-superior
Inserção: Tuberosidade da tíbia, formando a pata de ganso
Inervação: Nervo femoral
Ação: Flexão, rotação lateral e abdução do quadril, flexão e rotação medial do joelho.
41626 Anatomia e Teste de força do músculo sartório Fonte: Kendall (1987).
Trígono Femoral
É uma região com forma de triângulo delimitada pela margem lateral do m. adutor longo, margem medial do m. sartório e pelo ligamento inguinal. O assoalho desse trígono é formado pelo m. íliopsoas e m. pectíneo. Nesse trígono, encontramos a feixe vasculonervoso femoral, formada pela veia femoral, artéria femoral e nervo femoral. O espaço abaixo do ligamento inguinal, por onde esse feixe passa, é dividido pelo arco pectíneo, em duas lacunas. Uma lacuna muscular, mais lateral, por onde passa o m. íliopsoas, o nervo cutâneo lateral da coxa e o nervo femoral. A outra lacuna é mais medial e por ela passam a artéria femoral, a veia femoral e o ramo femoral do nervo genitofemoral. Estudaremos esse espaço anatômico mais detalhadamente ao vermos a artéria femoral.
No vértice do trígono femoral, formado pelo m. sartório e grácil, os vasos femorais passam sob o m. sartório e penetram no canal dos adutores.
Músculo Tensor da Fáscia Lata
É um músculo largo e plano, carnoso em sua face externa e tendinoso em sua face interna. Está situado na face lateral da coxa e do quadril.
Origem: Espinha ilíaca ântero-superior
Inserção: Extremidade lateral da tíbia, abaixo do côndilo lateral através do trato íliotibial
Inervação: Nervo glúteo superior
Ação: Flexão, abdução e rotação medial do quadril e estabilização do joelho.
A Fáscia Lata e o Trato Iliotibial
A fáscia lata recobre toda a coxa e recebe esse nome pela sua ampla extensão. Proximalmente, na face anterior da coxa, ela é a continuação das fáscias abdominal externa e toracolombar, nessa região, ela se insere no osso do quadril e no ligamento inguinal. Na região posterior da parte proximal, ela continua à aponeurose glútea. Distalmente continua-se com a fáscia da perna, tendo limites imprecisos. Medialmente reveste a musculatura adutora e essa é a sua porção mais delgada e não aponeurótica. Na porção lateral, ela se insere na crista ilíaca e, próxima ao trocanter maior do fêmur, adquire um aspecto tendíneo, chamado de trato íliotibial, que corre por toda a face lateral da coxa, sobre o m. vasto lateral para se inserir na tíbia.
41726 Anatomia e Teste de força do músculo tensor da fáscia lata Fonte: Kendall (1987).
Músculo Grácil
É o músculo mais superficial da face medial da coxa. É fino e plano, em forma de cinta, considerado um potente músculo adutor.
Origem: Sínfise púbica
Inserção: Extremidade proximal da tíbia, formando a pata de ganso
Inervação: Nervo obturatório
Ação: Adução, flexão e rotação lateral do quadril; flexão e rotação medial do joelho.
Músculo Pectíneo
É quadrangular, curto e achatado. Está situado entre o m. iliopsoas e m. adutor longo.
Origem: Linha pectinea do púbis
Inserção: Linha pectinea do fêmur
Inervação: Nervo femoral e obturatório
Ação: Flexão, adução e rotação lateral do quadril.
Músculo Adutor Curto
Curto tem formato triangular e é bastante grosso. Está situado medialmente ao m. pectíneo e lateralmente ao m. adutor magno.
Origem: Ramo inferior do púbis
Inserção: Lábio medial da linha áspera
Inervação: Nervo obturatório
Ação: Adução, flexão e rotação lateral da coxa.
Músculo Adutor Longo
É o músculo mais superficial do grupo dos adutores. É triangular, plano e robusto. Fica situado entre o m. pectíneo e o m grácil.
Origem: Púbis
Inserção: Lábio medial da linha áspera
Inervação: Nervo obturatório
Ação: Adução, flexão e rotação lateral da coxa.
Músculo Adutor Magno
É um amplo músculo triangular que se estende por toda a região medial da coxa. Possui uma grande porção muscular e uma aponeurótica que se insere quase que em toda a extensão do lábio medial da linha áspera do fêmur. Essa porção aponeurótica possui um hiato por onde os vasos femorais (artéria e veia femoral) ganham a fossa poplítea. Esse hiato recebe o nome de hiato dos adutores.
Origem: Ramo inferior do púbis e na tuberosidade isquiática
Inserção: Lábio medial da linha áspera
Inervação: Nervo obturatório
Ação: Adução, flexão e rotação lateral.
41826 Teste de força dos adutores do quadril (adutor curto, adutor magno, adutor longo, grácil e pectíneo) Fonte: Kendall (1987).
Músculo Obturador Externo
É um músculo triangular que se situa na face anterior do quadril e que cruza anteriormente à articulação coxofemoral.
Origem: Circunferência do forame obturado e membrana obturatória
Inserção: Fossa trocantérica
Inervação: Nervo obturatório
Ação: Borda do forame obturado e membrana obturatória.
Músculo da Região Glútea
Músculo Glúteo Máximo
É um músculo plano, quadrangular e muito robusto. É o mais volumoso e mais potente dessa região. É responsável pela manutenção da postura ereta.
Origem: Face glútea da asa do ílio, face posterior do sacro e aponeuroses adjacentes
Inserção: Tuberosidade glútea
Inervação: Nervo glúteo inferior (plexo sacral)
Ação: Extensão, rotação lateral e abdução no quadril e auxiliar na extensão do joelho.
41926 Teste de força do glúteo máximo Fonte: Kendall (1987).
Músculo Glúteo Médio
É plano e triangular, está situado abaixo do m. glúteo máximo. Possui radiações que convergem para formar um forte tendão que o insere no trocanter maior do fêmur.
Origem: Face glútea da asa do ílio
Inserção: Trocanter maior
Inervação: Nervo glúteo superior
Ação: Flexão, abdução e rotação medial.
42026 Teste de força do glúteo médio Fonte: Kendall (1987).
Músculo Glúteo Mínimo
Como o nome já diz, é o menor dos músculos glúteos e também o mais profundo. É grosso e triangular, está situado na fossa ilíaca externa.
Origem: Face glútea da asa do ílio
Inserção: Trocanter maior
Inervação: Nervo glúteo superior
Ação: Abdução, flexão e rotação medial.
42126 Anatomia e Teste de força do glúteo mínimo Fonte: Kendall (1987).
Músculo Piriforme
É um músculo plano e achatado, possui formato piramidal. Fica situado entre o m. glúteo mínimo e o m. gêmeo superior.
Origem: Entre os forames anteriores dos 3ª e 4ª segmentos sacrais
Inserção: Trocanter maior
Inervação: Nervo isquiático
Ação: Extensão, abdução e rotação lateral.
Músculo Obturador Interno
É plano e triangular, ele reveste a maior parte do forame obturado. Está situado entre os dois músculos gêmeos.
Origem: Rebordo do forame obturado
Inserção: Fossa trocantérica
Inervação: Nervo próprio (nervo do músculo obturador)
Ação: Rotação lateral, extensão e adução.
Músculo Gêmeo Superior
É o menor dos gêmeos. Sua visualização durante a dissecção é difícil, pois suas fibras se confundem com as fibras do m. piriforme.
Origem: Espinha isquiática
Inserção: Fossa trocantérica
Inervação: Nervo próprio (nervo do músculo gêmeo superior)
Ação: Extensão, abdução e rotação lateral.
Músculo Gêmeo Inferior
Ele se funde ao tendão do m. obturador interno, tem formato fusiforme e é um pouco achatado.
Origem: Tuber isquiático
Inserção: Fossa trocantérica
Inervação: Nervo próprio (nervo do músculo gêmeo inferior)
Ação: Extensão, adução e rotação lateral.
Músculo Quadrado Femoral
É plano, robusto e quadrilátero. Fica situado na zona de transição entre região glútea e coxa.
Origem: Tuber isquiático
Inserção: Crista intertrocantérica do fêmur
Inervação: Nervo próprio (nervo do músculo quadrado femoral)
Ação: Extensão, adução e rotação lateral.
42226 Anatomia e Teste de força dos rotadores laterais (piriforme, quadrado femoral, gêmeo superior, gêmeo inferior, obturador interno e obturador externo) Fonte: Kendall (1987).
424 Provas e funções musculares do membro superior
Músculos Dorsais da Coxa
Músculo Bíceps Femoral
Triangular e largo. É formado por duas porções, a porção longa é medial, maior e tem origem no tuber isquiático. A porção curta é menor e lateral, se origina da linha áspera do fêmur.
Origem: Tuber isquiático e linha áspera do fêmur
Inserção: Cabeça da fíbula
Inervação: Nervo isquiático
Ação: Extensão, adução e rotação lateral da coxa e flexão e rotação lateral da perna.
42326 Teste de força do bíceps femoral Fonte: Kendall (1987).
Músculo Semitendíneo
É fusiforme e carnoso, recebe esse nome porque possui um tendão bastante longo. Fica situado medialmente ao m. bíceps femoral.
Origem: Tuber isquiático
Inserção: Tuberosidade da tíbia, formando a pata de ganso
Inervação: Nervo isquiático
Ação: Rotação medial, extensão e adução da coxa e flexão e rotação medial da perna.
Músculo Semimembranáceo
É delgado, plano e possui um tendão membranoso, daí seu nome. Está recoberto pelo m. bíceps femoral e m. semitendíneo.
Origem: Tuber isquiático
Inserção: Face medial da extremidade superior da tíbia, abaixo do côndilo medial
Inervação: Nervo isquiático
Ação: Rotação medial, extensão e adução da coxa e flexão e rotação medial da perna.
42426 Teste de força do semitendíneo e semimembranáceo. Fonte: Kendall (1987).
Músculos Anteriores da Perna
Músculo Tibial Anterior
É um músculo robusto e triangular situado lateralmente à tíbia.
Origem: Face lateral da tíbia
Inserção: I Metatarso e Cuneiforme Medial
Inervação: Nervo fibular profundo
Ação: Dorsiflexão e supinação do pé
Músculo Extensor Longo do Hálux
É plano, oblongo e peniforme. Está situado abaixo do m. tibial anterior e sobre o m. extensor longo dos dedos.
Origem: Fíbula Inserção: Falanges do hálux
Inervação: Nervo fibular profundo
Ação: extensão, dorsiflexão e supinação do pé.
Músculo Extensor Longo dos Dedos
Está situado abaixo da pele, na região anterolateral da perna. É peniforme e seu tendão se divide em quatro e esses caminham em direção aos quatro últimos dedos.
Origem: Extremidade proximal da tíbia
Inserção: Aponeurose do 4°dedo
Inervação: Nervo fibular profundo
Ação: Dorsiflexão e pronação
Músculo Fibular Terceiro
É considerado como parte do m. extensor longo dos dedos.
Origem: Aponeurose do músculo externo longo dos dedos e na fíbula
Inserção: 5º metatarsiano
Inervação: Nervo fibular profundo
Ação: Extensão do pé
Músculos Laterais da Perna
Músculo Fibular Longo
É plano e bipeniforme. Está situado na parte superior e lateral da perna.
Origem: Fíbula
Inserção: 1º metatarsiano
Inervação: Nervo fibular profundo
Ação: Pronação e flexão plantar
Músculo Fibular Curto
Também é plano e bipeniforme. Fica recoberto pelo m. fibular longo.
Origem: Fíbula Inserção: 5º metatarsiano
Inervação: Nervo fibular profundo
Ação: Pronação e flexão plantar
Músculos Dorsais da Perna
Músculo Tríceps Sural
É composto por três porções: M gastrocnêmio: é dotado de outras duas porções, uma lateral e outra medial. É esse músculo que dá a forma às panturrilhas. M. sóleo: é plano e fusiforme. Está recoberto pelo m. gastrocnêmio. M. plantar: é muito pequeno, fica recoberto pelo m gastrocnêmio. Ausente em algumas pessoas.
Origem:
M. gastrocnêmio: Côndilos do fêmur
M. sóleo: Face posterior da tíbia e da fíbula
M. plantar: Face poplítea do fêmur
Inserção: Tuberosidade do calcâneo
Inervação: Nervo tibial
Ação: Supinação e flexão plantar
434 Prova e funções musculares do membro inferior
Provas e Funções musculares do Tronco
Músculos do Tronco
Músculo Trapézio
É um músculo amplo, plano e triangular. Em latim trapezius. Recebe esse nome por seu formato. Estende-se desde o osso occipital até a 12º vértebra torácica revestindo, dessa forma, a parte posterior do pescoço, superior e dorsal dos ombros e parte superior do dorso.
Origem: Processos espinhosos da C4 a C7 e de T1 a T12
Inserção: Terço externo da borda posterior da clavícula, Acrômio e borda interna da espinha da escápula.
Inervação: Nervo acessório (XI)
Ação: Elevação e adução da escápula
Músculo Levantador da Escápula
É um músculo cilíndrico alargado que se situa na região lateral e posterior do pescoço, estando recoberto pelo m. trapézio.
Origem: Tubérculos posteriores dos processos transversos das quatro primeiras vértebras cervicais.
Inserção: Ângulo superior da escápula
Inervação: Nervo dorsal da escápula
Ação: Eleva o ângulo superior da escápula. Puxa o pescoço lateralmente quando a escápula está fixada.
Músculo Romboide Maior
É plano e quadrangular. Está situado na parte superior do dorso, entre as escápulas, e é recoberto pelo m. trapézio.
Origem: Processos espinhosos de T2 a T5
Inserção: Bordo medial da escápula
Inervação: Nervo dorsal da escápula
Ação: Adução da escápula
Músculo Romboide Menor
De uma maneira geral, seus limites de diferenciação com o m. romboide maior são imprecisos e suas fibras por vezes se misturam. Está situado no mesmo plano, porém superior ao m. romboide maior.
Origem: Processos espinhosos da C7 a T1
Inserção: Borda medial da escápula
Inervação: Nervo dorsal da escápula
Ação: Adução e levantamento da escápula
Músculo Serrátil Anterior
É um músculo delgado e quadrangular, situado na parede latero-posterior da caixa torácica, recobrindo as costelas e, em sua parte posterior, é recoberto pela escápula.
Origem: Através de digitações nas 9 primeiras costelas
Inserção: Angulo superior e inferior da escápula e borda medial da escápula
Inervação: Nervo torácico longo
Ação: Abdução da escápula e fixa-a junto ao corpo; Auxilia na inspiração elevando as costelas.
42526 Teste de força do músculo serrátil anterior Fonte: Kendall (1987).
Músculo Grande Dorsal
É plano e amplo, tem formato triangular. Recobre a região lombar e posterior da parte inferior do tórax, correndo em direção ao úmero. Em latim latíssumus dorsi. Também é conhecido com latíssimo do dorso.
Origem: Fáscia toracolombar, processos espinhosos de T2 a L5 e face dorsal do sacro e crista ilíaca.
Inserção: Crista do tubérculo menor do úmero
Inervação: Nervo toracodorsal
Ação: Adução, extensão e rotação medial do braço.
42626 Anatomia do músculo grande dorsal Fonte: Kendall (1987).
Músculo Serrátil Posterior Superior
É um músculo plano, quadrangular e bastante delgado. Está recoberto pelo m. romboide maior e se estende desde as primeiras vértebras torácicas até espáduas.
Origem: Processos espinhosos de C6 a T3
Inserção: 2ª a 5ª costelas lateralmente aos ângulos costais
Inervação: Nervo cervical C6 até o nervo torácico T12
Ação: Elevação da 2ª a 5ª costelas, auxilia na inspiração.
Músculo Serrátil Posterior Inferior
Possui grande porção aponeurótica; também é plano e muito delgado. Está situado na região lombar, é recoberto pelo m. grande dorsal.
Origem: Fascia tóracolombar. Processos espinhosos de L1 a L3.
Inserção: Quatro últimas costelas, lateralmente aos ângulos costais.
Inervação: Nervo torácico T11 até o nervo lombar L2
Ação: Abaixo das três últimas costelas, auxilia na expiração.
444 Provas de funções musculares do tronco
Atividades
Em uma avaliação funcional, você identificou que o atleta apresentava escápula alada e isso interferiria diretamente na prática desportiva, uma vez que precisava de força para bloquear o adversário no Handebol e o movimento exigido era o de empurrar com o ombro a 90º graus de flexão e extensão de cotovelo. Mediante essas informações, podemos aferir que o músculo comprometido com fraqueza muscular era o:
- Grande dorsal.
Extensão, adução e rotação interna do ombro.
- Peitoral maior.
Adução e rotação interna do ombro.
- Bíceps braquial.
Flexão de ombro, flexão de cotovelo e supinação de antebraço.
- Serrátil anterior.
Função de Protrusão da escápula.
- Tríceps braquial.
Extensão de ombro, extensão de cotovelo e pronação de antebraço.
Atividades
Ao ser solicitado, um biomecânico foi realizar uma análise em um time de vôlei masculino, nessa análise, o técnico pediu para avaliar o salto vertical de um atleta, pois ele tinha pouca impulsão. Ao término da avaliação, foi identificada uma fraqueza muscular no principal músculo que realiza extensão de joelho e flexão de quadril. Assim, assinale a assertiva que contenha o músculo supracitado.
- Iliopsoas.
Iliopsoas realiza flexão de quadril.
- Isquiotibiais.
Isquiotibiais realiza a extensão de quadril e flexão de joelho.
- Tríceps sural.
tríceps sural realiza plantiflexão de tornozelo.
- Glúteo máximo.
glúteo máximo realiza extensão de quadril.
- Quadríceps.
realiza flexão de quadril e extensão de joelho.
Atividades
A avaliação de força muscular se baseia em graus para classificar o tipo de força muscular. Assim, tem-se: Grau zero; - Grau 01; - Grau 02; - Grau 03; - Grau 04 e – Grau 05. Com base nessa classificação, assinale a alternativa correta.
- Grau zero: indivíduo não apresenta alteração na contração muscular.
grau zero representa ausência de contração.
- Grau 01: ligeira contração, nenhum movimento.
Grau 01 leve esboço de contração.
- Grau 03: movimento através da amplitude completa com ausência da gravidade.
Incompleta: movimento com amplitude completa contra a ação da gravidade.
- Grau 02: mínima evidência de contração pela palpação.
Grau 02 contração com ausência da gravidade.
- Grau 05: movimento através da amplitude incompleta contra a gravidade, sendo capaz de prosseguir contra uma resistência mínima.
Grau 05 contração com movimento completo contra resistência máxima.
Atividades
Analise a figura abaixo.^p^
A B^p^No teste de força, estão sendo avaliados os extensores de tronco. No entanto, durante a extensão, existe um músculo cuja função é estabilizar o quadril apoiado na maca, quando há presença de fraqueza muscular, ele não exerce sua função corretamente e o indivíduo eleva o bumbum. Sabendo disso, determine qual o músculo com a função estabilizadora da extensão de quadril durante a extensão de tronco.
- Tríceps sural.
Tríceps sural realiza planti-flexão de tornozelo.
- Tensor da fáscia lata.
Tensor da fáscia lata realiza abdução e flexão e rotação interna de quadril.
- Paravertebrais.
Realiza extensão de coluna desde a cervical à porção lombar.
- Glúteo máximo.
principal estabilizador durante a extensão de quadril
- Isquiotibiais.
Isquiotibiais realiza extensão de quadril e é o principal flexor do joelho.
Atividades
Sobre as características das provas e funções musculares, assinale a alternativa correta:
- As provas e funções musculares sempre avaliam os músculos de forma seletiva sem a ação sinergista de qualquer outro músculo.
Não, sempre que avaliamos os sinergistas, por menor que sejam as forças, eles acabam auxiliando na realização do movimento.
- Não há a necessidade de realizar o teste sempre pelo mesmo avaliador, pois os movimentos não mudam.
Sim, sempre pelo mesmo avaliador, pois, por mais que o movimento seja o mesmo, a resistência imposta é diferente, podendo gerar análises diferenciadas.
- É um método prático, mas de alto custo e só é possível realizar na clínica.
É um método prático, de baixo custo e pode ser realizado em qualquer local.
- É uma avaliação objetiva.
É um método subjetivo, dependendo do avaliador devido à resistência ser manual e as percepções, variadas.
- Deve ser sempre realizado de forma bilateral.
Mesmo que acostumado com a força muscular de referência populacional, precisamos identificar se é um padrão do indivíduo.